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As principais notícias sobre a pandemia de covid-19 (21/04)

22 de abril de 2020

Casos passam de 2,5 milhões no mundo. Oktoberfest de Munique é cancelada. Trump suspende emissão de green card por 60 dias. Itália planeja retomada gradual das atividades a partir de 4 de maio.

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Duas mulheres de máscaras, membros da ONG "Row Venice", entregam comida a bordo de uma gôndola a famílias que não podem sair de casa para comprar alimentos, em Veneza, na Itália
Foto: AFP

Resumo desta terça-feira (21/04):

  • Mundo tem 2,5 milhões de casos, mais de 175 mil mortes e 660 mil recuperados
  • Brasil soma 43.079 infecções e 2.741 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Oktoberfest de Munique é cancelada devido à pandemia
  • Dez estados alemães impõem uso de máscara no transporte público
  • ONG afirma que falta de liberdade de imprensa na China é ameaça mundial
  • Trump suspende emissão de green card por 60 dias

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

 

20:24 - Complexo Penitenciário no DF tem 100 infectados com coronavírus

O Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, registrou ao menos 100 casos de covid-19, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública.

De acordo com a pasta, 71 presos e 29 agentes contraíram o coronavírus. Destes, um detento e um agente já se recuperaram.


20:04 - Trump suspende emissão de "green card" por 60 dias

O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira a suspensão temporária da emissão de autorizações para residência permanente de estrangeiros nos EUA, o chamado "green card".

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump afirmou que a medida deve durar 60 dias, com chances de renovação. O presidente disse que a medida deve proteger o emprego de americanos. "Pausar a imigração ajudará a colocar os americanos desempregados em primeiro lugar na fila de empregos à medida que os EUA reabrirem. É errado e injusto que americanos sejam substituídos por estrangeiros", disse. "Esta pausa em novas imigrações vai também ajudar a conservar recursos médicos vitais para cidadãos americanos", completou Trump.

Por outro lado, o presidente recuou em parte de suas intenções originais, e continuará a permitir trabalhadores convidados (guess workers) entrem no país. O recuo nessa área ocorre após setores da economia demonstrarem insatisfação com um potencial banimento de trabalhadores temporários na área agrícola e especialistas estrangeiros em indústrias de alta tecnologia. Dessa forma, a medida de Trump deve atingir especialmente pessoas que tentam obter permissão para viver e trabalhar de modo permanente nos Estados Unidos.

Trump anunciou em um tuíte na noite de segunda-feira que proibiria a imigração por conta do coronavírus e para proteger empregos de americanos. Críticos viram a medida como uma tentativa de usar a crise para cumprir um objetivo de longa data de Trump de reduzir a imigração legal e ilegal.

Nesta terça-feira, os EUA alcançaram a marca de 823 mil casos de covid-19 e 44.805 mortes.
 

19:00 - Casa Branca e Congresso dos EUA concordam em mais um pacote de US$ 500 bi

Líderes do Congresso dos Estados Unidos e da Casa Branca concordaram nesta terça-feira em conceder um alívio adicional de 500 bilhões de dólares à economia do país. O presidente Donald Trump pediu que os parlamentares aprovem a medida rapidamente antes de iniciarem discussões em torno de outras ações.

O acordo oferece 321 bilhões de dólares para um programa de empréstimos a pequenas empresas, 60 bilhões de dólares para um outro programa de empréstimos de emergência também para pequenas empresas, e também 75 bilhões de dólares para hospitais e 25 bilhões de dólares para testes do coronavírus no país, afirmou um assessor republicano.

O Senado deve votar o plano ainda na terça-feira, e a Câmara dos Deputados, ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira.
 

18:03 - Brasil registra mais 166 mortes

Novo balanço do Ministério da Saúde aponta que mais 166 pessoas morreram de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. No total, o país acumula 2.741 óbitos, segundo a pasta.

Na segunda-feira, o país registrou 113 mortes e novos 1.927 casos.

