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As principais notícias sobre a pandemia (27/04)

28 de abril de 2020

Mais de 3 milhões de casos confirmados em todo o mundo. Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949. Brasil tem 338 novas mortes e já soma mais de 4,5 mil óbitos.

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Equipe médica atende paciente de covid-10 em hospital de Manaus
Equipe médica atende paciente de covid-10 em hospital de ManausFoto: picture-alliance/AP Photo/E. Barros

Resumo desta segunda-feira (27/04):

  • Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949
  • Boris Johnson volta ao trabalho
  • No Brasil, procura por hidroxicloroquina quase triplica 
  • Bachelet alerta contra violações aos direitos humanos durante pandemia
  • Mais de 3 milhões de casos confirmados em todo o mundo
  • Brasil tem 338 mortes em um dia e soma mais de 4,5 mil óbitos

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

19:05 - "Coronavírus mostrou que o Brasil precisa investir em ciência", diz novo presidente do CNPq

O recém-empossado presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, terá o menor valor para bolsas de estudo em ao menos uma década. Defensor do Inpe na disputa com Bolsonaro em 2019, ele diz não estar preocupado com "questão ideológica" na nova função.

Vilela garante que assume o cargo para defender a ciência e que não haverá corte de bolsas neste ano. "Essa questão da covid-19 demonstrou que o país precisa investir mais em ciência, mais em pesquisa. Nós estamos preparados no CNPq, já era um trabalho anterior, ao qual agora vamos dar mais ênfase. Está muito claro para a população que precisamos investir em cientistas, em educação superior, na geração de novos conhecimentos", afirmou à DW.

Leia a entrevista completa

18:45 - Califórnia reforçará restrições contra o coronavírus após praias lotadas no fim de semana

O governo da Califórnia anunciou que vai reforçar as restrições para conter a disseminação de covid-19 após multidões lotarem algumas das praias do estado americano no último fim de semana.

O governador Gavin Newsom informou a decisão após autoridades locais nos condados de Orange e Ventura permitirem o acesso da população às praias enquanto os parques estaduais permaneciam fechados, o que fez com que um grande número de pessoas se dirigisse para o litoral.

Newsom avaliou que as multidões colocaram em risco os progressos do estado em desacelerar o avanço do novo coronavírus, o que poderá resultar em um atraso no relaxamento das restrições, como estava marcado para ocorrer em poucas semanas. 

Ele destacou que continuam a surgir novos casos da doença na Califórnia, onde 45 pessoas morreram nas últimas 24 horas e 1,3 mil casos foram confirmados. "O vírus se mantem ativo como sempre esteve. Ele não tira o fim de semana de folga", observou. "É invisível e continua mortal."

17:50 - Secretário de Paulo Guedes diz que jogos do futebol brasileiro devem voltar em breve

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que os jogos de futebol no Brasil poderão ser retomados em breve, mas sem a presença de público nos estádios. 

Costa disse que vem mantendo conversas com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) visando a adoção de protocolos para garantir a segurança de jogadores e dos demais participantes.

"Isso será em breve. O povo brasileiro está em casa e quer assistir aos seus jogos de futebol, os campeonatos têm que ser retomados", disse o secretário, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. "Não tem por que segurar a economia e impedir as empresas de, desde que não tenha impacto na saúde, voltar a funcionar."

"Precisamos de produção. Precisamos jogar futebol, reabrir bares e restaurantes, indústrias que foram fechadas", disse, acrescentando que isso deve ocorrer "sempre colocando a saúde em primeiro lugar". 

"Isso precisa ser feito de forma planejada, com protocolos e sem colocar em risco a saúde das pessoas", afirmou. 

A CBF suspendeu as competições oficiais no país no dia 15 de março. Ainda não há data prevista para a retomada dos campeonatos.

17:35 - Brasil tem 338 mortes num dia e total de vítimas supera 4,5 mil

O Brasil teve 338 mortes por covid-19 registradas nesta segunda-feira, elevando o total para 4.543, informou o Ministério da Saúde. Nos últimos sete dias, foram 1.802 óbitos em todo o país. 

