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Boca de urna aponta empate técnico em Israel

17 de setembro de 2019

Primeiros levantamentos não apontam um vencedor claro nas eleições legislativas. Divisão do parlamento sugere que tanto Benjamin Netanyahu quanto seu rival, Benny Gantz, terão dificuldades para formar coalizões.

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Kombibild: Benny Gantz und Benjamin Netanjahu
Partido Azul e Branco de Gantz e o Likud de Netanyahu devem conquistar número semelhante de cadeiras

Pesquisas boca de urna da eleição geral de Israel divulgadas nesta terça-feira (17/09) apontam que nem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e nem o seu principal rival, o oposicionista de centro Benny Gantz, obtiveram a maioria necessária para liderar um governo no Parlamento.

Em diferentes pesquisas, Likud, o partido de Netanyahu aparece com uma previsão de conquistar de 31 a 33 assentos. Já o Azul e Branco, de Gantz, aparece com estimativas de 32 a 34 cadeiras. Ambos estão distantes dos 61 assentos necessários para liderar um governo. Dessa forma, eles devem depender da formação de coalizões.

No entanto, as pesquisas mostram que a formação de coalizões também deve ser complicada, já que as alianças lideradas pelo Likud e pelo Azul e Branco também ficaram aquém dos 61 assentos necessários. Segundo a rede Kan, o bloco de Netanyahu, que além do Likud reúne outra siglas de direita e religiosos, deve obter 56 ou 57 lugares. Já a aliança de centro e esquerda que apoia Gantz, soma por enquanto 53 ou 54 assentos.

As pesquisas mostram que tanto Netanyahu quanto Gantz não vão conseguir formar governos sem o apoio de Avidgor Lieberman, que deve ser tornar o fiel da balança. Lieberman, um imigrante russo, lidera o partido Israel é Nosso Lar, que segue a linha nacionalista e que deve conquistar dez assentos no pleito.

Em novembro de 2018, Lieberman já havia abandonado a coalizão que apoiava Netanyahu, desencadeando a dissolução do parlamento e provocando a convocação de novas eleições, que ocorreram em abril. Como Netanyahu não conseguiu formar uma coalizão funcional após esse pleito – e reconquistar o apoio de Lieberman – foram convocadas novas eleições, que ocorreram nesta terça-feira.

Apesar do seu nacionalismo, Lieberman é secular e não concorda com privilégios concedidos aos ultraortodoxos de Israel. Seu desentendimento com Netanyahu foi alimentado em parte pela manutenção da isenção do serviço militar para os religiosos.

Lieberman já avisou que não pretende entrar em um governo de coalizão com religiosos, mas disse que estaria disposto a apoiar uma coalizão de união nacional entre o Likud e o Azul e Branco, o que deve provocar resistência de Netanyahu.

No pleito de abril, tanto o Likud de Netanyahu quanto o Azul de Branco de Gantz conquistaram 35 cadeiras cada.

Netanyahu, de 69 anos, é o premiê israelense que ocupou o cargo por mais tempo. Tendo exercido a função inicialmente de junho de 1996 a julho de 1999, ele vem se mantendo no posto desde março de 2009 e busca um quinto mandato recorde.

JPS/efe/rt/lusa

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