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Brasil encara peso do favoritismo em "projeto hexa"

Gabriel Fortes13 de junho de 2006

Pentacampeões mundiais têm o primeiro desafio real de seu esquema ofensivo na estréia da Copa do Mundo, nesta terça-feira, contra a Croácia. São 31 seleções apontando o país como o virtual campeão na Alemanha.

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Ronaldo supera as críticas pré-Copa?Foto: AP

Poderia ser mais simples, mas a pressão é inevitável levando-se em consideração a projeção que a seleção brasileira recebeu nos últimos anos. O time estréia na Copa do Mundo às 21 horas (16h de Brasília) desta terça-feira, contra a Croácia, em Berlim, em prol do sucesso de um esquema ofensivo e em um cenário perigoso.

Todas as outras 31 seleções apostam no Brasil como o favorito ao título. Até a eterna rival Argentina, que ultimamente é só elogios à equipe de Carlos Alberto Parreira. Além disso, as críticas sobre Ronaldo e as expectativas em torno do bom rendimento do "quadrado mágico" são fatos que já incomodam os jogadores.

A imprensa portenha estampa em manchetes que a Copa terá início nesta terça, e aponta o Brasil como a "oitava maravilha". "Todas as vezes que o Brasil foi a uma Copa como favorito, perdeu. Portanto, é melhor que os jogadores não se sintam muito seguros", alertou Pelé.

"Existe uma pressão enorme sobre o Brasil, nós sabemos disso, conhecemos a nossa responsabilidade e vamos levar o torneio a sério. O time está pronto e consciente do que precisa fazer para vencer. Pretendemos não decepcionar ninguém", retrucou Ronaldinho Gaúcho.

Ascensão individual e pressão sobre o time

Parreira e o auxiliar Zagallo já haviam percebido, antes de os treinos começarem, a pressão que a equipe sofreria na Alemanha. A responsabilidade nunca foi tão grande, e ela cresceu principalmente devido à ascensão individual de cada um dos integrantes do quarteto. Kaká e Adriano, além de Ronaldo e Ronaldinho, tornaram-se ídolos do futebol mundial.

"O esquema só vai funcionar se a equipe render como um todo porque o futebol é coletivo. Não podemos ter apenas o Emerson e o Zé Roberto marcando no meio-campo. Se isso acontecer, dificilmente chegaremos até a final", comentou o treinador.

O comandante brasileiro inclusive tentou jogar para cima da anfitriã Alemanha um favoritismo maior pelo título. "A responsabilidade é deles. Estão jogando em casa", argumentou.

Na Croácia, a idéia é atrapalhar a vida da seleção brasileira e depois disputar uma vaga nas oitavas-de-final com a Austrália, que fez 3 a 1 no Japão na abertura do grupo F. Mesmo assim, o técnico Zlatko Kranjcar não deixou de provocar.

"Tentaremos vencer, é claro. Mas não será nenhuma tragédia se perdermos para um time que todos estão enxergando como, talvez, o melhor time brasileiro de todos os tempos", comentou.

BRASIL x CROÁCIA

Data: 13/6/2006 (Terça-feira)

Local: Estádio Olímpico de Berlim

Horário: 21h (16h de Brasília)

Árbitro: Benito Archundia (México)

Auxiliares: José Ramirez e Hector Vergara (ambos mexicanos)

Brasil

Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Adriano e Ronaldo

Técnico: Carlos Alberto Parreira

Croácia

Pletikosa; Simic, R. Kovac e Simunic; Srna, Tudor, N. Kovac, N. Kranjcar e Babic; Klasnic e Prso

Técnico: Zlatko Kranjcar