1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Bolsonaro ameaça demitir presidente do BNDES

15 de junho de 2019

Mandatário dá reprimenda pública em Joaquim Levy e diz que ele está com a “cabeça a prêmio” por causa da nomeação de executivo que trabalhou no governo Lula. "Falei pra ele demitir esse cara ou eu demito você."

https://p.dw.com/p/3KX7p
Brasilien | Präsident Blsonaro lockert  Regeln für Waffenliebhaber
Foto: Reuters/A. Machado

O presidente Jair Bolsonaro ameaçou demitir neste sábado (15/06) o presidente do BNDES, Joaquim Levy. Segundo Bolsonaro, o chefe do banco desenvolvimento está com "a cabeça a prêmio”. 

O motivo da reprimenda pública, segundo Bolsonaro, foi a nomeação por Levy do executivo Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais do BNDES. O presidente exigiu a demissão de Pinto.

"Eu já estou por aqui com o [Joaquim] Levy. Falei pra ele demitir esse cara [Marcos Barbosa Pinto] na segunda-feira ou eu demito você, sem passar pelo Paulo Guedes", disse Bolsonaro a jornalistas diante do Palácio da Alvorada.

"Um governo tem de ser assim. Quando coloca gente suspeita em cargos importantes e essa pessoa, como o Levy, já vem há algum tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já tem algum tempo”, completou Bolsonaro.

Joaquim Levy Finanzminister Brasilien
Joaquim Levy foi ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff e secretário do Tesouro de Lula. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Barbosa Pinto foi assessor do BNDES entre 2004 e 2006, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e chefe de gabinete de Demian Fiocca à época em que este chefiou o banco. Ele também presidiu a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entre 2007 e 2010 – também no governo Lula – e foi sócio da Gávea Investimentos, uma gestora de recursos fundada por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique.

Na sexta-feira, Bolsonaro também afirmou que vai demitir o presidente dos Correios, general Juarez Cunha. Segundo Bolsonaro, o presidente da estatal vinha se comportando como "um sindicalista”. Recentemente, o general havia se manifestado contra a privatização dos Correios e tirado uma foto ao lado de parlamentares do PT e do PSOL na Câmara.

Joaquim Levy, por sua vez, foi ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff e secretário do Tesouro no governo Lula. Ele também foi diretor-superintendente do Bradesco e exerceu cargos na área econômica do governo FHC.

JPS/ots

______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube 
WhatsApp | App | Instagram | Newsletter