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Com a palavra, os leitores

14 de fevereiro de 2003

A questão iraquiana está mobilizando a opinião pública. Também os visitantes das páginas da DW-WORLD enviam diariamente mensagens tomando posição e analisando em particular a divergência entre Berlim e Washington.

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Foto: AP

Bush no divã – Concordo plenamente com Drewermann. Bush representa um risco para o mundo. Quem quer proteger o mundo com desarmamento, tem que dar o exemplo e não usar a força para derrubar o mal. Ainda penso que ele (e os americanos) pagarão caro pelo que está sendo feito. – Marcelo Afonso de Souza

Brilhante análise feita do perfil doentio de Bush. Lamentavelmente, algumas nações estão se aproveitando destes desvarios em função de interesses próprios. E como sempre, os interesses políticos e econômicos predominam. Será que alguém pensa nas famílias iraquianas e em seus filhos? – Gizelda Siqueira

Penso que Drewermann faz uma análise muito sábia de Bush, do governo e do povo americano. Estou, também, estupefato com o comportamento da grande imprensa americana e inglesa com relação à França e à Alemanha. Li a crítica sobre o comportamento de Schröder, como desastroso. Não sei se as imagens da TV Globo são mentirosas, mas mostrou hoje um grande aplauso do Parlamento alemão às suas palavras ao falar sobre as suas ações em busca da paz e do auxílio aos aliados em caso de guerra. Admiro Schröder porque teve a sincera coragem de dizer não a Bush. – Gus

Concordo com Dr. Eugen (Drewermann). Bush não tem competência para administrar qualquer país. É apenas um filhinho rico e descerebrado da América! – Zunino

O Sr. Drewermann fez uma análise contundente da mente doentia do Sr. Bush. Seria interessante que mais pessoas no mundo todo pudessem ler essa fantástica observação e tirar suas próprias conclusões. Mais uma vez, os brasileiros estão condenando qualquer tipo de violência. Nenhum governante pode ser o determinante das leis do universo. Vamos lutar pela paz! – José Índio Alves, médico, 59 anos

Chance de paz

– Ainda vejo chance para uma solução pacífica no Iraque. O Iraque e seu ditador não são ameaça tão grave para o mundo, pois não estão tomando posição agressiva e na medida do possível estão cooperando com os inspetores da ONU. Os chefes de Estado alemão, francês e russo estão agindo de forma totalmente correta. Uma solução pacífica sempre existe se quisermos. – Juliana Bernardo

Alemanha e a paz

– Na minha opinião, a posição pacifista da Alemanha em relação a essa guerra se deve a dois grandes fatores: 1) Não há sombra de dúvida de que, depois de duas guerras monumentais, em que o país se arrebentou e arrebentou muitos outros, eles vão rever o sentido que uma guerra tem. 2) Devido à grande população de origem árabe que hoje reside na Alemanha, o país tem medo de apoiar uma intervenção no Iraque e sofrer as conseqüências em seu próprio território. – Thiago Garone

A arrogância de Rumsfeld e do governo americano é inconcebível num mundo que, depois de tantas guerras, procura um ponto de equilíbrio, harmonia e paz. O mérito de Schröder é inquestionável porque teve a coragem de dizer "não" ao Império. A França, com seu poder de veto, assume uma posição que ficará na história, embora o primeiro "não" tenha sido de Schröder. O mundo já não é o mesmo depois que Bush assumiu a presidência dos EUA. O Império está em decadência e uma nova ordem mundial se está estabelecendo. – Gus

Quero dirigir meu respeito e apoio às autoridades e cidadãos da Alemanha que estão lutando pela paz. Nenhum objetivo ou ideal está acima da luta pela paz, nenhuma razão é boa para agredirmos seres humanos. Estudei na Alemanha como bolsista no final dos anos 60. Aprendi a amar e a respeitar a Alemanha e os alemães. Quem conhece a história da Alemanha e ama esse país, sabe que, neste momento histórico, ele é o mais preparado para defender a paz. – Eloí Calage

Sou ativista do Partido dos Trabalhadores aqui no Brasil e acompanho com atenção a política mundial. Fiquei entusiasmado com a reeleição da coalizão social-democrata e verde na Alemanha, que em muito se assemelha a nossos objetivos, resguardadas as diferenças econômicas, sociais e culturais. Espero uma posição mais afirmativa da Alemanha pela paz e especialmente o desalinhamento seguro dos EUA e sua política intervencionista, especialmente no Oriente Médio. Julgo positivas as participações das Forças Armadas alemãs nos Bálcãs e Afeganistão. – José Vanderlei Lenz, Montenegro-RS

