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Platini x Johansson

(gh)25 de janeiro de 2007

Disputa entre Michel Platini e Lennart Johansson pela presidência da Uefa ameaça dividir a entidade, adverte Franz Beckenbauer. Ídolo do futebol francês promete reformas que favorecem principalmente pequenos países.

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Platini desafia Johansson com promessas de reformasFoto: AP

Vinte e três anos depois de se sagrar campeão europeu, em 1984, o meia francês Michel Platini tenta concluir sua maior jogada fora dos gramados: conquistar a presidência da Uefa na eleição desta sexta-feira (26/01), em Düsseldorf, no oeste alemão.

Com um pacote de reformas, Platini, de 51 anos, desafia o sueco Lennart Johansson (77 anos), que pretende dar continuidade ao que fez nos últimos 16 anos no cargo. "O mais importante é o que acontecerá após a disputa. Não deve haver divisão na Uefa", adverte Franz Beckenbauer, que chegou a ser cotado como candidato e apóia Johansson.

A Federação Alemã de Futebol (DFB) também manifestou abertamente seu apoio ao sueco. "Uma disputa pelo poder sempre é ruim, porque se formam frentes e em todos os lados há perdedores", disse o presidente da DFB, Theo Zwanziger.

Reformas x continuísmo

Platini defende, entre outras coisas, reduzir a comercialização do futebol, enquanto Johansson quer dar continuidade à expansão econômica da Uefa. Ele transformou a entidade, com 15 funcionários, numa empresa bilionária.

O desafiante também é contra a pré-eliminatória à Eurocopa e a ampliação do torneio de 16 para 24 países participantes. Ele rejeita o G 14 (uma união dos maiores clubes da Europa) e a criação de uma liga mundial. Quer no máximo três em vez de quatro vagas por país na Liga dos Campeões e propõe uma limitação dos salários dos jogadores a 45% do orçamento dos clubes.

Lennart Johansson
Johansson aposta no sucesso do passado e na troca de favoresFoto: PA/dpa

Platini, que iniciou sua campanha em 1998 como presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo na França, parte para o ataque. "Johansson é um homem do passado, eu sou o candidato do futuro", diz. Seu discurso agrada sobretudo os pequenos países europeus, aos quais promete mais influência na Uefa. Também a associação dos jogadores profissionais (Fifpro) o apóia.

Já o atual presidente aposta no sucesso do passado e na promessa de continuidade. Em Düsseldorf, Johansson também espera ser recompensado pelos favores que prestou a muitos cartolas nos últimos quatro mandatos. "Não tenho a necessidade de fazer promessas de última hora. Se não der certo, parabenizo o vencedor e me vou", avisa. Platini disse a mesma coisa.

Beckenbauer na Fifa

Fußball - Franz Beckenbauer in Prag
BeckenbauerFoto: picture-alliance/ dpa/dpaweb

Embora se mostre preocupado com a disputa pelo poder na Uefa, Franz Beckenbauer não teme que a Alemanha seja prejudicada por uma eventual vitória de Platini. "Sempre jogamos aberto", diz.

O kaiser, vice-presidente da DFB, de qualquer forma já ganhou sua eleição: ele passa a integrar o Comitê Executivo da Fifa, como representante da Uefa, na vaga aberta pelo ex-presidente da Federação Alemã de Futebol, Gerhard Mayer-Vorfelder.