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Berlim tem protesto mais violento em cinco anos

10 de julho de 2016

Manifestação contra desocupação de prédio na região central da capital alemã gera horas de confrontos com a polícia e termina com mais de 80 detidos e 120 policiais feridos.

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Cenário de guerra após os confrontos entre polícia e manifestantes na capital alemã
Cenário de guerra após os confrontos entre polícia e manifestantes na capital alemãFoto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini

Berlim viveu na madrugada de sábado para domingo (10/07) o que as autoridades descreveram como o protesto mais violento dos últimos cinco anos na cidade, com 123 policiais feridos e 86 manifestantes detidos.

A manifestação começou pacífica no fim da tarde de sábado, quando cerca de 2 mil pessoas, a maioria vestida de preto, foram às ruas contra a desocupação de um prédio no bairro de Friedrichshein.

Horas depois, centenas de manifestantes, muitos encapuzados, entraram em confronto com a polícia, atirando pedras, garrafas e fogos de artifício, e incendiando carros. Mais de 1.800 policiais foram destacados para o local, e a violência se estendeu por horas.

"Com este balanço se conclui que se tratou da manifestação mais agressiva e violenta dos últimos cinco anos em Berlim", resumiu a polícia em comunicado.

O número 94 da rua Rigaer
O número 94 da rua RigaerFoto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini

Motivo da revolta é o prédio no número 94 da rua Rigaer, ocupado desde os anos 1990 por um movimento antissistema descrito pelas autoridades alemãs como radical de esquerda. A primeira tentativa de desocupação, em junho, também terminou em violência.

Estima-se que mais de 120 prédios abandonados e vazios, muitos em ruína, foram ocupados em Berlim Oriental após a queda do Muro. Nos anos 1990, as autoridades começaram a buscar soluções administrativas para os ocupantes.

Muitos assinaram contrato de aluguel e legalizaram a situação, alguns apartamentos foram comprados por cooperativas ou fundações, outros ocupantes foram desalojados à força. O número 94 da rua Rigaer, propriedade de uma firma de investidores, é um dos últimos prédios da cidade ainda ocupados.

RPR/ots