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Candidato a chanceler nega acusações de corrupção

(sm)4 de junho de 2002

Político interrogado em Munique pela CPI das doações ilegais acusa coalizão de governo de manobra eleitoral.

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Presidente da União Social-Cristã, Edmund StoiberFoto: AP

O candidato da União Social-Cristã (CSU) à Chancelaria Federal da Alemanha, Edmund Stoiber, refutou as acusações do lobista da indústria armamentista Karlheinz Schreiber, segundo as quais a CSU teria recebido doações ilícitas, compactuando com financiamento partidário ilegal.

Perante a comissão de inquérito do Parlamento alemão, Stoiber reiterou não ter conhecimento de qualquer operação financeira ilegal dentro de seu partido. O presidente da CSU apresentou à CPI o parecer de uma auditoria econômica de 27 de maio, segundo o qual não há provas de que o partido tenha recebido doações que possam ser atribuídas a Schreiber durante o período de 1990 a 2000.

Para Stoiber, sua convocação para depor não passa de "manobra eleitoral": "Só estou sendo interrogado porque sou candidato à Chancelaria". O político social-cristão também acusou a CPI de abrir espaço para a projeção pública do lobista de armamentos refugiado no Canadá.

Acusações sem provas

Schreiber, sob mandado de prisão na Alemanha, declarou à CPI, há um mês, em Toronto, que a CSU recebera dele doações ilegais de mais de um milhão de euros entre 1991 e 1992. Além disso, ele afirmou que o partido tinha conhecimento de mais uma conta bancária secreta, na qual foram depositados 2,55 milhões de euros. Segundo Schreiber, os juros desta conta deveriam ser desviados ao partido.

"Nunca houve tais depósitos", declarou Stoiber. Até agora não existem provas para estas acusações contra a CSU.

Stoiber foi a última testemunha interrogada pela CPI das doações ilegais. Após a reunião extraordinária realizada em Munique, a comissão pretende debater seu relatório final na quinta-feira (6).

Oposição indignada com "campanha de difamação"

Antes de Stoiber prestar depoimento, o representante da União Democrata-Cristã (CDU) na CPI, Andreas Schmidt, havia qualificado o interrogatório do candidato dos dois maiores partidos da oposição à Chancelaria como o "auge da campanha de difamação dos social-democratas e verdes". Para ele, as viagens da comissão para Toronto e Munique não trouxeram nenhuma informação nova, apenas custos.

O representante dos liberais na CPI, Max Stadler, também criticou a convocação de Stoiber, afirmando que o procedimento "cheira à campanha eleitoral".