Com os números mais recentes, a contagem oficial diária das mortes pelo novo coronavírus no Brasil voltou a subir para mais de 300, após os 189 óbitos registrados no domingo.

O país tem 66.501 casos confirmados, com um aumento de 4.613 nas últimas 24 horas. O estado de São Paulo permanece sendo o mais afetado, com 1.825 mortes e 21.696 casos. 

Equipe médica atende paciente de covid-10 em hospital de Manaus
Equipe médica atende paciente de covid-10 em hospital de ManausFoto: picture-alliance/AP Photo/E. Barros

Estudos divulgados por diversas instituições científicas e acadêmicas no país alertam que, devido à subnotificação, os números reais no Brasil podem ser bem superiores aos oficiais. 

16:40 - França tem 437 novas mortes, mas número de internações mantém tendência de queda

Autoridades francesas relataram 437 novos casos de covid-19 no país nas últimas 24 horas, elevando o total de vítimas para 23.293. Com o aumento, a França passa a ser o quarto país em todo o mundo a somar mais de 23 mil mortes associadas à doença.

O número de pessoas hospitalizadas com o novo coronavírus chegou a 28.055, marcando o 13º dia seguido de queda, assim como as internações nas UTIs do país, que diminuíram pelo 19º dia consecutivo, somando agora 4.608.

15:50 - Novo coronavírus acentua as desigualdades no Brasil

Covid-19 ameaça particularmente a saúde e a renda dos mais pobres, moradores de periferia e que já tinham vínculos frágeis no mercado de trabalho. O maior impacto da pandemia ainda está por vir, preveem especialistas.

Em grandes centros urbanos, a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, já mata mais na periferia do que no centro. Na cidade de São Paulo, entre os bairros onde moravam mais vítimas estão Brasilândia, Sapopemba, São Mateus e Cidade Tiradentes, todos na periferia. O mesmo ocorre em outras capitais. Em Fortaleza, os bairros em situação mais crítica são Barra do Ceará e José Walter, ambos na periferia.

A contaminação é facilitada pela distribuição desigual da renda. Nas periferias, as condições para cumprir o isolamento social são piores: há mais moradores por domicílio, o acesso a água encanada, vital para a higienização, às vezes não existe ou é intermitente, e a insegurança econômica estimula muitos a saírem de casa para obter algum dinheiro.

Leia a matéria completa

15:19 - Reino Unido tem 360 novas mortes, incluindo 82 profissionais de saúde

O Reino Unido registrou 360 novas mortes por covid-19 nos hospitais, elevando o total desde o início da epidemia no país para 21.092. Este foi o menor aumento dos últimos quatro dias, apesar de atrasos no registro de casos ocorridos durante o fim de semana possam ter gerado distorções nas estatísticas oficiais. 

O secretário britânico de Saúde, John Hancock, informou que a última contagem inclui 82 mortes de profissionais de saúde. O total de mortos pode ser ainda maior, uma vez que o governo não contabiliza os óbitos ocorridos em casas de saúde e outras instituições.

Hancock anunciou que as famílias dos trabalhadores do sistema de saúde britânico que morreram durante o atendimento aos pacientes com covid-19 serão recompensadas em 60 mil libras (47.472 dólares), através de um novo seguro de vida elaborado pelo Secretaria da Saúde do país.

"O governo desenvolve um esquema de seguro de vida para os colegas nas linhas de frente do NHS (Serviço Nacional de Saúde) e dos serviços sociais", disse o secretário.

14:39 - Mais de 3 milhões de casos confirmados em todo o mundo

O número de casos confirmados de covid-19 em todo o mundo ultrapassou a marca dos 3 milhões nesta segunda-feira, enquanto os Estados Unidos se aproximam do total de 1 milhão de pessoas infectadas.

Segundo a Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, são 3.002.303 de casos da doença em todo o mundo, com 972.969 somente nos EUA.

De acordo com a instituição, o total mundial de mortos é de 208.131. Com quase 55 mil óbitos, a perda de vidas causada pelo novo coronavírus nos EUA se aproxima das 58 mil mortes de soldados americanos na guerra do Vietnã, nos anos 1970. 

