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Brasil x França: replay da final de 1998 ou jogo de compadres?

(gh)30 de junho de 2006

Seleção brasileira enfrenta a França com más recordações da final perdida há oito anos em Paris. Como muitos jogadores das duas seleções atuam nos mesmos clubes, torcedores poderão ver "jogo de compadres".

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Robinho quer que Zidane se aposenteFoto: AP

As seleções do Brasil e da França disputam, neste sábado às 21h (16h de Brasília) em Frankfurt, um duelo de gigantes que decidirá o futuro de dois astros do futebol mundial: ou Zidane encerra sua carreira com o apito final ou a situação para Ronaldo ficará apertada.

Com seu 15º gol em Copas, o atacante brasileiro quebrou o recorde até então defendido por Gerd Müller, mas a meta dele é sagrar-se artilheiro da Copa pela segunda vez consecutiva e igualar-se a Pelé com a conquista do terceiro título.

Enquanto Ronaldo e Zidane silenciam às vésperas do confronto entre os campeões de 2002 e de 1998, seus colegas de equipe tentam esquentar o clima. "A definição de futebol é o Brasil", filosofa o defensor francês Lílian Thuram, que no entanto faz uma ressalva: "Ronaldo não é o Brasil".

Já o meia brasileiro Gilberto Silva, que deverá substituir Emerson na marcação de Zidane, adverte: "A França não é apenas um jogador. Espero que fiquem gravadas as seguintes imagens desta Copa: Ronaldo e a seleção brasileira que ganhou o título e quebrou recordes."

Trauma de 1998

Desde a final de 1998, quando Zidane lançou com seus dois gols a base para o triunfo de 3 a 0 da grande nation, o Brasil não perdeu mais nenhum jogo de Copa. O misterioso desmaio de Ronaldo antes da partida e seu fraco desempenho em campo são motivos para especulação até hoje.

"Queira ou não queira, aquele jogo ainda está na cabeça dos jogadores", diz o coordenador técnico da seleção brasileira, Mário Zagallo, que era o técnico da equipe derrotada pela França. Cafu adverte contra excessivos sentimentos de vingança. "Se entrarmos em campo pensando em revanche, voltaremos para casa mais cedo." Parreira disse que ninguém pensa em revanche.

O lateral-esquerdo Roberto Carlos causou risos ao afirmar que, antes do jogo, dirá a Zidane que continue jogando mais dois anos. "Ele pode atingir 40 ou 50 anos de idade e ainda poderá fazer grandes jogadas com a bola no pé. Quem diz que ele deve parar, não sabe de nada", disse. Robinho foi menos diplomático. "Espero que Zidane tenha de terminar sua carreira no jogo contra o Brasil."

Jogo de compadres?

Thierry Henry, Frankreich, WM 2006
Henry: 'Não esperem muito do jogo'Foto: dpa

"Os melhores inimigos do mundo" – assim o jornal France Football classificou o encontro das duas potências do futebol e das inúmeras estrelas que atuam nos clubes de ponta do futebol europeu. "Temos respeito por deles, mas eles também nos vêem com respeito", diz o atacante Thierry Henry, que adverte: "Não esperem muito do jogo; nós nos conhecemos bem demais".

A afirmação de Henry é sustentada em números que deixam prever um "jogo de compadres" em Frankfurt. Seis franceses (Barthez, Thuram, Vieira, Zidane, Henry e Trezeguet) e seis brasileiros (Dida, Cafu, Roberto Carlos, Zé Roberto, Emerson e Ronaldo) se conhecem da final de 1998.

Além disso, 14 dos 23 jogadores da seleção brasileira atuam ou já atuaram ao lado de integrantes da seleção francesa. Números idênticos são registrados na equipe francesa: 14 dos 23 jogadores atuam ou atuaram com integrantes da equipe do Brasil.

BRASIL X FRANÇA

Data: 01/07/2006
Local: Estádio da Copa em Frankfurt
Horário: 21h (17h em Brasília)
Árbitro: Luis Medina Cantalejo (Espanha)
Auxiliares: Victoriano Giráldez Carrasco e Pedro Medina Hernández (Espanha)

Brasil
Dida - Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos - Emerson (Gilberto Silva), Zé Roberto, Kaká (Juninho Pernambucano) e Ronaldinho - Adriano e Ronaldo
Técnico: Carlos Alberto Parreira

França
Barthez - Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal - Makelele, Vieira, Malouda, Zidane e Ribéry - Henry
Técnico: Raymond Domenech