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Terrorismo

Atirador de Christchurch enfrenta 50 acusações de homicídio

4 de abril de 2019

Australiano de 28 anos será julgado pelo Supremo Tribunal da Nova Zelândia por dezenas de acusações de homicídio e tentativa de homicídio. Em nova audiência, juiz pede avaliação de saúde mental do acusado.

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Neozelandeses em vigília em homenagem às vitimas do massacre em Christchurch
Neozelandeses em vigília em homenagem às vitimas do massacre em ChristchurchFoto: picture-alliance/AP Photo/M. Baker

O atirador que fez dezenas de vítimas num ataque a duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, enfrentará 50 acusações de homicídio e outras 39 de tentativa de homicídio, comunicou a polícia neozelandesa nesta quinta-feira (04/04).

A polícia acrescentou que novas acusações "ainda estão sendo consideradas", mas não forneceu mais detalhes. O homem, o australiano Brenton Tarrant, matou 50 pessoas e feriu outras 48 nos ataques às mesquitas de Linwood e Al-Noor, em 15 de março.

Em sua primeira audiência, no dia seguinte ao ataque, Tarrant rejeitou um advogado e disse que planejava se defender sozinho das acusações. Mas, em nova audiência nesta sexta-feira (no horário da Nova Zelândia), ele foi representado pelos advogados Shane Tait e Jonathan Hudson.

Após a primeira aparição num tribunal distrital, o australiano de 28 anos será julgado pela Suprema Corte do país, devido à gravidade do caso. Ele não compareceu pessoalmente à audiência desta sexta-feira, mas participou por meio de um sistema audiovisual a partir da prisão de segurança máxima de Auckland, onde está detido.

Agências de notícias relataram que Tarrant não demonstrou emoção ao aparecer no vídeo. Vestindo um uniforme cinza da prisão e usando algemas, ele permaneceu em silêncio durante toda a audiência. 

O juiz Cameron Mander, da Suprema Corte, ordenou nesta sexta-feira uma avaliação da saúde mental do acusado. "É um passo totalmente comum no processo, e acho que conclusões precipitadas não devem ser tiradas disso", afirmou o magistrado diante de uma sala repleta de sobreviventes, familiares de vítimas e jornalistas de todo o mundo.

À época do ataque, o advogado Richard Peters – indicado para defender Tarrant na ocasião – afirmou que o agressor estava lúcido e sem qualquer tipo de arrependimento. Segundo ele, o acusado não parecia ser mentalmente instável, além de expressar sua ideologia extremista. O advogado acredita que Tarrant busca utilizar o processo para difundir essa ideologia.

O juiz Mander havia rejeitado pedidos da imprensa internacional de filmar, gravar o áudio ou fotografar a audiência desta sexta-feira. Os repórteres presentes puderam fazer anotações, mas estiveram sujeitos a restrições sobre o que poderiam informar.

As restrições à imprensa são previstas por lei na Nova Zelândia, com o intuito de evitar que possíveis jurados nos casos possam ser influenciados antes mesmo de ouvirem as evidências e testemunhas na corte.

Tarrant deve participar de uma nova audiência em 14 de junho. Até lá, ele deve permanecer sob custódia, determinou o juiz.

RC/dpa/ap/efe/rtr

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