1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

China proíbe comércio de marfim

30 de dezembro de 2016

Fábricas e lojas de produtos de marfim serão fechadas até o fim de 2017. País é o maior mercado deste material do mundo. Ambientalistas afirmam que medida ajudará a proteger elefantes africanos da extinção.

https://p.dw.com/p/2V4gh
Esculturas de marfim
Esculturas de marfim são símbolos de status na ChinaFoto: Getty Images/AFP/F. Dufour

A China anunciou nesta sexta-feira (30/12) que proibirá até o fim de 2017 o processamento e o comércio interno de marfim, numa tentativa de conter o abate em massa de elefantes africanos. O país é o maior mercado do mundo deste material.

De acordo com autoridades, as primeiras fábricas e lojas serão fechadas e perderão suas licenças no final de março de 2017. O fim da comercialização legal de marfim deve ocorrer até dezembro do próximo ano. A medida atinge 34 fabricantes e 143 estabelecimentos comerciais.

O governo declarou também que pessoas que compraram objetos com marfim legalmente, antes do banimento, podem pedir um certificado e continuar expondo as peças em exibições ou museus. A medida possibilita ainda o leilão de antiguidades de marfim que possuírem autorização.

Projeto resgata elefantes ameaçados

O marfim é um símbolo de status na China e o preço por quilo deste material pode passar dos mil dólares.

Vitória ambiental

Ambientalistas saudaram o anúncio. A diretora do escritório de crime contra a vida selvagem da WWF em Hong Kong, Cheryl Lo, afirmou que a medida revela a determinação para salvar os elefantes africanos da extinção.

"Uma proibição exige um esforço e apoio do governo para ser eficaz. Com o anúncio da China, os três maiores mercados internos de marfim, que incluem Hong Kong e Estados Unidos, estão sendo eliminados", destacou Lo.

Os Estados Unidos proibiram o comércio de marfim de elefantes africanos em junho. Ativistas pedem que a administração de Hong Kong aplique medidas semelhantes até 2021.

"Estou orgulhosa de que meu país está mostrando esta liderança que ajudará a garantir que os elefantes tenham uma chance na luta contra a extinção", disse a diretora-executiva da Sociedade Conservação da Vida Selvagem na Ásia, Aili Kang.

Já o diretor da campanha de conservação da vida selvagem da organização americana WildAid, Alex Hofford, afirmou que o anúncio chinês é a maior e melhor notícia de 2016 neste âmbito.

Segundo a WWF, o comércio de marfim é o principal fator para o rápido declínio no número de elefantes africanos, com cerca de 20 mil animais abatidos por ano. Restam apenas 415 mil exemplares da espécie, acrescentou a organização. No início do século 20, havia entre 3 e 5 milhões deles. O elefante africano está na lista de espécies ameaçadas de extinção.

CN/rtr/afp/ap