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As principais notícias sobre a pandemia de covid-19 (22/05)

22 de maio de 2020

Brasil tem 330.890 casos e 21.048 mortes, com 1.001 óbitos em 24 horas. América do Sul é o novo epicentro da pandemia, diz OMS. Novo estudo indica riscos da cloroquina no tratamento contra covid-19

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Brasil tem 1.001 mortes em 24 horas e se torna o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo
Brasil tem 1.001 mortes em 24 horas e se torna o segundo país com mais casos de covid-19 no mundoFoto: Reuters/B. Kelly

Resumo desta sexta-feira (22/05):

  • Mundo tem mais de 5,1 milhões de casos e 336 mil mortes
  • Brasil tem 330.890 casos e 21.048 mortes, com 1.001 óbitos em 24 horas
  • Novo estudo indica riscos da cloroquina no tratamento contra covid-19
  • Governo exonera secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde
  • Pela primeira vez desde 1990, China não estabelece meta de crescimento econômico
  • Índia bate recorde de novas infecções em 24 horas
  • Reino Unido vai impor quarentena de 14 dias a quem chegar do exterior

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

20:12 - Brasil tem 1.001 mortes em 24 horas e se torna o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira revelam que o país teve 1.001 mortes em 24 horas, elevando o total de óbitos para 21.048. No mesmo período, foram registrados 20.803 novos casos, somando agora 330.890 pessoas infectadas. 

Com o aumento, o Brasil se tornou o segundo país com mais casos em todo o mundo, superando a Rússia (326.448 casos), atrás apenas dos Estados Unidos (1.598.631), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O estado de São Paulo, o mais afetado pela epidemia do novo coronavírus no país, passou a somar 5,773 mortes e 76.871 casos da doença. Os demais estados com mais óbitos são o Rio de Janeiro (3.657), Ceará (2.251), Pernambuco (2.057) e o Pará (1.937).

Diversas instituições de saúde em todo o país alertam que os números da pandemia no Brasil devem ser muito maiores em razão da baixa quantidade de testes feitos na população e da subnotificação de casos e mortes.

19:23 - América do Sul é o novo epicentro da pandemia, diz OMS

A América do Sul está se tornando o novo epicentro da pandemia de covid-19, afirmou nesta sexta-feira (22/05) o diretor do Programa de Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan.

"Vemos muitos países sul-americanos com aumentos nas quantidades de casos. Há preocupação em muitos desses países, mas o mais afetado é o Brasil", disse Ryan. Até o momento, o país soma mais de 20 mil mortos pela doença e o número de casos confirmados já supera 310 mil.

"A maioria dos casos está na região de São Paulo", observou. "Mas, em termos de taxas de transmissão, as mais altas estão no Amazonas: em torno de 490 infectados para cada 100 mil habitantes, o que é muito alto", destacou Ryan.

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16:55 - Novo estudo indica riscos da cloroquina no tratamento contra covid-19

Um novo estudo realizado em quase 100 mil infectados com o novo coronavírus concluiu que os medicamentos cloroquina e seu derivado hidroxicloroquina, empregados há décadas contra a malária, não trazem benefícios no tratamento contra a covid-19. Pelo contrário, essas drogas aumentam o risco de morte para os pacientes nos hospitais.

A hidroxicloroquina, normalmente utilizada no tratamento contra a e artrite, vinha sendo alardeada por algumas figuras publicas, como o presidente americano, Donald Trump, como benéfica no combate à doença. 

Trump, inclusive, chegou a afirmar que estava se tratando preventivamente com o medicamento.
O uso da cloroquina, normalmente aplicada em tratamentos contra a malária, vem sendo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como sendo eficaz no combate à doença.

Entretanto, segundo um estudo divulgado no jornal científico The Lancet nesta sexta-feira (22/05), os dois medicamentos podem causar efeitos colaterais graves, em particular, arritmia cardíaca.

"O tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina não traz benefícios aos pacientes com covid-19", afirmou Mandeep Mehra, autor do estudo e diretor-executivo do Centro para Doenças Cardíacas Avançadas do Hospital Brigham and Women's em Boston, nos EUA. "Ao contrário, nossas conclusões sugerem que podem estar associados a um aumento no risco de problemas cardíacos graves e de morte."

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11:45  – Mordomo da Casa Branca que serviu 11 presidentes morre de covid-19

Mordomo da Casa Branca durante os mandatos de 11 presidentes, Wilson Roosevelt Jerman morreu no fim de semana em decorrência de covid-19, aos 91 anos, provocando comoção em famílias que já ocuparam a residência, como os Bush, os Clinton e os Obama.

"Com sua amabilidade e cuidado, Wilson Jerman ajudou por décadas a fazer da Casa Branca um lar para as famílias presidenciais, incluindo a nossa", disse a ex-primeira-dama Michelle Obama em comunicado. "Seu legado é digno de seu espírito generoso", completou.

