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Checkpoint Berlim: Nomes populares na capital alemã

2 de abril de 2018

Emilia e Noah foram os preferidos entre os pais dos 41.543 bebês que nasceram em Berlim em 2017. Escolha confirma, porém, alguns clichês sobre distritos da cidade. Já criatividade sobra para nomes compostos.

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Em Berlim, os nomes mais populares foram Emilia, para menina, e Noah, para menino.Foto: picture-alliance/dpa/W. Grubitzsch

Na semana passada, a explosão da taxa de natalidade na Alemanha foi notícia e Berlim acompanha esse desenvolvimento. Em 2017, 41.543 bebês nasceram na cidade e um dos grandes desafios destes pais foi a escolha do nome dos novos berlinenses. Diferente do Brasil, onde praticamente tudo é permitido, aqui os funcionários da prefeitura, responsáveis pelo registro civil, podem barrar a escolha, se considerarem que o nome pode ferir os direitos pessoais ou causar danos para as crianças.

Assim, os pais tendem a deixar a criatividade de lado e adotar nomes convencionais. Nomes curtos e considerados modernos são a tendência alemã nos últimos anos. Em Berlim, apesar de a cidade ser bem internacional, a escolha geral segue o padrão alemão.

Em 2017, os nomes mais populares na capital alemã foram Emilia, para menina, e Noah, para menino. Ambos entraram na lista alemã dos dez mais do ano passado – Emilia em quinto lugar e Noah em sexto. Em Berlim, Emilia foi seguida por Emma, Charlotte, Mia, Ella e Mila. Já Noah, por Emil, Paul, Oskar, Anton e Felix.

Porém, ao se observar a escolha de nomes entre os distritos da capital, alguns clichês sobre determinadas regiões parecem se confirmar.

Em Neukölln, o distrito com o segundo maior número de estrangeiros originários de países integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica – que inclui Turquia, Irã, Arábia Saudita –, o nome Ali foi o mais popular entre os masculinos. Em Mitte, primeiro lugar nesta lista de habitantes, Ali ficou em segundo lugar, atrás apenas de Adam. Somente em Neukölln, aparecem nomes como Fatema, Sevgi ou Hamsa.

Já em Pankow, onde está localizado o bairro Prenzlauer Berg, cuja população é predominantemente alemã e seus moradores trabalham em profissões consideradas criativas, além dos tradicionais nomes alemães, a inspiração dos pais é buscada em países nórdicos, entre os novos bebês há várias Greta, Nele ou Finn. Pankow também registrou o maior número de nascimentos na cidade.

No distrito de Charllotenburg-Wilmersdorf, bairro tradicional e de classe média alta, Maximilian, Theodor, Charlotte surgem entre os mais populares.

Mas quem pensa que os alemães não são criativos, terá uma surpresa ao analisar a lista dos nomes compostos. Funcionários públicos parecem fazer vista grossa para as limitações em relação ao primeiro nome nas escolhas do segundo, terceiro ou ainda quarto nome. Em Berlim, há Asteria, Pippilotta, Angel, Dean, Assad, Ciana, Joleen e até Bestimmt (certo), Nur (somente), My, Pünktchen (pontinho), Love, Comandanta e Winnetou.

Muitos homenageiam ainda parentes ao escolher o segundo nome de seus filhos. Assim, na lista aparecem ainda nomes considerados antiquados, como Ferdinand, Günther, Katharina ou Josephine.

Clarissa Neher é jornalista freelancer na DW Brasil e mora desde 2008 na capital alemã. Na coluna Checkpoint Berlim, publicada às segundas-feiras, escreve sobre a cidade que já não é mais tão pobre, mas continua sexy.

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