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Atentado mata civis realocados na Síria

15 de abril de 2017

Carro-bomba explode nas proximidades de um comboio de ônibus com milhares de pessoas retiradas de cidades sitiadas. Mais de cem pessoas morreram, afirmam voluntários.

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Carro-bomba explode perto de ônibus com pessoas retiradas de cidades sitiadasFoto: Reuters

Um atentado com um carro-bomba nos arredores da cidade de Aleppo, no norte da Síria, deixou centenas de mortos entre rebeldes e pessoas que estavam sendo retiradas de cidades sitiadas no âmbito de um acordo entre o governo do presidente Bashar al-Assad e a oposição armada, afirmou neste sábado (15/04) a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Segundo a TV síria, ao menos 39 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão do carro-bomba em Rashidin, a oeste de Aleppo, onde mais de 5 mil civis vindos das cidades de Fuaa e Kafraya esperam desde esta sexta-feira para seguir viagem.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que ao menos 43 pessoas foram mortas, a maioria civis, mas também rebeldes que estavam fazendo a segurança dos ônibus. O grupo de voluntários Defesa Civil da Síria afirmou ter retirado mais de cem corpos do local e que está prestando assistência a mais de 50 feridos.

O ataque foi confirmado pela mídia síria pró-governo e por ativistas da oposição. O governo em Damasco atribuiu o atentado a "grupos terroristas".

Mindestens 16 Tote bei Bombenanschlag auf Busse in Syrien
Fumaça gerada pela explosão nos arredores de AleppoFoto: Reuters

O acordo entre governo e rebeldes, assinado sob a mediação do Irã e do Catar, prevê a retirada de milhares de pessoas de Fuaa e Kafraya, que estão nas mãos do governo, mas sitiadas pelos rebeldes. Além disso, os moradores de Madaya e Zabadani, cidades perto de Damasco e cercadas por tropas do governo sírio, também devem ser evacuados.

Diversos ônibus com milhares de pessoas partiram na sexta-feira, chegando durante a madrugada aos arredores de Aleppo. O carro-bomba, um furgão destinado ao transporte de alimentos, explodiu nas proximidades de um comboio de 75 ônibus.

Parte da oposição síria criticou severamente o acordo assinado para o deslocamento dos moradores, afirmando que ele resultaria num reassentamento forçado que teria por objetivo afastar os inimigos de Assad das principais cidades do oeste da Síria.

O governo explicou que a realocação permitiria retomar o controle de locais destruídos perto de Damasco e garantir novamente o abastecimento. O acordo assinado em março prevê a retirada de 30 mil pessoas em diferentes etapas.

CA/efe/afp/dw