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Autoridade alemã diz que Sputnik V é bem-vinda

4 de fevereiro de 2021

Presidente da Comissão de Vacinação se manifesta favorável ao uso do imunizante russo na Alemanha – desde que antes receba aprovação da UE. Governo alemão diz que toda vacina eficaz contra covid-19 deve ser considerada.

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Vacina Sputnik V
Sputnik V tem eficácia de 91,6%, segundo estudoFoto: Sergei Bobylev/TASS/dpa/picture alliance

O presidente da Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko, na sigla em alemão), Thomas Mertens, disse esperar que o país conte em breve também com a vacina russa Sputnik V.

"Eu ficaria muito feliz de poder ampliar o nosso portfólio de vacinas com essa vacina", declarou à emissora SWR. Mertens lembrou, porém, que a vacina deve antes ser aprovada para uso na União Europeia (UE).

Thomas Mertens, presidente da Stiko
Thomas Mertens: "Eu ficaria muito feliz de poder ampliar nosso portfólio com essa vacina"Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance

O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, e a chanceler federal Angela Merkel também já se mostraram receptivos ao imunizante russo e disseram que toda vacina que mostre ser eficaz deve ser considerada.

A França também anunciou que vai usar a vacina russa se ela obtiver autorização da UE. "As vacinas não têm nacionalidade", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, em entrevista à emissora Europe 1.

Produção na UE

Há cerca de duas semanas, a Rússia encaminhou à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) um pedido de autorização de uso emergencial da Sputnik V.

O instituto russo Gamaleya, que desenvolve a vacina contra a covid-19, também já está em contato com o laboratório alemão IDT Biologika para a produção da Sputnik V na União Europeia, segundo comunicou o Ministério alemão da Saúde.

O ministro alemão da Saúde disse que a Alemanha serviu de intermediária no pedido russo de estudar opções de produção da vacina na Alemanha e em outros países europeus.

A Rússia confirmou que quer aumentar a produção da sua vacina contra a covid-19 no exterior. "Num futuro próximo, queremos iniciar a produção em países estrangeiros para responder à procura crescente em cada vez mais países", disse um porta-voz do Kremlin.

Interesse no Brasil

Um estudo recente, publicado na revista especializada The Lancet estabeleceu uma eficácia de 91,6% contra as formas sintomáticas da covid-19 para a Sputnik V. "Esta é uma publicação muito importante, que é convincente sobre a confiabilidade e a eficácia da vacina russa", disse o mesmo porta-voz.

No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que está negociando a compra de 10 milhões de doses da Sputnik V a serem importadas da Rússia em fevereiro e março. A partir de abril, seria possível começar a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e doses da vacina no Brasil, segundo o fabricante russo.

as/lf (ARD, Lusa)