O número de casos oficialmente identificados de covid-19 também subiu para 43.079, um crescimento de 2.498 casos. 

Os estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo, com 1.093; Rio de Janeiro (461); e Pernambuco (260). 

16:19 - Trump pede pacote para socorrer indústria petrolífera americana 

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que pediu ao seu gabinete para definir um plano de ajuda de emergência para a indústria de petróleo e gás do país, que vem sendo duramente afetada por uma forte queda nos preços de petróleo cru.  

Na segunda-feira, o preço de contratos futuros com vencimento hoje de petróleo WTI (West Texas Intermediate), referência nos EUA, despencaram, atingindo um valor negativo pela primeira vez na história devido à saturação dos estoques e à queda da procura causada pela pandemia de covid-19. Dessa forma, os vendedores estavam pagando para que outros investidores assumissem os contratos de maio.

"Nunca desistiremos da nossa grande indústria americana do petróleo e gás", disse Donald Trump no Twitter. Ele ainda anunciou que a missão dos departamentos de Energia e de Tesouro será "financiar medidas para esses negócios e empregos muito importantes fiquem assegurados durante muito tempo". 


 

16:00 - Berlim vai reabrir museus a partir de maio

Os museus de Berlim poderão reabrir suas portas no dia 4 de maio, após dois meses de fechamento forçado devido à pandemia do novo coronavírus, segundo anúncio feito nesta terça-feira pelo Executivo da cidade.

Além dos museus, as bibliotecas também poderão ser reabertas no dia 4, sob certas condições de segurança. Eventos ao ar livre e celebrações religiosas também poderão acontecer a partir dessa data, mas com limite de 50 pessoas presentes.

Os grandes eventos públicos, com mais de 5 mil participantes, continuarão sendo proibidos até 24 de outubro, o que inviabiliza a realização da famosa Maratona de Berlim.

O prefeito Michael Müller declarou em entrevista coletiva durante a apresentação das medidas que a cidade pode entrar nessa primeira fase de relaxamento das restrições porque a infecção está sob controle.

No entanto, ele destacou que o progresso é "frágil" e que não será possível falar sobre o fim do alerta geral em menos de oito ou dez semanas. Além disso, afirmou ser essencial manter as regras do distanciamento social.

Berlim tem 170 museus públicos e privados. A célebre Ilha dos Museus, patrimônio cultural mundial, é uma de suas principais atrações turísticas e no ano passado recebeu mais de 3 milhões de visitas.

15:45 - Governo alemão avisa que não haverá "férias normais" de verão neste ano

O ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, avisou nesta terça-feira que "não haverá férias normais neste verão" devido às restrições à circulação impostas no âmbito da pandemia da covid-19.
 
A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa após uma reunião virtual com vários ministros europeus.

"Da mesma forma que cancelamos todos os grandes eventos até o final de agosto, neste verão não poderá haver temporada de férias normal, com bares de praia e cabanas de montanha lotadas", disse Maas. 

Na opinião do ministro, "não seria responsável" permitir a livre circulação e grandes concentrações de pessoas porque isso desencadearia uma nova onda de disseminação do coronavírus. Maas enfatizou desejar que as fronteiras sejam reabertas "o mais rapidamente possível", mas sublinhou que é preciso haver condições de segurança. "Neste momento, não se pode dizer quando as restrições à liberdade de movimento poderão ser gradualmente removidas", afirmou. 

O governador da Baviera, Markus Söder, também afirmou recentemente considerar "improvável, do ponto de vista atual, que férias em outros países sejam possíveis neste verão".

15:37 - Estados alemães impõem uso de máscara no transporte público

Dez estados alemães, incluindo a capital, Berlim, vão impor a partir do próximo dia 27 o uso obrigatório de máscaras no transporte público como prevenção contra a pandemia de covid-19.

Segundo o prefeito de Berlim, Michael Müller, o uso de máscara será obrigatório porque, nos transportes, "não é possível garantir uma distância de dois metros entre as pessoas".

