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CÚPULA DO G8

1 de junho de 2007

Nossos usuários opinaram esta semana sobre os seguintes temas: Cúpula do G8, pobreza no mundo, doping, proteção aos não-fumantes, agricultura e monopólio, e o projeto Litrix.

https://p.dw.com/p/Amoa

Não é possível para a cúpula do G8 decidir sobre as grandes questões que afligem o planeta sem ouvir os países emergentes. Há mais de 17 anos, países emergentes como o Brasil vêm exigindo de suas indústrias, como fez incisivamente com a Companhia Siderúrgica Paulista da cidade de Cubatão, incluindo também as indústrias químicas, petrolíferas e todas as demais, a colocação de filtros para as torres de vapor e de fumaça tóxica e a filtragem e a reutilização, na própria indústria, da água utilizada, e aplicando pesadas multas à desobediência das indústrias que teimarem em poluir o meio ambiente. Somos um país emergente, que há várias décadas vem buscando e criando soluções para o destino do nosso lixo tóxico, para que não contamine o meio ambiente. Será que todos os países que compõem a cúpula do G8 estão exigindo de suas indústrias este procedimento que o Brasil tem exigido das nossas indústrias? Eu creio que não! Porque sou uma ativista e ambientalista internacional pela WWF Passaport Panda e Greenpeace e acompanho diariamente as notícias internacionais sobre quem está degradando o meio ambiente e sobre quem não cumpre as metas determinadas, e faz exigências, colocando a culpa nos países em desenvolvimento.
Alice Limberg

As decisões que fazem o mundo contemporâneo ser o que é são tomadas em escritórios silenciosos, bem longe da mídia. Tendo em vista a doutrina do "there is no alternative", os líderes do G8 poderiam ser substituídos por computadores portáteis sem qualquer alteração substancial nas "decisões" finais. A última vez em que se decidiu algo importante numa conferência foi em Yalta.
Lyndon C. Storch Jr.

Louvo a posição de Angela Merkel, racional e realista. Decisões mundiais podem ser tomadas pela vanguarda do desenvolvimento econômico e social, ouvindo opiniões e sugestões de países emergentes. Transformar o G8 em forum populista, entretanto, com o acréscimo de países importantes, mas que não atingiram ainda suas próprias metas internas de estabilidade política, social e econômica, poderá comprometer a seriedade que o G8 requer. A presença distoante da Rússia já seria um embaraço suficiente. Ao salientar o problema da África, a chanceler federal alemã foi muito oportuna, pois naquele continente reside uma monumental ameaça ao próprio futuro da Europa.
Jorge Ernesto Macedo Geisel

POBREZA NO MUNDO

Concordo com a opinião do professor Jeffrey Sachs, conselheiro oficial da ONU, que defende o aumento da doação em dinheiro do G8 para países pobres, como na África.
Maria Alice Araujo Limberg

Sugiro um maior envolvimento dos países ricos, que são os maiores poluidores da terra, no tratamento das questões ambientais, principalmente no que diz respeito a esclarecimentos para a população em todos os níveis sociais.
Deoclécio Justino Azevedo Said

Apesar de ainda não ter lido o livro O Fim da Pobreza, de Jeffrey Sachs, acredito que a pobreza no mundo pode e deve ser ao menos atenuada de forma mais acentuada pelos países ricos e também pelos países pobres, com melhores políticas sociais, menos corrupção e mais transparência na administração pública e nas concessões fiscais a corporações multinacionais, juntamente com mecanismos de controle mais amplos e mais acessíveis pela população, a qual atualmente é mais uma figura coadjuvante do que efetivamente uma figura principal nos denominados regimes democráticos, os quais não raras vezes implementam medidas autoritárias, dignas das mais ferozes ditaduras, a fim de perpetuarem interesses políticos e econômicos raramente direcionados ao bem-estar coletivo, com a conivência da comunidade internacional.
Renato Wieser

Infelizmente vivemos num mundo descontrolado. A luta pelo poder, a desigualdade, a falta de metas e objetivos reais. Parece-me que não estamos preocupados com o mundo como um todo. Lutamos por quê? O nosso planeta está doente e temos que investir na proteção do ser humano. Os bilhões que gastamos em armas poderiam ser utilizados para salvar o mundo. O aquecimento global ainda não está sendo tomado a sério. Pessoas precisam de uma ocupação, há ociosidade humana, há falta de investimento no ser. Armas não resolvem, mas infelizmente temos que viver com este mal.
Beno Heumann

