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Bióloga brasileira é formalmente acusada de pirataria na Rússia

2 de outubro de 2013

Ativista do Greenpeace participou de protesto contra a exploração de petróleo no Ártico. No total, 30 ambientalistas estão detidos na Rússia e mais quatro foram acusados. Se condenados, podem pegar até 15 anos de prisão.

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O barco quebra-gelo Acrtic Sunrise, do Greenpeace, que foi usado no protestoFoto: picture-alliance/dpa

Pelo menos cinco ativistas do Greenpeace, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, foram acusados de pirataria na Rússia por um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, segundo informações do grupo ambiental. Se considerados culpados, os ativistas podem pegar até 15 anos de cadeia.

Além da brasileira, as autoridades russas acusaram outros quatro ativistas, incluindo um britânico, um finlandês, um russo e um cidadão americano que também tem nacionalidade sueca.

Os cinco estão entre os 30 ativistas detidos no mês passado após um protesto no Mar de Barents, ao norte da Rússia, quando o barco quebra-gelo Arctic Sunrise, do Greenpeace, se aproximou da plataforma Prirazlomnaya, da gigante estatal do setor de energia Gazprom. Na ocasião, ativistas tentaram escalar a plataforma, considerada crucial no âmbito dos esforços da Rússia para explorar recursos naturais no Ártico. Prirazlomnaya é a primeira plataforma em alto-mar da Rússia na região e deverá começar a operar no final deste ano.

Greenpeace Brasilien
A bióloga brasileira Ana Paula AlminhanaFoto: Nick Cobbing/Greenpeace

Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin declarou que os ativistas "claramente não são piratas". No entanto, Putin afirmou que eles teriam infringido a lei internacional ao protestar próximo a uma plataforma petrolífera.

O grupo negou as acusações dos investigadores russos e defende que a Rússia embarcou ilegalmente no barco do Greenpeace em águas internacionais. A ONG afirma que o protesto foi pacífico e não representou nenhuma ameaça. Segundo o Greenpeace, as acusações não têm fundamento legal.

Os ativistas de 18 países estão detidos nas cidades de Murmansk e Apatity, no norte da Rússia, aguardando as investigações. Mais acusações contra os outros 28 ativistas devem ser apresentadas em breve.

ME/afp/rtr