Segundo os dados mais recentes, a Alemanha registrou até agora 143.457 casos de infecção e 4.598 mortes.


14:41 - Itália registra mais 534 mortes por covid-19, mas mantém tendência de redução de casos ativos

A Itália alcançou nesta terça-feira a marca de 24.648 mortes causadas pela covid-19, após registrar mais 534 óbitos nas últimas 24 horas. O número diário foi superior ao dos três dias anteriores. Por outro lado, o país contabilizou uma redução de 528 casos ativos.

Este é o segundo dia seguido de redução no número de pacientes doentes na Itália. Na segunda-feira, o país registrou 20 casos ativos a menos do que no domingo, e nesta terça-feira a queda foi de 528. Segundo os dados da agência de Defesa Civil italiana, 107.709 casos estão ativos no momento.

Ao todo, 183.957 casos foram confirmados desde que a pandemia foi documentada na Itália, em 21 de fevereiro. O aumento em relação à segunda-feira foi de 2.729, número também superior ao dia anterior, mas ainda dentro da tendência atual de redução da propagação.

Até agora, 51.600 pessoas já se recuperam da doença, um aumento de 2.723 nas últimas 24 horas e novo recorde.

Continuam diminuindo os números de internados (772 a menos em 24 horas) e de pacientes em unidades de terapia intensiva (102 a menos), enquanto 81.104 pessoas, o equivalente a 75% do total, estão em isolamento domiciliar assintomáticos ou com sintomas leves.

14:27 - Cingapura prolonga confinamento após segunda onda da covid-19

As autoridades de Cingapura anunciaram nesta terça-feira (21/04) que prolongarão por mais um mês o período de confinamento, que havia sido imposto no início de abril. Agora, ele durar até o início de junho.

A medida ocorre depois de um aumento de casos da covid-19 no país nesta semana.

Cingapura inicialmente conseguiu conter a pandemia, isolando pessoas contaminadas, mas o país passou a enfrentar no início de abril uma segunda onda do vírus.

Nesta terça-feira, as autoridades locais da Saúde registraram 1.111 novos casos de covid-19, aumentando o total para 9.125 infectados e 11 mortes.

14:10 – Funcionário da OMS é morto em Myanmar ao coletar exames de covid-19

Um motorista da Organização Mundial da Saúde (OMS) morreu e um profissional de saúde do governo de Myanmar ficou ferido, após o carro em que eles estavam, marcado com o logo das Nações Unidas, ter sido alvo de emboscada em uma região em conflito no país asiático, informou a ONU nesta terça-feira. O veículo carregava amostras de exames para coronavírus.

O noroeste de Myanmar vive uma guerra civil cada vez mais violenta entre as Forças Armadas birmanesas e o Exército de Arakan, uma facção rebelde que exige mais autonomia para a população do estado de Rakhine. A área sofre um bloqueio rigoroso há meses, dificultando a realização de relatórios independentes.

Os militares e os rebeldes se culparam mutuamente pelo ataque ao veículo das Nações Unidas, que aconteceu na noite de segunda-feira em uma ponte perto da cidade de Minbya.

A ONU disse estar "profundamente triste" em confirmar a morte do motorista Pyae Sone Win Maung, de 28 anos, que trabalhava para a OMS. O diretor-geral da organização de saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também prestou condolências no Twitter, dizendo ser "trágico perder uma vida enquanto ela mantém o mundo seguro".

Um porta-voz das Forças Armadas birmanesas informou que o profissional de saúde ferido, Aung Myo Oo, foi transferido para um hospital.

13:35 – Áustria reabrirá restaurantes e igrejas em 15 de maio

O chanceler federal da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou nesta terça-feira que o país permitirá a reabertura de restaurantes e cafés e a retomada de serviços religiosos a partir de 15 de maio. "Estamos indo mais rápido aqui do que em outros países em direção a algo como uma nova normalidade", disse Kurz em coletiva de imprensa.

