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Berlim: moderna e ao mesmo tempo assombrada pela história

Riki Bornhak | Andrea Kasiske
4 de março de 2021

[Vídeo] A perspectiva da cineasta Yael Reuveny e do fotógrafo Benyamin Reich, que fazem parte da terceira geração de sobreviventes do Holocausto e escolheram a capital alemã como lar.

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Yael Reuveny nasceu e foi criada perto de Tel Aviv. Ela mora há 15 anos em Berlim. "Muitas vezes, as pessoas aqui na Alemanha têm uma imagem muito estranha dos judeus. Algumas pessoas pensam que são todos muito inteligentes, muito ricos ou têm a pele muito clara. Mas, como em qualquer outra sociedade, há todos os tipos de pessoas. Para mim, era importante mostrar essa diversidade." Ao se mudar para a Alemanha, os pais dela ficaram chocados. O país continua sendo um tabu em Israel, no entanto, para Yael, a mudança foi libertadora. Em Berlim, ela quebra esse tabu ao investigar a história de sua família e explorar um território desconhecido. Yael segue a trilha do tio-avô, que era dado como morto. Deportado pelos nazistas para o campo de concentração de Buchenwald, ele nunca mais voltou. Durante a pesquisa, ela descobre que o tio-avô mudou de nome e recomeçou a vida com uma alemã.

Já Benyamin Reich não se apega a convenções. Por meio da fotografia, ele quebra tabus e lida com o próprio passado como judeu ultraortodoxo. Benyamin cresceu em meio a rituais religiosos numa família de dez irmãos, em um bairro ultraortodoxo de Tel Aviv. No local, tudo girava em torno da religião, mas ele queria se tornar um artista. "Digamos que a arte me salvou. A câmera fotográfica me permitiu reenquadrar a minha vida de uma forma que ainda posso ter essas raízes. Tenho minhas raízes no mundo ultraortodoxo no qual nasci, e hoje transporto esse mundo para a minha fotografia."