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Ataque suicida deixa 31 mortos em Damasco

15 de março de 2017

Explosão no Palácio da Justiça deixa ainda mais de cem feridos, a maioria civis. Atentado ocorre no dia que marca os seis anos da guerra civil que já matou mais de 300 mil pessoas.

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Segurança numa entrada do Palácio da Justiça, fortemente atingido pela explosãoFoto: Reuters/O. Sanadiki

Ao menos 31 pessoas morreram nesta quarta-feira (15/03) num atentado suicida no Palácio da Justiça, no centro de Damasco, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O ataque ocorreu no dia que marca os seis anos do início da guerra entre forças do presidente Bashar al-Assad e rebeldes.

Entre os mortos, 24 eram civis. Outros sete eram guardas e policiais. Segundo o chefe da polícia da capital síria, tenente-general Mohammed Jeir Ismail, um suicida detonou um colete de explosivos no interior do palácio. Mais de cem pessoas ficaram feridas. "O terrorista estava vestido com uniforme militar e carregava uma metralhadora e uma granada. Quando lhe deram a ordem para parar no posto de controle, ele correu, entrou no saguão do Palácio da Justiça e detonou o explosivo", relatou.

O chefe da polícia destacou que o edifício estava cheio de civis no momento da ação terrorista. A destruição foi vasta no interior do palácio, que fica ao lado do famoso mercado de rua Hamidiyeh.

Segundo a agência de notícias estatal Sana, outro atentado suicida num restaurante no distrito de Rabweh vitimou mulheres e crianças. O número de mortos não foi divulgado. Ao menos 28 pessoas ficaram feridas.

No sábado passado, 74 pessoas foram mortas num atentado no centro da capital reivindicado pelo antigo braço sírio da Al Qaeda, a Frente Fateh al-Sham. A maioria das vítimas eram peregrinos iraquianos, segundo o observatório. Os meios de comunicação oficiais reduziram o número para 40.

Em seis anos de conflito, mais de 320 mil pessoas foram mortas na Síria e milhões buscaram refúgio em outros países. Um relatório divulgado pelo Unicef nesta semana afirma que as crianças sírias nunca sofreram tanto como em 2016 . Mais de 600 crianças foram mortas no ano passado e ao menos 850 foram recrutadas para combate, segundo o documento.

KG/efe/ap