Segundo ele, "estabelecimentos gastronômicos", um termo que geralmente inclui bares, poderão retomar suas atividades nessa data, mas permanecendo abertos somente até 23h.

A Áustria agiu cedo em responder à pandemia de coronavírus, fechando restaurantes, bares, teatros, lojas de artigos não essenciais e outros locais de encontro há mais de um mês. Os cidadãos foram instruídos a não sair às ruas e a trabalhar de casa, se fosse possível.

Hoje, o país está entre os primeiros a relaxar as medidas restritivas, permitindo desde a semana passada que algumas lojas reabram suas portas, incluindo aquelas com menos de 400 metros quadrados de área. A partir de 1º de maio, será a vez de shopping centers e lojas maiores.

A Áustria soma 14.873 casos de covid-19 desde que a primeira infecção foi confirmada no país, em 25 de fevereiro. Mais de 10 mil pessoas já se recuperaram, enquanto 491 pacientes morreram.

13:00 – Reino Unido tem mais 823 mortes por covid-19

O Reino Unido registrou mais 823 mortes por coronavírus em hospitais, anunciou o Departamento de Saúde britânico nesta terça-feira. O dado eleva para 17.337 o total de mortos no país.

Também em 24 horas, 4.301 pessoas testaram positivo para a doença, fazendo com que o Reino Unido some agora 129.044 casos confirmados desde o início da pandemia. Segundo dados do governo britânico, até o momento mais de 397 mil pessoas foram testadas em todo o país.

Pessoa usando máscara anda de bicicleta em frente a uma instalação de arte em Londres
Foto: Reuters/P. Nicholls

12:30 – Casos passam de 2,5 milhões no mundo

O número de pacientes infectados pelo novo coronavírus ultrapassou 2,5 milhões em todo o mundo nesta terça-feira, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.

Os Estados Unidos são, de longe, o país mais afetado, com mais de 788 mil casos da doença, seguidos de Espanha, com mais de 204 mil infecções, e Itália, com 181 mil. A França, por sua vez, tem mais de 156 mil casos confirmados, e a Alemanha, 147 mil.

Ainda segundo a universidade americana, mais de 171 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19 no mundo, e outros quase 660 mil pacientes se recuperaram da doença.

12:00 – Não há sinais de que o coronavírus foi criado em laboratório, afirma OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a afirmar nesta terça-feira que todas as evidências disponíveis sugerem que o novo coronavírus se originou em animais na China no final do ano passado e não foi manipulado ou produzido em laboratório. A declaração foi dada pela porta-voz da OMS Fadela Chaib, em entrevista coletiva em Genebra. 

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu governo está investigando se o coronavírus teve origem em um laboratório na cidade chinesa de Wuhan, onde a pandemia começou, em dezembro de 2019. A declaração deu origem a uma onda de notícias falsas, afirma a OMS.     

"Muitos pesquisadores conseguiram analisar as características genéticas do vírus e não encontraram indicações que apoiem a ideia de que o vírus foi fabricado em laboratório", explicou Chaib à agência de notícias Efe. "Estamos lutando todos os dias não apenas contra a pandemia, mas também contra a infodemia [epidemia de informações falsas]", acrescentou.

Mais uma vez, a OMS esclareceu que o reservatório natural do vírus Sars-Cov-2 era um morcego e que, a partir de um hospedeiro intermediário, o vírus chegou aos humanos. 

Ainda não está claro, porém, qual foi esse hospedeiro e como a barreira das espécies foi derrubada. Algumas hipóteses apontam que esse intermediário seria o pangolim, um mamífero fortemente traficado, mas os cientistas ainda não concluíram as investigações a esse respeito e ainda não há uma resposta conclusiva. 

Questionada se o vírus pode ter escapado inadvertidamente de um laboratório, Chaib não respondeu. O Instituto de Virologia de Wuhan rejeitou os rumores de que sintetizou o vírus ou permitiu que ele escapasse.

