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Bomba em Istambul

31 de outubro de 2010

O governador de Istambul anunciou mais de 30 feridos no atentado suicida ocorrido neste domingo no centro da metrópole turca. Mutlu afirma tratar-se de obra de uma organização terrorista.

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Praça Taksim já fora palco de atentados no passadoFoto: picture alliance/dpa

Segundo afirmou o governador de Istambul, Hüseyin Avni Mutlu, neste domingo (31/10) em coletiva de imprensa, um atentado suicida feriu ao menos 15 policiais e 17 civis na metrópole turca. O autor morreu em consequência da detonação, e outros explosivos foram encontrados em seu corpo.

A explosão ocorreu por volta das 10h30 (hora local) na Praça Taksim, no centro nevrálgico de Istambul, próximo ao monumento do fundador da Turquia moderna, Mustafá Kemal Atatürk.

O chefe da polícia de Istambul, Hüseyin Çapkim, explicou que o homem entrou num carro de policiais da brigada antidistúrbios antes de se fazer explodir. Tudo indica que o ataque suicida teve como alvo a polícia de Istambul. A explosão aconteceu numa hora em que havia poucos passantes na praça e na parte onde se encontravam os policiais.

Uma cidadã espanhola citada pela agência de notícias EFE informou que no outro extremo da praça havia um grande número de pessoas esperando pelo transporte para a Feira do Livro de Istambul.

Palco de atentados

Até o momento, as autoridades não têm informações sobre a autoria do atentado. O governador de Istambul mencionou que ele seria obra de uma "organização terrorista", sem dar detalhes. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, também falou em "atentado terrorista".

Analistas apontam para o envolvimento do partido proibido curdo PKK. Neste domingo chega ao fim uma trégua declarada de forma unilateral pelo grupo armado curdo. Na última quinta-feira, o líder do PKK afirmara que o partido iria prosseguir com a trégua, caso o governo aceitasse dialogar.

Segundo informações oficiais, dois policiais ficaram gravemente feridos no atentado deste domingo. Trata-se do pior ataque do gênero que a cidade turca sofre desde 2003, quando a Al Qaeda matou 57 pessoas. No passado, a Praça Taksim também já fora palco de atentados suicidas. Em 1999, 13 pessoas ficaram feridas e em 2001 dois policiais foram mortos.

CA/lusa/dw/dpa
Revisão: Augusto Valente