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Colômbia deixará Unasul por crise na Venezuela

28 de agosto de 2018

Presidente colombiano acusa bloco de ser cúmplice do regime de Maduro ao não denunciar tratamento brutal dado aos venezuelanos. Segundo Iván Duque, organismo "serviu aos propósitos de uma ditadura".

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Presidente da Colômbia, Iván Duque
Duque criticou a Unasul por nunca ter denunciado os "atropelos" do governo venezuelanoFoto: Reuters/L. Gonzalez

O presidente colombiano, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira (27/08) que notificou a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) da decisão de retirar a Colômbia do bloco por considerar que a organização não denunciou o tratamento brutal dado pelo governo da Venezuela a seus cidadãos.

"Quero informar os colombianos de que o senhor ministro das Relações Exteriores da República [da Colômbia] enviou à Unasul a carta em que denunciamos o tratado constitutivo dessa entidade, e que em seis meses se tornará efetiva a saída da Colômbia dessa organização", afirmou Duque.

Durante uma coletiva de imprensa, o presidente colombiano criticou a Unasul por nunca ter denunciado os "atropelos" do governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e disse que o bloco não exerceu o dever de garantir que essas ações do regime chavista não constituíssem a eliminação das liberdades da cidadania.

Segundo Duque, o bloco foi criado para "fraturar o sistema interamericano" e "serviu aos propósitos de uma ditadura". Por isso, o presidente da Colômbia disse considerar a instituição como "maior cúmplice" da Venezuela.

Em 10 de agosto, o ministro do Exterior da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, comunicou a decisão política do país de se retirar do bloco, uma promessa que Duque fez durante a campanha presidencial.

"Seguiremos trabalhando no marco do multilateralismo regional e faremos isso apoiando a Carta Democrática Interamericana, assinada pela Colômbia, que defende a liberdade, o equilíbrio de poderes e, além disso, é fiadora de uma sociedade participativa e plural", afirmou Duque.

A União das Nações Sul-Americanas foi criada em maio de 2008 em evento no Brasil como um mecanismo de coordenação e integração para desenvolver um espaço integrado em termos políticos, sociais, econômicos, ambientais e de infraestrutura.

Com a saída da Colômbia, o grupo passará a ser formado por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Recentemente, o Equador também anunciou ter intenções de abandonar a Unasul.

PV/efe/lusa/dpa

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