11:10 – Fim da epidemia não está à vista, diz vice-presidente de instituto alemão

Embora os números de novas infecções estejam caindo na Alemanha, o Instituto Robert Koch (RKI), órgão de prevenção e controle de doenças do país, não vê motivos para flexibilizar amplamente as restrições de contato.

Para o vice-presidente do instituto, Lars Schaade, muito foi alcançado nas últimas semanas, mas "a situação ainda é grave". "O fim da epidemia ainda não está à vista, o número de casos pode voltar a subir. O vírus não desapareceu", disse Schaade nesta terça-feira.

O RKI alerta que, até que uma vacina seja encontrada, novas infecções devem ser evitadas. Além disso, mesmo que nenhum novo caso fosse relatado na Alemanha, ainda assim seria possível, a qualquer momento, que o coronavírus fosse reintroduzido no país, importado do exterior.  

Para Schaade, a estratégia adotada na Alemanha para a retomada das atividades até agora é um "compromisso bastante razoável". Na segunda-feira, lojas de até 800 metros quadrados reabriram no país, seguindo rígidas normas de higiene. Restaurantes e hotéis seguem fechados. A previsão é que a partir de 4 de maio as aulas sejam retomadas gradualmente. Até esta data, as orientações de distanciamento social seguem em vigor.  

Segundo o RKI, a Alemanha registra 143.457 infecções pelo novo coronavírus e 4.598 mortes. Também de acordo com o instituto, 95.200 pessoas já se recuperaram.  

10:40 – Itália planeja retomada gradual das atividades a partir de 4 de maio 

A Itália deve começar a retomar gradualmente as atividades em 4 de maio, informou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, nesta terça-feira em seu perfil oficial no Facebook. Em longa postagem, ele disse que gostaria de poder abrir tudo novamente, de forma imediata, mas que essa decisão seria irresponsável.

"Isso faria a curva de contágio subir de forma descontrolada e anularia todos os esforços que fizemos até agora", escreveu. A Itália está em quarentena total desde 9 de março e foi o primeiro país europeu a ser duramente atingido pela pandemia.

Conte afirmou que, até o fim de semana, espera poder divulgar detalhes do complexo programa de retomada gradual da rotina. O primeiro-ministro também defendeu que não se pode agir com "improvisação" e que a cautela não pode ser abandonada. Também mencionou que não pode tomar decisões para agradar a opinião pública ou alguns setores.  

"A flexibilização das medidas deve ocorrer com base em um plano bem estruturado e articulado", escreveu, ressaltando que tudo deve ser embasado em dados científicos. Ele disse que nenhum detalhe pode ser deixado de lado, pois a flexibilização traz "o risco concreto de um aumento na curva de contágio" e o país deve estar preparado para que essa elevação seja "a mínima possível".  

O primeiro-ministro explicou que, ao se reabrir uma empresa, por exemplo, muitos fatores devem ser levados em consideração, até mesmo de que forma os funcionários se deslocam até o trabalho – se usam transporte privado ou público e quais os horários de pico.

"Devemos agir com base em um programa nacional, que leve em consideração as peculiaridades territoriais", afirmou. 

No texto, o premiê cita alguns médicos que estão trabalhando com o governo no gerenciamento da crise e menciona que 110 milhões de máscaras e cerca de 3 mil respiradores foram enviados a todas as regiões do país.  

Com mais de 181 mil infecções, a Itália é o terceiro país do mundo com mais casos do novo coronavírus, atrás apenas de Estados Unidos e Espanha, segundo dados da universidade americana Johns Hopkins, e o segundo país com o maior número de mortes, com mais de 24 mil.

Duas mulheres de máscaras, membros da ONG "Row Venice", entregam comida a bordo de uma gôndola a famílias que não podem sair de casa para comprar alimentos, em Veneza, na Itália
Foto: AFP

09:50 – "Censura na China é ameaça mundial"

A ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) acusou a China de ter se tornado uma ameaça ao mundo. Segundo a entidade, a supressão à liberdade de imprensa no país foi um dos fatores que aceleraram a disseminação mundial do novo coronavírus. A supressão de informações fez com que o resto do mundo fosse alertado mais lentamente para o problema, levando a doença a se espalhar ainda mais.

