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Ativistas anti-China comemoram vitória em Hong Kong

5 de setembro de 2016

Jovens ativistas da Revolução dos Guarda-Chuvas conquistam assentos no Parlamento e geram preocupação em Pequim. Observadores veem conquista como "forte mensagem" para o governo chinês.

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Líder do "Movimento dos Guarda-Chuvas", Nathan Law, de 23 anos, celebra conquista de assento no Parlamento de Hong Kong
Líder do "Movimento dos Guarda-Chuvas", Nathan Law, de 23 anos, celebra conquista de assento no ParlamentoFoto: Reuters/B. Yip

Uma nova geração de jovens pró-independência conquistou espaço no Conselho Legislativo (Parlamento) de Hong Kong. Mais de 2 milhões de pessoas foram às urnas nas eleições deste domingo (04/09), que contaram com a participação de novos partidos que exigem maior autonomia em relação a Pequim.

Legendas pró-democracia conseguiram 30 dos 70 assentos – ficando cinco deles nas mãos de jovens ativistas que defendem a separação da antiga colônia britânica da China. A ala conservadora ainda garantiu 40 assentos.

Entre os membros da nova geração que conquistaram um assento no Parlamento está Nathan Law, de 23 anos, um dos líderes do Revolução dos Guarda-Chuvas de 2014. Ele conquistou mais de 50 mil votos e se tornou o membro mais jovem do Parlamento. Seu partido, Demosisto, pede um referendo sobre a independência de Hong Kong da China para que a população expresse sua opinião.

"Acho que as pessoas de Hong Kong querem uma mudança. Os jovens têm um sentimento de urgência em relação ao futuro", disse Law. "Temos de estar unidos para lutar contra o Partido Comunista [Chinês]."

Eddie Chu Hoi-Dick, candidato radical pró-independência que defende o pressuposto da equidade do uso das terras nas zonas rurais de Hong Kong, foi um dos candidatos mais votados, com mais de 84 mil votos.

Law e Hoi-Dick terão a companhia de Yau Wai-ching, do partido recém-formado Youngspiration; de Sixtus "Baggio" Leung, do mesmo partido; e de Cheng Chung-tai, do grupo independentista Civic Passion.

Essa foi a maior votação desde os protestos pró-democracia de 2014. Observadores veem a vitória de grupos pró-independência como uma "forte mensagem para a China". Pequim se opõe a candidatos que apoiam uma separação de Hong Kong da região administrativa especial.

De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, o Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau da China afirmou que se "opõe resolutamente" a qualquer forma de independência, dizendo que isso violaria a Constituição chinesa.

KG/rtr/lusa/afp