Sem santos

– Coincidência a "benevolência" do presidente americano em prolongar as inspeções da ONU até o meio deste mês de fevereiro e a entrega do primeiro F-22 para a força aérea? Prepare-se o Iraque! O supertrunfo da máquina de guerra americana virá à tona pelos céus (literalmente, para Bush, moço tão religioso). Sabe-se que Saddam e Bush não são santos (para Bush, ele mesmo seria um enviado de deus, mais que um mero santo) e o melhor seria o desarmamento coletivo e simultâneo, como ato exemplar, afinal aquilo que deus faria se fosse Bush. – Chico

EUA, Iraque e petróleo

– Antes de desarmar o Iraque, que tal desarmar os EUA primeiro? Concordo que um país se empenhe em proteger seu território, mas não à custa da vida de civis, à imposição do modelo capitalista, à procura de meros novos consumidores. Sem falar, claro, no petróleo. Alguém acha mesmo que o governo Bush está interessado em salvar o mundo? – Mirtes Silva

Considerando as perturbações e as graves conseqüências de uma guerra contra o Iraque, aproveito para fazer algumas considerações: a) Esta guerra é totalmente sem sentido. Seu objetivo é tomar as jazidas petrolíferas do Iraque. b) O Sr. Bush deveria se preocupar com a verdadeira ameaça à paz mundial. E esta ameaça não é Saddam, e sim o já longo e assimétrico confronto israelense-palestino. c) Os protestos pelo mundo dão a dimensão exata da insensatez desta guerra. d) Finalmente, penso que a arrogância imperialista norte-americana e a ganância do governo Bush é que são a verdadeira ameaça à paz mundial. Para terminar, quero ressaltar a importância da decisão de Gerhard Schröder. Parabéns também ao Sr. Joschka Fischer pela demonstração de sensatez neste momento de loucura mundial. – Carlos Rodrigues

Bush somente quer desviar a atenção do povo americano com esta desculpa esfarrapada de armas de destruição em massa que alega que o Iraque possui. O país que as tem em maior quantidade são os EUA. A Alemanha e a França merecem todo o respeito e agradecimento das pessoas que querem a paz, pois se negam a fazer parte desta farsa grotesca. – José Schettini

A história dos conflitos entre o Ocidente e o islã é repleta de desdobramentos amargos. Os Estados Unidos, agindo como um animal ferido, em sua mal disfarçada ânsia por petróleo e vingança, estão fadados a cometer a imprudência da guerra contra o Iraque. Pobre humanidade. – Lyndon C. Storch Jr.

Creio que os EUA tenham plena capacidade de combater e talvez até tomar o poder no Iraque. O fato mais importante entretanto é: por quanto tempo? Haveria um governo americano ocupando e governando um país árabe? Quem coordenaria a extração e comercialização do petróleo? Ah! Essa é fácil: Inglaterra + EUA + Austrália. Na verdade, o Kuweit era território iraquiano, mas foi muito útil na ocupação inglesa durante a Segunda Guerra. O Iraque rendeu muito mais à Inglaterra do que todo o lucro com a vitória dos aliados na Europa. – Zunino

Turquia

– A Alemanha não deve ajudar a proteger a Turquia, pois isso seria se envolver demais, e praticamente todo esforço diplomático e oposição ao ataque terá sido em vão, pois assim a Alemanha também será considerada aliada dos EUA e sua coalizão, dando toda e qualquer razão para Bagdá rechaçar Berlim. Mas acho e espero que a Alemanha irá manter sua posição pacifista até o fim, não atuando de nenhuma maneira do lado dos EUA. Seria muito mal visto pela comunidade internacional se Berlim, depois do não categórico à guerra, mudar de idéia. – Thiago Garone

A Alemanha deve resistir a todas as pressões norte-americanas, inclusive econômicas, no que se refere à iniciativa de uma guerra contra o Iraque. A Turquia só será ameaçada se houver guerra. Neste momento não existem motivos lógicos suficientes para o mundo apoiar um ataque ao território iraquiano. – Roberto HG Eppinghaus

Velha Europa

– França e Alemanha são sim a Velha Europa, de Voltaire e Schiller, Einstein, Goethe, Pasteur, Beethoven e tantos outros que escreveram, criaram obras grandiosas nas artes plásticas, música e ciências. A Velha Europa que tanto orgulha homens e mulheres de serem humanos. A Velha Europa que deixou um legado eterno à humanidade e não lixo gerado por obras descartáveis financiadas com o sangue de povos mais fracos como o Iraque. Parabéns à Alemanha e França! – Irineu Alfredo Ronconi Jr.

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