"O surto de coronavírus revelou a lição mais importante dessa crise, a de que a censura na China não diz apenas respeito ao povo chinês. Ela também é uma ameaça para qualquer pessoa na Terra", disse o chefe da RSF no Leste Asiático, Cedric Alviani, ao correspondente da DW William Yang.

"Certamente existe uma relação estreita entre o regime e a censura, e o fato de eles terem tentado esconder todas as informações sobre a epidemia durante o primeiro mês é a melhor prova disso", concluiu.

Alviani observa que, por exemplo, no dia 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a covid-19 está causando uma pandemia, a China censurou uma longa lista de palavras-chave relacionadas ao vírus em suas plataformas de mídia social, como a WeChat, e aplicativos de agregação de notícias, impedindo que as pessoas possam falar livremente sobre o assunto na internet.

08:15 – Alemanha começa a discutir retomada da Bundesliga 

A Alemanha cogita a retomada da Bundesliga, principal campeonato de futebol do país, que está interrompido desde meados de março devido à pandemia do novo coronavírus. 

A ideia é que as partidas voltem a ser realizadas a partir de 9 de maio sem público. A data foi levantada pelos governadores da Baviera, Markus Söder, e da Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet, em uma transmissão ao vivo do jornal Bild. Os dois estados concentram importantes times da primeira divisão, como Bayern de Munique, Bayer Leverkusen e Borussia Dortmund.  

Para que os jogos ocorram, mesmo que em estádios fechados e sem público, um grande número de pessoas por partida deverá ser testado, entre jogadores, árbitros, equipe técnica e pessoal de suporte. O Instituto Robert Koch, órgão de prevenção e controle de doenças da Alemanha, vê com ressalva essa ideia e defende que os testes devem ser usados apenas no âmbito médico e ou em áreas de surtos.

A retomada da Bundesliga deve ser debatida nesta quinta-feira, em uma reunião com os 36 clubes profissionais da Liga Alemã de Futebol (DFL). Mesmo que uma data seja definida, há ainda outros problemas. De 9 de maio ao final de junho, há oito finais de semana, mas há nove rodadas para serem recuperadas – ou seja, ao menos uma teria de ocorrer durante a semana.  

Se o campeonato for cancelado, haverá grandes prejuízos com contratos de televisão, o que poderia deixar à beira da falência pelo menos 13 clubes, segundo a revista especializada Kicker

07:20 – Rainha Elizabeth 2ª comemora 94 anos sem festejos públicos 

A rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, completa 94 anos nesta terça-feira, mas, desta vez, sem as tradicionais comemorações públicas especiais, devido à pandemia de covid-19. Ela está em isolamento no Castelo de Windsor, nos arredores de Londres, e espera receber as felicitações da família e dos amigos de forma virtual.  

Pela primeira vez em 68 anos de reinado, não haverá a salva de tiros de canhões, como é tradição, nem toque dos sinos na Abadia de Westminster, pois a rainha achou "inapropriado" celebrar a data publicamente em razão do delicado momento vivido pelo Reino Unido e pelo mundo. O tradicional desfile militar Trooping the Color, que acontece todo mês de junho para comemorar oficialmente o aniversário de Elizabeth 2ª, também foi cancelado. 

Um pequeno número de funcionários foi mantido em Windsor para atender a rainha e o marido, o príncipe Philip, que fará 99 anos em junho. Os membros da família real britânica estão confinados em diferentes residências. O príncipe Charles, que contraiu o coronavírus mas já se recuperou, está na Escócia. Já os duques de Cambridge, William e Kate, permanecem na mansão em Anmer Hall, no leste da Inglaterra. 

De acordo com dados da universidade americana Johns Hopkins, o Reino Unido tem 125.856 casos do novo coronavírus e contabiliza 16.550 mortes.

