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Bombas atingem hospital da Médicos sem Fronteiras no Iêmen

15 de agosto de 2016

Ataque aéreo na cidade de Abs é executado pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita e deixa ao menos sete mortos e mais de dez feridos. Vítimas são civis.

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Ataque destruiu hospital na cidade de Abs
Ataque destruiu hospital na cidade de AbsFoto: Reuters/Stringer

Ao menos sete pessoas morreram e mais de dez ficaram feridas num bombardeio a um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na cidade de Abs, no noroeste do Iêmen, nesta segunda-feira (15/08). Segundo autoridades de saúde, o ataque aéreo foi realizado pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

De acordo com o diretor de saúde pública da província de Hashah, Ayman Mazkour, todas as vítimas eram civis, a maioria pacientes. Entre elas há mulheres e crianças. "Equipes médicas ainda não conseguiram entrar no hospital", acrescentou. O bombardeio foi confirmado pela MSF.

Testemunhas afirmaram que dois terços do hospital ficaram destruídos. O bombardeio teria atingido a ala de emergência da instituição. Os aviões da coalizão árabe continuam sobrevoando a região.

O bombardeio ocorreu menos de 48 horas depois de a MSF ter acusado a coalizão árabe de matar dez crianças num ataque aéreo a uma escola religiosa na província de Saada, no norte do país, no sábado. A Arábia Saudita negou o incidente e alegou que bombardeou um campo de treinamento de rebeldes houthis.

O ataque desta terça-feira não é o primeiro a atingir um centro médico administrado pela MSF no país. Em diversas ocasiões, a organização denunciou os bombardeiros da coalizão árabe. No mais recente incidente, no início de janeiro, quatro pessoas morreram após um projétil cair num hospital do grupo na província de Saada. A aliança militar, porém, nega os ataques.

Desde março de 2015, a coalizão árabe, com o apoio do presidente iemenita, Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, bombardeia os rebeldes houthis e seus aliados no país. O Iêmen está em guerra desde que militantes houthis assumiram o controle sobre a capital, Sanaa, em setembro de 2014.

CN/efe/afp/dpa/rtr