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Atentado em mesquita mata dezenas no Paquistão

17 de setembro de 2016

Homem-bomba invade mesquita no distrito de Mohmand e deixa pelo menos 28 mortos, além de 30 feridos. Facção ligada ao Talibã reivindica ataque.

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Pakistan Selbstmordanschlag auf eine Moschee
Foto: picture-alliance/AA/M. Khan

Um ataque suicida reivindicado pelo Talibã deixou pelo menos 28 mortos e 30 feridos na tarde desta sexta-feira (16/09) no distrito de Mohmand, noroeste do Paquistão. O homem-bomba atacou fiéis de uma mesquita, onde rezavam cerca de 200 pessoas, incluindo crianças.

Segundo autoridades citadas por agências de notícias internacionais, o agressor, que estava escondido entre os fiéis, gritou "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) e explodiu a bomba presa ao corpo no salão principal da mesquita, localizada na vila de Butmaina, perto da fronteira com o Afeganistão.

Autoridades da região ainda afirmaram que algumas pessoas podem ter morrido em consequência do desabamento de parte da mesquita após a explosão. Um toque de recolher foi decretado na área.

Testemunhas relataram momentos de terror após o ataque. O morador Shireen Zada, que havia orado em outra mesquita nas proximidades, disse que ouviu a explosão quando voltava para casa.

"Eu corri para o local e, quando entrei, vi sangue e restos humanos por todo lado e pessoas chorando", contou Zada à agência de notícias AFP. "Peguei minha caminhonete, carreguei três feridos e os levei para o hospital em Khar", relatou ele, referindo-se à cidade mais próxima do vilarejo.

O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, condenou o atentado e prometeu continuar agindo firmemente no combate aos extremistas. "Os ataques covardes dos terroristas não podem destruir a determinação do governo em eliminar o terrorismo no nosso país", afirmou em comunicado.

A autoria do ataque foi reivindicada pela facção do Talibã Jamaat-ul-Ahrar, responsável por uma série de atentados no país nos últimos tempos. O grupo afirmou que se tratou de um ato de vingança pela morte e prisão de alguns dos seus militantes em 2009, realizadas por uma força vigilante local.

Em agosto, a facção disse ter sido responsável por um ataque a bomba num hospital público de Quetta, matando 73 pessoas. Também reivindicou a autoria do atentado suicida num parque público em Lahore, em março, deixando 75 mortos no dia em que famílias comemoravam a Páscoa.

EK/afp/lusa/rtr