 

A rainha Elizabeth 2ª em pronunciamento sobre o coronavírus, no dia 5 de abril
A rainha Elizabeth 2ª em pronunciamento sobre o coronavírus, no dia 5 de abrilFoto: picture-alliance/AP Photo/Buckingham Palace

06:30 – Pandemia está "ampliando" ameaças à liberdade de imprensa, diz RSF 

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou que a pandemia de coronavírus está "ampliando" as ameaças à liberdade de imprensa em todo o mundo. Em seu índice anual, divulgado nesta terça-feira, a entidade sediada em Paris disse que alguns regimes autoritários se aproveitaram do surto para impor medidas extraordinárias. Também acusou a China e o Irã de censurar informações sobre o vírus.

"O surto de coronavírus revelou a lição mais importante dessa crise, a de que a censura na China não diz apenas respeito ao povo chinês. Também é uma ameaça para qualquer pessoa na Terra", disse o chefe da RSF no Leste Asiático, Cedric Alviani, ao correspondente da DW William Yang.

"Certamente existe uma relação estreita entre o regime e a censura, e o fato de eles terem tentado esconder todas as informações sobre a epidemia durante o primeiro mês é a melhor prova disso", concluiu.

05:50 – Trump anuncia suspensão da imigração para os EUA

O presidente americano, Donald Trump, anunciou a suspensão temporária da imigração para os Estados Unidos para "proteger os empregos" no país, em meio à crise econômica causada pela pandemia de covid-19. 

"À luz do ataque do Invisível Inimigo, assim como da necessidade de proteger os empregos de nossos grandes cidadãos americanos, eu vou assinar uma ordem executiva para suspender temporariamente a imigração para os Estados Unidos!", escreveu Donald Trump nesta segunda-feira (21/04) no Twitter. Ele não deu detalhes sobre a implementação e o tempo de vigência da medida.

O novo coronavírus já matou mais de 42 mil pessoas nos Estados Unidos, onde foram já registrados quase 788 mil casos de infeção. Cerca de 22 milhões de americanos ficaram sem emprego devido às consequências econômicas da epidemia.  

05:30 – Oktoberfest de Munique é cancelada

A edição deste ano da Oktoberfest de Munique foi cancelada em razão da pandemia de covid-19. Maior festival de cerveja do mundo, o evento costuma atrair mais de 6 milhões de pessoas anualmente e estava programado para ocorrer de 19 de setembro a 4 de outubro. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira pelo prefeito de Munique, Dieter Reiter, e pelo governador da Baviera, Markus Söder. 

"Concordamos que o risco seria alto demais. Não há como manter distância nem trabalhar com máscara de proteção, isso é impossível", disse Söder. 

Cerca de um terço dos visitantes da festa costuma vir do exterior, o que propiciaria ainda mais a disseminação do coronavírus e, caso isso ocorresse, a reputação de Munique e da Baviera ficaria prejudicada por muito tempo, enfatizou Söder 

O cancelamento da festa vinha sendo discutido desde março. O anúncio não deixa apenas os amantes da cerveja tristes, mas é um enorme baque para a economia: a economia de Munique lucra cerca de 1,2 bilhão de euros por ano com o evento.   

A decisão deveria ser anunciada até junho, antes do início da montagem das estruturas da festa, que ocorre habitualmente em julho, mas de acordo com Reiter, não havia sentido em "dar esperança", sabendo que certamente o evento não ocorreria.  

Nos seus mais de 200 anos de história, a Oktoberfest já foi cancelada outras vezes, como em tempos de guerra, e duas vezes no século 19 em razão da cólera.

De acordo com o Instituto Robert Koch, órgão de prevenção e controle de doenças da Alemanha, a Baviera é o estado com maior número de casos (38.310) e de mortes (1.336) em decorrência da covid-19. No total, o país tem 143.457 infecções e 4.598 óbitos. O número de curados é de 95.200.  

Resumo dos principais acontecimento desta segunda (20/04):

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