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Brigitte Macron dará aulas em escola no subúrbio de Paris

17 de setembro de 2019

Primeira-dama da França voltará a lecionar, dessa vez num centro educacional para adultos que ajudou a fundar. Escola fica em uma das regiões mais pobres da capital francesa, conhecida pelos distúrbios violentos de 2005.

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Brigitte Macron visita centro educacional em Clichy-sous-Bois, onde vai trabalhar e lecionar literatura
Brigitte Macron visita centro educacional em Clichy-sous-Bois, onde vai trabalhar e lecionar literaturaFoto: AFP/S. De Sakutin

A primeira-dama da França, Brigitte Macron, decidiu retomar sua carreira de professora. Mas, em vez de retornar à prestigiosa escola particular onde lecionava antes de se aposentar, ela trabalhará num projeto de educação para adultos, no subúrbio de Paris, que ela mesma ajudou a fundar.

Brigitte dará aulas de francês e literatura num centro educacional em Clichy-sous-Bois para pessoas que procuram emprego, mas que não terminaram o ensino médio. Ela afirmou estar envolvida na administração do local e que lecionará ocasionalmente.

Ao visitar a escola nesta segunda-feira (16/09), ela disse a repórteres que estava um pouco nervosa, mas satisfeita por estar novamente "em ação".  

O centro educacional, voltado para pessoas entre 25 e 48 anos, fica em uma das regiões mais pobres do subúrbio de Paris. Foi ali que dois jovens morreram em 2005 após fugirem de policiais, dando início aos distúrbios populares de 2005.

As mortes geraram protestos violentos contra a discriminação e a pobreza no país, que se espalharam para outras localidades, com carros queimados nas ruas e confrontos com a polícia.

Brigitte, de 66 anos, destacou a importância do programa de educação para adultos e afirmou que, com ele, quis mostrar que "é possível recomeçar a vida em qualquer idade". Ela deixou de lecionar há quatro anos para apoiar a carreira política de seu marido, o atual presidente Emmanuel Macron.

Recentemente, Brigitte se tornou mais conhecida no Brasil após ser alvo de insultos por parte do presidente Jair Bolsonaro, que se envolveu em disputas políticas com seu marido. O francês criticou fortemente as políticas ambientais do governo brasileiro e sua postura em relação às queimadas na Amazônia.

Em reação, Bolsonaro lançou ataques a Macron e, nas redes sociais, endossou um comentário ofensivo sobre a aparência de Brigitte publicado por um seguidor no Twitter. O ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, reforçou a ofensa, afirmando que a mulher de Macron é "feia mesmo".

O episódio gerou uma onda de simpatia no país em relação à primeira-dama francesa. Ela se disse emocionada com as manifestações de apoio e agradeceu publicamente aos brasileiros. Tiphaine Auzière, filha de Brigitte, reagiu aos insultos das autoridades brasileiras lançando uma campanha contra a misoginia.

RC/dpa/ap

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