Uma das filhas de George W. Bush (2001-2009), Jenna, também lembrou a importância de Jerman para a família. "Nós o amávamos, minha família gostava muito dele e vamos sentir muita a sua falta", declarou.

Jerman começou a trabalhar na Casa Branca em 1957, durante o mandato do republicano Dwight D. Eisenhower (1953-1961), e se aposentou em 2012, durante a gestão de Barack Obama (2009-2017).

Embora tenha começado como faxineiro, em pouco tempo chegou ao posto de mordomo, durante a presidência de John F. Kennedy (1961-1963), por intermédio da então primeira-dama Jacqueline Kennedy, segundo revelou uma neta de Jerman à emissora Fox News em Washington.

USA, Washington: Das Weiße Haus
Foto: Reuters/J. Roberts

11:05 – Câmara aprova novas regras de recuperação judicial durante pandemia

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quinta-feira projeto de lei que cria regras transitórias para empresas em recuperação judicial e para tentar evitar que empresas em dificuldades cheguem a esse ponto que antecede a falência. A proposta será agora enviada ao Senado.

As medidas abrangem situações ocorridas desde 20 de março e terão vigência até 31 de dezembro de 2020, data prevista para o fim do estado de calamidade pública devido à pandemia de covid-19.

Segundo o texto aprovado, durante 30 dias ficam suspensas as execuções judiciais ou extrajudiciais de garantias, as ações judiciais que envolvam obrigações vencidas após 20 de março de 2020, a decretação de falência, a rescisão unilateral ou ações de revisão de contrato.

Além disso, está suspensa, no período, a cobrança de multa de mora prevista em contratos em geral e as decorrentes do não pagamento de tributos. Nesse tempo, o devedor e seus credores poderão buscar, de forma extrajudicial e direta, renegociar suas obrigações levando em consideração os impactos econômicos e financeiros causados pela pandemia de covid-19.

Após os 30 dias, se não houver acordo, o devedor que comprovar redução igual ou superior a 30% de seu faturamento, comparado com a média do último trimestre do ano anterior, terá direito ao procedimento de negociação preventiva.

Esse procedimento será feito perante o juízo especializado em falências. A aceitação do pedido, que poderá ser apresentado em 60 dias, garante a continuidade da suspensão obtida inicialmente por mais 90 dias.

10:30 – São Paulo amplia megaferiado até segunda-feira

Por 47 votos a favor e 5 contra, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na madrugada desta sexta-feira a antecipação para esta segunda-feira (25/05) do feriado celebrado em 9 de julho (início da Revolução de 32).

Com isso, a cidade de São Paulo terá um megaferiado de seis dias, já que a prefeitura havia antecipado para esta quarta e quinta-feira os feriados de Corpus Christi (11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro). O objetivo é reduzir a circulação de pessoas e frear a disseminação do novo coronavírus. A taxa de isolamento social na cidade é de cerca de 50%.

O governador João Doria ainda precisa sancionar a antecipação do feriado, o que é dado como certo. Doria apelou para que a população fique em casa e não utilize os dias livres para ir à praia. Muitas prefeituras do litoral temem que o megaferiado atraia um grande número de turistas às cidades litorâneas. O estado de São Paulo é o epicentro da pandemia no país, com 73.739 casos e 5.558 mortos

10:00 – Uruguai retomará aulas presenciais em junho em todo o país

As escolas do Uruguai voltarão a ter aulas presenciais a partir de junho, seguindo um calendário de três etapas, informou nesta quinta-feira o presidente Luis Lacalle Pou.

"Temos um respaldo muito importante dos cientistas uruguaios, que elaboraram um protocolo que foi discutido", afirmou o mandatário em uma coletiva de imprensa.

O calendário prevê retomada gradativa dos alunos, em três fases, nos dias 1º, 15 e 29 de junho. O período de aula será inferior a quatro horas por dia e a entrada e a saída dos alunos serão escalonadas, para assegurar a distância mínima entre os estudantes.

As aulas foram suspensas na metade de março, após a confirmação dos primeiros casos do novo coronavírus no país. Em 22 de abril, 879 escolas rurais foram reabertas, com participação inferior a 30% dos alunos – hoje, o índice chega a 50%.

Segundo dados oficiais, o Uruguai registra 749 casos positivos de covid-19 e 20 mortes, sendo apontado como um caso de sucesso no controle da doença na América do Sul.  

Garoto de máscara escreve "coronavírus" em um quadro branco
Foto: Reuters/M. Greif

09:30 – Governo exonera responsável por autorizar medicamentos para o SUS

O governo federal exonerou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Campos de Carvalho, após 18 dias no cargo, conforme publicação no Diário Oficial da União nesta sexta-feira. Carvalho era responsável por analisar decisões de incorporações de medicamentos ao SUS.