Os Estados Unidos registraram uma média de mais de 30 mil novos casos por dia de covid-19 na semana passada. O país possui mais de um terço das infecções confirmadas em todo o planeta.

Especialistas avaliam que os números globais da doença devam ser ainda maiores em razão de falhas na aplicação de testes, diferenças nas contagens de mortos em vários países e pelas medidas adotadas por alguns governos para encobrir os números reais de casos e vítimas.

14:15 - Número de novos casos na Itália é o mais baixo desde 10 de março

As mortes por covid-19 na Itália aumentaram em 333 nesta segunda-feira, registrando um acréscimo em relação aos 260 óbitos do dia anterior, informou a Agência de Proteção Civil do país. O número de novos casos, porém, diminuiu de 2.324 no domingo para 1.739, sendo este o total mais baixo desde o dia 10 de março. 

O total de mortes na Itália desde o início da epidemia em fevereiro chegou a 26.977, o segundo maior após os Estados Unidos. O número de casos chegou a 199.414, o terceiro maior, após os EUA e a Espanha. 

Neste domingo, a quantidade de pessoas registradas como portadoras do novo coronavírus diminuiu de 106.103 para 105.813. Nesta segunda-feira, 1.956 pessoas estão internadas nas UTIs do país. Até o momento, 66.624 pessoas foram curadas da doença. 

O primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou no domingo que a Itália começará a relaxar gradualmente as medidas de isolamento, impostas há sete semanas, a partir do dia 4 de maio. 

12.30 - Igreja Católica critica governo da Itália por manter proibição de missas

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) emitiu na noite de domingo um duro comunicado contra o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte, denunciando que a proibição de celebrar missas após a reabertura gradual do país, marcada para o dia 4 de maio, afeta a liberdade de culto.

Conte anunciou no fim de semana como será feito o lento e gradual desconfinamento da Itália, com a reabertura de algumas atividades e possíveis saídas para visitar parentes, além da realização de funerais com a presença de até 15 pessoas.

Mas, seguindo os conselhos do comitê técnico-científico encarregado de elaborar o plano de reabertura, foi decidido que ainda não é seguro permitir cerimônias religiosas.

"Os bispos italianos não podem aceitar ver comprometido o exercício da liberdade de culto. Deveria ser claro para todos que o compromisso de servir aos pobres, tão importante nesta emergência, provém de uma fé que deve poder alimentar suas fontes, em particular a vida sacramental", comunicou a entidade após Conte conceder entrevista coletiva.

A CEI afirmou que "a Igreja aceitou, com sofrimento e senso de responsabilidade, as limitações impostas pelo governo para encarar a emergência de saúde", mas que agora, "quando são reduzidas as limitações, exige poder retomar a ação pastoral".

"Lembramos ao governo e ao comitê técnico-científico o dever de distinguir entre a sua responsabilidade, dando indicações precisas de caráter sanitário, e a da Igreja, de organizar a vida da comunidade cristã em conformidade com as medidas preparadas, mas em plena autonomia", conclui a entidade.

A decisão de não permitir as missão provocou as críticas da CEI, que nunca havia atacado a gestão de Conte desta maneira, e gerou divergências dentro do próprio governo.

Após as críticas, o governo emitiu um comunicado de resposta na qual disse que "o primeiro-ministro toma nota do comunicado da CEI e confirma o que havia antecipado na entrevista coletiva, que nos próximos dias será estudado um protocolo que permitirá a participação nas celebrações litúrgicas em condições de segurança máxima".

11:30 - Argentina prorroga proibição de voos comerciais até 1º de setembro 

O governo da Argentina prorrogou nesta segunda-feira (27/04) a proibição de voos comerciais domésticos e internacionais no país, assim como a venda de passagens, até o dia 1º de setembro. O transporte aéreo comercial está paralisado desde março na Argentina, devido às restrições impostas pelo governo para conter a disseminação do novo coronavírus. Os únicos voos permitidos são os de profissionais de saúde, cidadãos repatriados e exceções concedidas pelas autoridades. 

