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Colômbia e Venezuela convocam embaixadores

28 de agosto de 2015

Passo é dado após Caracas fechar fronteira na sequência de suposto ataque a soldados por "paramilitares colombianos". Guerrilha e contrabando aumentam tensão na divisa entre os dois países.

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Juan Manuel Santos (c.), presidente colombiano: "O que se passou foi totalmente inaceitável"Foto: picture-alliance/dpa/Colombian Presidency

Devido à crescente tensão na fronteira entre Colômbia e Venezuela, ambos os países convocaram seus respectivos embaixadores para consultas nesta quinta-feira (27/08).

Há uma semana, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, havia fechado a fronteira por 72 horas, apóstrês militares venezuelanos que participavam de uma operação de combate ao contrabando terem sido baleados. As autoridades venezuelanas atribuíram o ataque a "paramilitares colombianos".

Antes do fechamento da fronteira, Maduro já havia decretado estado de emergência em seis cidades do oeste venezuelano e deportado mais de mil colombianos, segundo dados oficiais. Outros 6 mil retornaram voluntariamente ao país. O ministro do Interior colombiano, Juan Fernando Cristo, descreveu o ato como uma "tragédia humanitária".

Por causa de guerrilhas e contrabando, a tensão tem aumentado ao longo dos 2.200 quilômetros de fronteira entre Colômbia e Venezuela. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, diz ter chamado o embaixador do país em Caracas após a Venezuela não ter cumprido o acordo para que um funcionário colombiano visitasse a zona onde o suposto ataque aos militares ocorreu.

"Queria dizer ao mundo (...) o que se passou, porque foi totalmente inaceitável", declarou o presidente colombiano em resposta a um pronunciamento de Maduro na TV venezuelana, no qual o chefe de estado venezuelano acusou Santos de minar os esforços de reconciliação através de mentiras.

Mais tarde, a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, informou através de sua conta no Twitter que o embaixador em Bogotá também foi chamado de volta a Caracas para consulta.

A Venezuela enviou mais 2.500 homens para fazer a segurança na fronteira entre os dois países e solicitou uma reunião com as autoridades colombianas, que está prevista para ocorrer no dia 14 de setembro. Caracas considera a data muito distante.

FCA/ap/lusa