DOPING NO CICLISMO

Não serão as declarações de alguns campeões do ciclismo alemão que irão fazer com que a prática deste esporte deixe de ser tão importante quanto o é. O uso, indevido ou não, de substâncias que potencializam, é uma constante em diversos esportes no mundo inteiro. Sabemos que, na prática, o departamento responsável pelas análises de doping deveria coletar material de todo atleta, no exercício de cada modalidade. Só assim poderemos saber se esta circunstância é um escândalo ou não.
Angélica Silva Britto

As grandes competições de ciclismo perderam para mim toda credibilidade. Uma pena, pois na verdade quem ganha não é o melhor atleta, ganha quem teve um médico mais esperto, quem usou substâncias químicas mais eficientes. E, pelo que parece, todos os ciclistas atualmente lançam mão de doping.
Tereza Vilaça

Permitir ou não o uso de substâncias que favoreçam o desempenho de atletas em várias categorias do esporte é um problema no mínimo impossível de se resolver. Os que pensam ser isso uma novidade, basta darmos uma boa remexida na história do esporte mundial que extrairemos exemplos de consumo de várias substâncias que, na época, não eram consideradas doping.
Angelica

LEI DE PROTEÇÃO AOS NÃO-FUMANTES

Senhores, estive na Alemanha a menos de 20 dias atrás e percebi o desconforto ocasionado pelas nuvens de fumaça provocada pelo fumantes em ambientes fechados (restaurantes, trens, aeroporto etc...) Realmente é um atraso por demais exagerado, por tratar-se de um país desenvolvido como a Alemanha. Fiquei sufocado em diversos restaurantes por onde andei. Nesse particular, o Brasil há muitos anos impõe rigoroso controle ao fumo, que não é permitido em nenhum local público, seja aberto ou fechado. E mais, a sociedade ostiliza quem se atreve a baforar em locais não permitidos. Convenhamos, neste aspecto os brasileiros estão anos-luz adiante de todos os países europeus, reduzindo a mortalidade de forma drástica. Aqui proibimos a propaganda de cigarros na TV e no rádio. Pelo contrário, as propagandas que existem são sobre os malefícios relativos ao fumo.
Sebastião Adorno

Está na hora de parar com o consumo de cigarro. O tabagismo não traz nenhum benefício para o ser humano. O ser humano não nasceu para o tabagismo. Nós, os não-fumantes, não temos a obrigação de inalar o que nos prejudica. Vamos plantar mais alimentos, vamos cuidar da nossa saúde. Os hospitais e o sistema de saúde gastam muitos recursos com fumantes. O mesmo acontece com a bebida alcoólica. Quem paga os gastos com estes doentes somos nós que não temos tais vícios.
Beno Heumann

Concordo plenamente com a lei que proíbe o fumo. O bem-estar da comunidade vem antes que o prazer de alguns indivíduos.
Denise Martins

AGRICULTURA E MONOPÓLIO

Ninguém tem o direito de deter o monopólio sobre qualquer forma de vida que viceja sobre o nosso planeta. As sementes são a base da produção de alimentos, por micros, pequenos, médios e grandes produtores rurais. Proponho a criação de um tribunal internacional para julgar aqueles que, de forma maquiavélica e egoísta, estão querendo deter o monopólio sobre as fontes de alimentos, sob o irrelevante argumento de proteção de patentes. A humanidade não deve aceitar que uns poucos ricos detenham o monopólio sobre as suas fontes de vida. Isso é um crime hodiondo de lesa-humanidade, que todos devemos combater com a máxima firmeza. Abaixo o envenenamento de sementes! Viva a agricultura orgânica, que cultivei com muita honra e orgulho!
Davidson Scampe

LITRIX.DE
Se o Brasil deveria criar um programa semelhante ao Litrix? Em resposta ao comentário solicitado, devo ponderar o seguinte: 1) O Brasil, no momento, não tem condições de incentivar a publicação de autores em outros países pois antes tem de fomentar a própria produção literária. Questões como produção, acesso e distribuição ainda estão para ser resolvidas. 2) O programa deveria contemplar bolsas de estudo e bolsas de trabalho para os tradutores brasileiros. Os tradutores são os verdadeiros interessados num diálogo multicultural, não os editores, preocupados com acordos comerciais vantajosos, gordos e de retorno rápido. 3) O Litrix para se consolidar deve oportunizar uma via de duas mãos: oportunizar a tradução e a publicação de autores brasileiros nas terras alemãs. Isso teria um duplo aspecto: afastar o argumento de que o Litrix teria uma vocação imperialista e neocolonialista e efetivamente estabelecer o diálogo multicultural, oportunizar vozes, consolidar o respeito às diferenças.
Mauro Otto Ratke Galvão Schreiber