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Barco naufraga com 250 a bordo na costa italiana

12 de outubro de 2013

Acidente no Estreito da Sicília acontece uma semana depois de tragédia em Lampedusa, que deixou mais de 300 imigrantes africanos mortos e reacendeu o debate sobre as políticas europeias para refugiados.

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Soldado italiano observa o mar da ilha de Lampedusa, porta de entrada para imigrantesFoto: picture alliance / ROPI

Uma embarcação naufragou nesta sexta-feira (11/10) no Estreito da Sicília, cerca de 130 quilômetros ao sul da ilha de Lampedusa, com mais de 250 imigrantes a bordo. Todos os passageiros foram jogados ao mar, e segundo a agência de notícias italianas Ansa, pelo menos 50 teriam morrido.

O acidente acontece no momento em que ainda se busca corpos da tragédia da semana passada, quando um barco com imigrantes africanos naufragou na costa de Lampedusa, matando mais de 320 pessoas.

"Há pelo menos 200 pessoas no mar, e nossos helicópteros estão fazendo o resgate", disse um porta-voz da Marinha italiana. As autoridades de Malta também estão colaborando no resgate.

O afundamento do barco teria sido detectado por um helicóptero maltês. Após o desastre de Lampedusa, foi aprovado na quinta-feira, e posto em prática nesta sexta, um dispositivo de vigilância e socorro que envolve navios da Marinha italiana, uma embarcação da capitania dos portos da Sicília e uma patrulha e dois helicópteros de Malta, que está trabalhando de forma coordenada com a Itália.

A tragédia da semana passada reacendeu o debate sobre a política de refugiados na União Europeia. Segundo o Centro de Estudos e Investimentos Sociais italiano (Censis), nos primeiros oito meses de 2013 chegaram só às costas da Itália 21.241 imigrantes ilegais, frente aos 15.570 registrados em todo ano de 2012.

Uma das principais portas de entrada para imigrantes, a Itália, em particular, vem sendo alvo de duras críticas. As leis italianas proíbem os pescadores de auxiliar refugiados enquanto os barcos deles ainda estiverem em condições de navegar. Espera-se deles que informem as autoridades em Roma, que então alertarão a Guarda Costeira. A demora no procedimento pode ter custado várias vidas durante os últimos desastres em Lampedusa.

RPR/ ap/ afp/ dpa