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Ataque a delegacia deixa mortos na Turquia

14 de janeiro de 2016

Dois dias após atentado que matou dez turistas alemães em Istambul, carro-bomba explode em frente à sede da polícia de Cinar. Autoridades atribuem investida ao banido Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

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Foto: picture-alliance/abaca/Depo Photos

A explosão de um carro-bomba bomba na madrugada desta quinta-feira (14/01), próxima a uma delegacia de polícia na Turquia, deixou seis mortos e 39 feridos no distrito de Cinar, informou o governo da província turca de Diyarbakir. Autoridades disseram ainda que após a explosão do carro-bomba, a delegacia foi atacada por projéteis e tiros de armamentos de longo alcance.

As autoridades atribuíram o ataque a membros do banido Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que possui uma ampla base de apoio na região. Segundo o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, os mortos seriam um policial e cinco civis. Entre os 39 feridos, estariam seis policiais.

O jornal turco Daily Sabah informou que mulheres e crianças também estavam entre os feridos no atentado, ocorrido antes do amanhecer e que atingiu não apenas a sede da polícia de Cinar, como também diversos edifícios adjacentes. A força da explosão do carro-bomba fez com que uma casa nas imediações ruísse.

Outra delegacia foi atacada por projéteis na cidade de Midyat, na província de Mardin, no que pareceu ser um ataque simultâneo, segundo a agência de notícias estatal Anadolu. Não foram registradas vítimas.

Os ataques ocorreram pouco depois da divulgação de um relatório das forças militares turcas, que contabilizava 448 mortes de membros do PKK desde meados de dezembro. O documento foi publicado no mesmo fim de semana em que tropas realizaram uma batida numa casa na província de Van, após uma denúncia de que militantes pró-curdos planejavam ataques em larga escala a edifícios governamentais.

O PKK iniciou a insurgência contra o regime turco em 1984, inicialmente, lutando pela independência curda. Atualmente, a organização exige maior autonomia e direitos para a minoria étnica de maior representação no país.

Recentemente, o governo turco reforçou a repressão aos curdos, com a imposição de toques de recolher em algumas regiões para dar apoio às operações militares que, seguindo ativistas, já mataram dezenas de civis.

Há apenas dois dias, uma explosão causada por um terrorista suicida em Istambul matou ao menos dez turistas alemães. O governo turco atribuiu o atentado a um cidadão sírio que seria membro do grupo extremista "Estado Islâmico".

RC/rtr/afp/ap