A decisão da Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgada no Diário Oficial da Argentina estabelece que "as companhias aéreas que operam serviços de transporte aéreo de passageiros com origem, destino ou dentro do território nacional poderão reprogramar suas operações regulares ou solicitar autorizações para operações não regulares a partir de 1º de setembro de 2020". A agência autoriza as companhias a comercializar passagens, desde que conste setembro como a data de início das operações. 
 
As empresas estrangeiras que operam no país, agrupadas na Câmara de Companhias Aéreas na Argentina (Jurca), expressaram em comunicado "enorme preocupação" com a decisão do governo, por implicar "um horizonte muito distante para o reinício das operações". A entidade afirma que a decisão "coloca em risco a sustentabilidade da atividade aerocomercial e, portanto, a continuidade dos mais de 70 mil empregos diretos e 329 mil indiretos a ela associados". 

11:20 - Alemanha doa 300 milhões de euros ao combate de crise humanitária gerada pela pandemia

O governo alemão anunciou que está destinando 300 milhões de euros para combater a crise humanitária provocada pelo pandemia do novo coronavírus. A medida foi divulgada pelo ministro alemão do Exterior, Heiko Maas, em resposta a um pedido de assistência da Organização das Nações Unidas (ONU), da Cruz Vermelha Internacional e do Crescente Vermelho.

Maas afirmou que pessoas em zonas de guerra, campos de refugiados e em países com sistemas de saúde sobrecarregados correm um risco particular durante a pandemia. "Nossa  solidariedade é necessária para ajudar a aliviar sofrimento'', disse o ministro, em nota. "Somente juntos derrotaremos permanentemente a pandemia; caso contrário, sempre haverá novas ondas de infecção'', acrescentou.

A Alemanha doará 40 milhões de euros ao Programa Mundial de Alimentos (PMA); 35 milhões para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur); 50 milhões para ONGs humanitárias; e 50 milhões para a Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.

Também destinará outros 30 milhões de euros para fundos humanitários nacionais; 20 milhões para a Organização Mundial da Saúde (OMS); 20 milhões para a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA); e 20 milhões para a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) receberá 20 milhões de euros, e o escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCAH), 5 milhões de euros.

10:39 - Governo da Nova Zelândia diz que venceu a "batalha" para controlar coronavírus

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse nesta segunda-feira que o país "venceu a batalha" contra a pandemia de covid-19 ao registrar números mínimos de contágios diários. Segundo as autoridades de saúde, o país registrou nas últimas 24 horas apenas um novo caso de covid-19, quatro suspeitos e uma nova morte – uma mulher de 90 anos –, reduzindo as notificações para um dígito.

"Não há grandes contágios locais na Nova Zelândia. Vencemos a batalha", comentou Adern à imprensa em Wellington, ao se mostrar "otimista que o país continuará neste caminho de sucesso".

Jacinda Ardern
A primeira-ministra Jacinda Ardern,Foto: picture-alliance/AP Photo/N. Perry

Para zerar as infecções "será preciso rastrear os últimos casos, como achar uma agulha no palheiro", disse a premiê, ao afirmar que no dia 11 de maio avaliará se suspenderá mais restrições.

O país totaliza 1.122 casos confirmados, entre eles 19 mortes. A taxa de transmissão está abaixo de 0,4%, já a internacional é de 2,5%. Há ainda 347 casos suspeitos. No total, 1.180 pessoas, entre casos confirmados e suspeitos, já se recuperaram. 

A partir das 23h59 desta segunda-feira, o governo neozelandês rebaixará o nível de alerta 4, que esteve vigente durante quatro semanas e implicou o fechamento de todas as atividades e a quarentena da população, para o nível 3.

A primeira-ministra pediu para que os compatriotas mantenham as medidas de distanciamento social durante a reabertura parcial de certas atividades comerciais e aulas, que representam um maior contato entre pessoas.

A expectativa é que um milhão de trabalhadores voltem aos locais de trabalho, desde que com um plano de controle para a pandemia e com respeito às medidas de distanciamento.

