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Berlim cancela mostra de arte do Irã

28 de dezembro de 2016

Segundo instituição alemã, demora em conseguir autorização de Teerã para saída das obras impossibilitou realização de mostra. Obras contemporâneas ocidentais apareceriam lado a lado com peças de artistas iranianos.

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"Mural on Indian Red Ground", de Jackson Pollock
"Mural on Indian Red Ground", de Jackson Pollock, era uma das peças da mostraFoto: Tehran Museum of Contemporary Art/Pollock-Krasner Foundation/VG Bild-Kunst

Uma exposição de arte em Berlim, programada para ser uma sensação cultural, foi cancelada por as autoridades do Irã não terem liberado a tempo as obras para saírem do país. A Fundação Patrimônio Cultural Prussiano (SPK, na sigla em alemão) informou nesta terça-feira (27/12) que a exibição A Coleção Teerã – Museu de Arte Contemporânea de Teerã em Berlim, agendada para abrir neste mês, não vai mais ocorrer.

A fundação alemã, que administra os museus públicos de Berlim, rescindiu o contrato para a exposição, firmado com o Museu de Arte Contemporânea de Teerã, pois não "poderia aceitar mais atrasos" no calendário de exibições da instituição. Segundo o presidente da SPK, Hermann Parzinger, Teerã ainda não havia liberado as obras para saírem do país, embora a primeira data para abertura da exposição fosse no início deste mês.

Originalmente, o evento deveria ser aberto no dia 4 de dezembro. A SPK decidiu cancelar a mostra após perceber que também não seria possível uma inauguração em janeiro. A exposição exibiria cerca de 60 peças obras do acervo do museu iraniano, de artistas contemporâneas americanos e europeus como Jackson Pollock, Mark Rothko e Francis Bacon, juntamente com trabalhos de artistas iranianos.

O acervo do museu Museu de Arte Contemporânea de Teerã é tido como um dos maiores fora dos EUA e da Europa. A instituição possui também peças importantes de Claude Monet, Wassily Kandinsky, Pablo Picasso e Andy Warhol. Principal atração do projeto seria a coleção da viúva do último xá do Irã, Farah Diba Pahlavi, grande parte de cujas obras desaparecera nos depósitos do museu após a Revolução Iraniana de 1979.

MD/afp/epd