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Merkel apóia expulsão de diplomatas

17 de julho de 2007

Represália de Londres à recusa de extraditar presumido assassino de Litvinenko ameaça desencadear uma crise internacional. Ingleses declaram-se "extremamente decepcionados", Moscou ameaça com "sérias conseqüências".

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Brown (e) e Merkel em BerlimFoto: AP

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, defendeu a expulsão dos quatro diplomatas russos de seu país, como represália à recusa de Moscou em colaborar nas investigações sobre a morte do ex-espião da KGB Alexander Litvinenko.

"Quando um assassinato ocorre em solo britânico e civis inocentes são expostos a grandes riscos, esperamos que outros países ajudem a levar à Justiça a pessoa em questão", declarou Brown nesta segunda-feira (15/07) em Berlim, após encontro com a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

Merkel apoiou o posicionamento do Reino Unido em relação à Rússia. "Espero que este período possa ser superado, mas se ocorre necessidade de esclarecimentos, estes também devem ser feitos com os meios necessários."

Represálias e gratidão

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Marina Litvinenko e o livro 'Morte de um dissidente'Foto: AP

O ex-agente Litvinenko foi envenenado em 2006 com o elemento radioativo polônio 210, falecendo num hospital de Londres no final de novembro último. A Promotoria Pública britânica acredita que o também ex-agente Andrei Lugovoi seria o autor do assassinato. Contudo, Moscou se recusou a extraditar Lugovoi, com base na Constituição russa.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, classificou a decisão do Kremlin como "extremamente decepcionante". Ele anunciou também suspensão das negociações entre os dois países no sentido de simplificar a concessão de vistos para cidadãos russos.

O Ministério russo do Exterior classificou a anunciada expulsão dos diplomatas como "uma ação bem encenada para politizar as investigações do caso Litvinenko. "Os atos de provocação não ficarão sem resposta e trarão sérias conseqüências para as relações anglo-russas", declarou porta-voz do ministério.

A viúva Marina Litvinenko, revelou estar "muito grata" pelas medidas do governo de Londres e "orgulhosa de ser uma cidadã britânica". (av)