"Estamos abrindo a economia, mas não estamos retomando a vida social das pessoas", alertou a premiê.

Dentro de duas semanas, que é o tempo de incubação do coronavírus SARS-CoV-2, o governo neozelandês voltará a se reunir para decidir se aliviará ainda mais as medidas adotadas.

10:15 - Rússia ultrapassa a China em número de infectados 

Com cerca de 87 mil casos de covid-19, a Rússia ultrapassou o número de infectados da China nesta segunda-feira (27/04). De acordo com dados da universidade americana Johns Hopkins, a China tem cerca de 84 mil infectados. Especialistas, porém, acreditam que ambos os países têm um número bem maior de casos.   

Nas últimas semanas, o número oficial de infecções na Rússia aumentou significativamente, como já havia sido observado em outros países da Europa Ocidental. Nesta segunda-feira, foram cerca de 6.200 novos casos, a maioria na capital, Moscou. Até agora, cerca de 800 pessoas com covid-19 morreram na Rússia - a China registrou aproximadamente 4.500 mortes. 

O governo russo espera atingir o platô em três semanas, ou seja, em meados de maio, afirmou um porta-voz do presidente Vladimir Putin em uma entrevista publicada nesta segunda-feira. O país realizou mais de 3 milhões de testes, segundo um serviço de monitoramento estatal. 

Atualmente, a Rússia é o 9º país com o maior número de casos e a China, o 10º. O Brasil vem logo depois, em 11º. Estados Unidos (965.933), Espanha (229.422) e Itália (197.695) estão no topo da lista.  

08:30 - Começam saques de auxílio emergencial no Brasil

Começa nesta segunda-feira e segue até o dia 5 de maio o calendário de saques em espécie do auxílio emergencial para as pessoas que têm poupança digital na Caixa Econômica Federal. No primeiro dia, poderão sacar o auxílio de 600 reais os nascidos em janeiro e fevereiro. O valor poderá ser retirado em lotéricas ou em caixas eletrônicos, sem a necessidade de um cartão físico. O objetivo é evitar aglomerações, que podem disseminar ainda mais o novo coronavírus. 

Até agora, mesmo com o dinheiro em conta, os usuários das poupanças digitais - abertas para quem não informou no cadastro dados bancários - só podiam utilizar o aplicativo Caixa Tem para, por exemplo, realizar pagamento de boletos e para fazer transferências. 

Na data prevista, conforme o mês de nascimento, o cliente terá a opção de saque habilitada no aplicativo. Em seguida, informará o valor a ser retirado e receberá um código autorizador para sacar o dinheiro em caixas eletrônicos ou lotéricas. A Caixa afirma que, mesmo sem internet, operadoras de telefonia estão permitindo o acesso ao aplicativo.  

Confira o calendário: 
27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro 
28 de abril – nascidos em março e abril 
29 de abril – nascidos em maio e junho 
30 de abril – nascidos julho e agosto 
04 de maio – nascidos em setembro e outubro 
05 de maio – nascidos em novembro e dezembro 

O auxílio emergencial é um benefício concedido pelo governo destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e será pago por três meses para minimizar os efeitos da crise provocada pela pandemia de covid-19. Para ter direito, é necessário renda mensal per capita de até meio salário mínimo (522,50 reais) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (3.135 reais) e não ter recebido rendimentos tributáveis acima de 28.559,70 reais em 2018.​ 

08:10 - Bachelet alerta contra violações aos direitos humanos durante pandemia

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, afirmou que as medidas excepcionais e emergenciais adotadas diante da pandemia de coronavírus não devem servir de pretexto para governos reprimirem oposicionistas ou reduzirem espaços cívicos, provocando um "desastre" dos direitos humanos.

"A violação de direitos como a liberdade de expressão pode causar danos incalculáveis ​​ao esforço de conter a covid-19 e suas nocivas repercussões socioeconômicas", disse Bachelet em comunicado.

A ONU se diz particularmente preocupada com medidas e leis em alguns países que "possam ser usadas ​​para amordaçar a imprensa e deter críticos e oponentes".

