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Computadores não ajudam no aprendizado, diz pesquisa

15 de setembro de 2015

Estudo da OCDE aponta que o investimento em tecnologia não melhora os resultados em sala de aula. Em muitos casos, estudantes que passam muito tempo usando computadores acabam tendo um pior desempenho.

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Kind spielt auf Tablet PC
Foto: picture alliance/ZB/J. Kalaene

Computadores não melhoram o desempenho na escola e, em alguns casos, podem até prejudicar os alunos, aponta um estudo conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e publicado nesta terça-feira (15/09).

A pesquisa, que analisou o impacto da tecnologia em colégios mundo afora, verificou que 75% dos estudantes utilizam computadores durante as aulas, mas que não houve evolução significativa na aprendizagem deles.

Alunos de países ocidentais passam mais tempo utilizando tecnologia em sala de aula – 58 minutos por dia na Austrália, 42 na Grécia e 39 na Suécia. Já na Ásia – onde a tecnologia é uma parte integrante da vida fora das escolas, mas relativamente ausente durante o ensino –, estão as instituições de ensino onde foi verificado o melhor desempenho.

"Alunos que utilizam computadores com mais frequência na escola se saem muito pior na maior parte das avaliações de aprendizado", afirmou o diretor de educação da OECD, Andreas Schleicher, classificando o impacto da tecnologia nas salas de aula como "irregular, na melhor das hipóteses".

A pesquisa mediu o impacto do uso da tecnologia em testes internacionais de aprendizado, incluindo avaliações para determinar as habilidades digitais. Sistemas educacionais que investiram profundamente em tecnologias de informação e comunicação não registraram "nenhuma melhora perceptível" nas matérias de interpretação de texto, matemática e ciências.

Por isso, a OCDE incentiva escolas e educadores a trabalhar juntos para aproveitar melhor o potencial da tecnologia de forma a torná-la uma ferramenta poderosa para a aprendizagem.

"As reais contribuições que as tecnologias de informação e comunicação podem ter no ensino e na aprendizagem ainda têm de ser compreendidas e exploradas", conclui o relatório.

FCA/afp/dpa