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Atenas: Jogos Olímpicos sem igual

lk13 de agosto de 2004

Berço da competição e ao mesmo tempo um dos menores países anfitriões dos Jogos Olímpicos de todos os tempos, a Grécia se preparou para um evento de superlativos.

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Foto: dpa

"Tudo está pronto, e estamos muito orgulhosos disso", declarou há alguns dias Gianna Angelopoulos-Daskalaki, presidente do Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. "A conclusão dos preparativos é com razão um motivo de satisfação", afirmou também Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Enquanto na primeira afirmação está contida a alegria de um povo que se sentia o tempo todo confiante, a segunda expressa também o alívio dos responsáveis pelo movimento olímpico internacional, muitas vezes à beira do desespero com os atrasos nas obras gigantescas para os Jogos que estão sendo abertos oficialmente na noite deste 13 de agosto, em Atenas.

Die neue griechische Brücke Rio-Antirion ist eingeweiht
Ponte Rion-AntirionFoto: AP

De umas semanas para cá, a Grécia – com seus 11 milhões de habitantes o menor país anfitrião desde a Finlândia, em 1952 – levou a comunidade internacional de uma surpresa para outra, com a conclusão de obras monumentais, a que todos se referem agora em superlativos. A cobertura do Estádio Olímpico, a ponte Rion-Antirion, a Vila Olímpica – já agora considerada a melhor de todos os tempos – são apenas alguns exemplos. Trinta e cinco locais de competição ficaram prontos a tempo, fazendo quase esquecer a advertência do COI, que em 2000 ameaçou transferir para outro país a realização das Olimpíadas de 2004. Agora Rogge pôde afirmar: "Temos plena confiança de que a Grécia vai promover Jogos excelentes".

Recordes e mais recordes

A qualidade do evento só vai poder ser avaliada obviamente após seu término. Mas já agora se pode afirmar que os Jogos de Atenas são os maiores e os mais caros de todos os tempos. Segundo os mais recentes cálculos, os gregos investiram seis bilhões de euros em sua realização. Só os gastos com a segurança – multiplicados em função da ameaça do terrorismo internacional – consumiram mais de um bilhão de euros.

Deutsche Olympiamanschaft 2004
Equipe olímpica alemãFoto: AP

Os recordes se aplicam também a outros números: 10.500 participantes de 202 países, 301 competições, 20 mil representantes da mídia internacional, 70 mil agentes de segurança. Entre os atletas, 453 representam a Alemanha, que se colocou nos Jogos de Sydney em quinto lugar entre as nações, com 56 medalhas, um balanço que não será fácil melhorar.

A volta às raízes

Olympia in Olympia
O antigo estádio de OlímpiaFoto: AP

Há ainda um outro aspecto que dá um caráter extraordinário aos Jogos Olímpicos de Atenas. Pela primeira vez depois de mais de 1600 anos, haverá entrega de medalhas aos vencedores em Olímpia, onde tudo começou em torno de 776 antes de Cristo. Pela primeira vez, na competição de lançamento de pesos mulheres estarão presentes na arena a que elas na Antigüidade não tinham acesso nem como espectadoras. A corrida de maratona vai começar no lugar em que se realizou, em 490 antes de Cristo, a mais famosa batalha da história, em que o exército grego venceu os persas e terminar no Estádio Panatinaico, onde tiveram lugar, em 1896, os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna.

Não é de se admirar que o vice-presidente do COI, Thomas Bach, geralmente reservado em sua maneira de ser, tenha dito: "Já sinto um arrepio na espinha só de pensar". "Nós acreditamos que a Grécia vá reanimar a imaginação do mundo" – palavras de Gianna Angelopoulos-Daskalaki. É provável que ela tenha razão.