"Dada a natureza excepcional desta crise, é claro que os Estados precisam de poderes adicionais para lidar com ela. Mas, se o Estado de direito não for respeitado, corremos o risco de uma emergência de saúde pública se tornar um desastre dos direitos humanos", ressaltou.

"Os poderes de emergência não devem ser armas que os governos possam usar para reprimir a dissidência, controlar a população ou prolongar sua permanência no poder", avisou Bachelet.

A Alto Comissária disse que medidas excepcionais ou um estado de emergência devem ser "proporcionais e não discriminatórias", de "duração limitada" e sob a supervisão do Legislativo, do Judiciário e da opinião pública.

7:40 - Obrigatoriedade de máscara entra em vigor em toda a Alemanha

Começou a vigorar nesta segunda-feira a obrigatoriedade do uso de máscara protetora em determinados locais públicos em todos os estados da Alemanha. Depois que dez estados já haviam adotado ou anunciado regulamentos similares, as outras unidades da federação anunciaram adesão à iniciativa na semana passada.

Renânia do Norte-Vestfália, Baixa Saxônia, Renânia-Palatinado, Sarre e Bremen introduziram uma nova lei de uso compulsório de máscara na quarta-feira passada. Nestes estados, o acessório é obrigatório no transporte público e no comércio, assim como em Brandemburgo. Em Berlim, a máscara é obrigatória no transporte público, mas não em lojas.

Já Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental ampliou a partir desta segunda-feira a obrigatoriedade da máscara, que antes valia apenas para o transporte público. Qualquer pessoa que não cumpra a medida no estado pode ser multada em 25 euros.

Alguns estados alemães reabriram nesta segunda-feira escolas para alunos de determinadas turmas escolares – em geral, as mais avançadas.

A Alemanha registrou cerca de 155 mil casos diagnosticados de coronavírus, de acordo com dados oficiais publicados nesta segunda-feira, com apenas 5.750 mortes, uma proporção muito menor de fatalidades em relação a vizinhos europeus, como Itália, Espanha, França e Reino Unido.

Mulher com máscara protetora em vagão de trem
Máscara em locais públicos é obrigatória em todos os estados alemãesFoto: picture-alliance/dpa/O. Spata

07:25 - No Brasil, procura por hidroxicloroquina quase triplica 

A hidroxicloroquina, medicamento apontado por alguns especialistas como alternativa para o tratamento da covid-19, a procura quase triplicou em março em comparação com o mês anterior. A venda no Brasil costuma ser de cerca de 80 mil caixas por mês, em média, e chegou a 230 mil caixas em março.   

No mesmo período, as prescrições do medicamento aumentaram 35%. Os dados são de levantamento realizado com mais de 20 mil farmácias pela consultoria Close-Up e pela agência McCann Health e divulgados na edição desta segunda-feira (27/04) da Folha de S. Paulo.  São Paulo é o maior consumidor (71,7 mil caixas), seguido por Minas Gerais (33,4 mil) e Rio de Janeiro (31,9 mil). 

A pesquisa também mostra que os médicos que mais indicaram a hidroxicloroquina foram os cardiologistas (aumento de 49,1% no número de prescrições) e os clínicos gerais (aumento de 47,1%). Por outro lado, entre os reumatologistas, que costumam indicar hidroxicloroquina para artrite reumatoide, o número caiu 13,7%. 

De acordo com o vice-presidente para América Latina da Close-Up, Paulo Paiva, a situação era esperada. Porém, o aumento também está relacionado a pessoas que já faziam o uso do medicamento e anteciparam a compra. 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou na semana passada não haver comprovação da eficácia do uso da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, mas liberou os médicos para receitarem a substância em situações específicas. Apesar da falta de estudos conclusivos, o uso do medicamento para o tratamento da doença causada pelo novo coronavírus é amplamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.  

07:15 - Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949

O governo alemão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 6,3% em 2020 em relação ao ano anterior em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social impostas para conter a doença, causada pelo novo coronavírus.