Segundo declarou Carvalho nesta semana ao jornal Folha de S. Paulo, ele mesmo pediu demissão na segunda-feira, por considerar "precipitada" a decisão do governo federal de estabelecer um novo protocolo para uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves de covid-19.

08:20 – Reino Unido vai impor quarentena de 14 dias a quem chegar do exterior

O Reino Unido vai impor uma quarentena de 14 dias às pessoas que chegarem do exterior para tentar diminuir a dissiminação do novo coronavírus, anunciou nesta sexta-feira o secretário de Estado da Irlanda do Norte, Brandon Lewis. 

Segundo ele, a manutenção da medida deve ser verificada a cada três semanas. De acordo com a imprensa britânica, o não cumprimento da regra pode resultar em multa de 1.000 libras (cerca de 6.770 reais).

Até o momento, a quarentena de 14 dias foi exigida apenas a britânicos repatriados da China e do cruzeiro Diamond Princess, em fevereiro, mas nunca foi imposta a pessoas que chegassem de países como Itália, que no início de março já tinha um elevado número de casos.

A medida não vai ser aplicada à Irlanda devido aos compromissos de livre circulação na fronteira com a Irlanda do Norte previstos nos acordos de paz. 

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o Reino Unido registra 252.246 casos do novo coronavírus e 36.124 mortes.

06:15 – Índia registra maior número de casos em 24h

A Índia registrou nesta sexta-feira o maior aumento diário de casos de coronavírus. As 6.088 novas infecçoes relatados nas últimas 24 horas elevaram o total no país para 118.447, um acréscimo de cerca de 5%. As mortes aumentaram para 3.583 e o número de recuperados é de aproximadamente 48 mil, segundo o Ministério da Saúde da índia. Maharashtra é o estado mais afetado, com mais de 41 mil casos e 1.454 mortes.

Embora tenha uma população de cerca de 1,3 bilhão de pessoas, a Índia é o 11º país com maior número de casos. As medidas de isolamento social começaram em 25 de março e foram estendidas pelo primeiro-ministro Narendra Modi até o final de maio. Recentemente, houve flexibilização em regiões menos afetadas. Alguns voos domésticos devem ser retomandos na segunda-feira.

05:50 – China rompe tradição e não fixa meta de crescimento econômico

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou nesta sexta-feira que o país não vai fixar uma meta de crescimento econômico para este ano, devido à grande incerteza provocada pela pandemia de covid-19. É a primeira vez que isso ocorre desde 1990, quando a China passou a divulgar as metas.

"Não fixar uma meta específica de crescimento permitirá o foco em garantir a estabilidade em todas as seis frentes e a segurança em todas as seis áreas", disse Li Keqiang aos 3 mil delegados da Assembleia Popular Nacional (APN) em Pequim.

As seis frentes referidas são: criação de emprego, setor financeiro, comércio externo, investimento estrangeiro, investimento doméstico e expectativas econômicas. Li fixou como objetivo criar mais de 9 milhões de empregos urbanos e alcançar uma taxa de desemprego de 6%.

A China é a segunda maior potência do mundo e viu seu Produto Interno Bruto (PIB) cair 6,8% no primeiro trimestre do ano, a pior contração desde a década de 1970, devido às estritas medidas de contenção da disseminação do novo coronavírus.

Entre as metas do país para 2020, o primeiro-ministro considera que garantir um desempenho econômico estável é de "importância crucial" e que a China deve priorizar a estabilização do emprego e focar na batalha contra a pobreza. O objetivo do regime é erradicar a pobreza até 2021, quando o Partido Comunista Chinês celebra cem anos de fundação.

Foto do alto mostra parte do legislativo chinês.
Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang (no canto inferior direito), comunicou ao legislativo que país não terá meta de crescimento em 2020Foto: picture-alliance/AP/N. Han Guan

05:00 – Brasil bate novo recorde diário de mortos 

O Brasil voltou a bater recorde de mortes diárias por covid-19. De acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde na noite desta quinta-feira (21/05), foram 1.188 óbitos e 18.508 infecções em 24 horas. No total, o país registra 20.047 mortes e 310.087 casos confirmados.

Ainda segundo o ministério, 125.960 pessoas se recuperaram da doença, e 164.080 pacientes estão em acompanhamento médico. Em um intervalo de apenas 12 dias, o número de óbitos por covid-19 mais do que dobrou no país (eram 9.897 em 9 de maio).

O estado de São Paulo é o epicentro da pandemia no país, com 73.739 casos e 5.558 mortos, seguido pelo Rio de Janeiro, que soma 32.089 casos e 3.412 mortos.

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Resumo dos principais acontecimentos de quinta-feira (21/05):

  • Mundo tem mais de 5 milhões de infectados por coronavírus
  • Brasil bate novo recorde diário de mortos
  • Espanha registra menor número de óbitos por covid-19 em mais de dois meses
  • Dinamarca antecipa reabertura da vida cultural
  • Japão suspende estado de emergência em mais três regiões

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