De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Süddeutsche Zeitung, será a maior queda no crescimento econômico desde a fundação da República Federal da Alemanha, em 1949. Segundo números que devem ser apresentados nesta quarta-feira pelo governo, em 2021 a economia voltará a crescer, mas não compensará completamente as perdas. 

Leia a notícia completa

06:50 - UE dá luz verde a empréstimo estatal para socorrer companhia aérea alemã

A Comissão Europeia deu luz verde nesta segunda-feira a um empréstimo de 550 milhões de euros realizado pelo Estado alemão à companhia aérea Condor. O pacote de ajuda foi projetado para compensar alguns dos danos que a empresa teve devido à pandemia do coronavírus, segundo Margrethe Vestager, comissária de UE responsável pelas políticas de concorrência do bloco.

"Cooperamos com os Estados membros para encontrar soluções viáveis ​​para apoiar empresas nesses tempos difíceis", disse Vestager. 

Após o colapso de sua empresa-mãe, Thomas Cook, no ano passado, a Condor estava para ser comprada pela companhia aérea polonesa LOT. Mas o acordo se desfez durante a crise mundial covid-19, quando a LOT recuou do negócio por causa de seus próprios problemas. O setor da aviação foi duramente atingido pelo surto, que levou a cancelamento de voos a uma drástica redução da demanda.

A empresa alemã especializada em voos charter anunciou em comunicado que o pacote de ajuda é formado de um empréstimo de "ajuda pela crise de coronavírus" de 294 milhões de euros, mais 256 milhões de euros para refinanciar um empréstimo anterior do governo.

O poder executivo da UE atua como o órgão de fiscalização das estritas regras do bloco regras para impedir que governos nacionais concedam vantagens competitivas indevidas. Essas regras foram relaxadas devido à turbulência econômica desencadeada pela pandemia.

06:00 - Em meio à pandemia, força-tarefa pede ações na Amazônia 

A Força-Tarefa Amazônia do Ministério Público Federal (MPF) pediu na Justiça que sejam tomadas medidas imediatas contra destruidores da Amazônia nos dez principais locais de crimes no bioma. O pedido leva em consideração o risco de saúde que correm populações indígenas e povoados tradicionais da região devido ao crescimento das infrações ambientais durante a pandemia da covid-19 e a presença dos criminosos na floresta.

O MPF pede à União, ao Ibama, ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) um planejamento para a implementação das bases fixas de repressão a atos ilícitos na área, já que os locais onde mais ocorrem crimes ambientais são de conhecimento das autoridades.

A procuradoria também requereu à União o bloqueio de movimentações de madeira nos municípios onde estão os dez principais locais de crimes ambientais durante o período da pandemia.

05:30 -  Boris Johnson pede que britânicos contenham impaciência

Ao retornar ao trabalho após se recuperar de um quadro grave de infecção pelo novo coronavírus, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, agradeceu aos britânicos nesta segunda-feira por aderirem ao isolamento social e disse ainda ser muito perigoso relaxar as restrições.

"Todos os dias eu sei que este vírus traz nova tristeza e luto a lares no país, e ainda é verdade que este é o maior desafio que enfrentamos desde a guerra [Segunda Guerra Mundial]", disse Johnson na Downing Street. O premiê passou vários dias na UTI após contrair a covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

O governo e assessores científicos divergem sobre quando a quinta maior economia do mundo deve reabrir, mesmo que seja de maneira limitada.

"Temos que reconhecer o risco de um segundo pico [de infecções], o risco de perder controle sobre o vírus e deixar que a taxa de reprodução volte a passar de um, porque isso significaria não apenas uma nova onda de morte e doença, mas também um desastre econômico", disse.

"Peço que vocês contenham sua impaciência, porque acredito que estamos chegando ao fim da primeira fase deste conflito, e, apesar de todo o sofrimento, quase conseguimos", disse.

O Reino Unido é um dos países mais afetados pelo coronavírus, com mais de 20,7 mil mortes. O confinamento imposto para conter a disseminação da doença deixou a economia do país diante do que pode vir a ser a mais profunda recessão em três séculos.

Resumo de domingo (26/04):

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