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Fim de uma era

29 de setembro de 2007

A um ano da eleição estadual na Baviera, congresso da União Social Cristã decide sobre a sucessão de Edmund Stoiber na presidência do partido e no governo do estado.

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Saída de Stoiber marca fim de uma era na CSUFoto: picture-alliance / Sven Simon

O congresso partidário da União Social Cristã (CSU), que teve início na sexta-feira (28/09) em Munique, elegeu o atual secretário do Interior da Baviera, Guenther Beckstein, como seu candidato ao governo do estado nas próximas eleições regionais.

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Beckstein sucederá Stoiber no governo da BavieraFoto: AP

Beckstein foi escolhido por 96,6% dos cerca de mil delegados do partido. Em 9 de outubro próximo, ele deverá ser confirmado pela assembléia estadual como sucessor de Edmund Stoiber no governo da Baviera.

Ainda no sábado, o atual secretário de Economia da Baviera, Erwin Huber, foi escolhido com 58% dos votos para suceder Stoiber na presidência do partido. A chanceler federal, Angela Merkel, lhe deu os parabéns e desejou "força e a bêncão de Deus".

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Erwin Huber é o novo presidente da CSUFoto: AP

O ministro alemão da Agricultura e Defesa do Consumidor, Horst Seehofer, recebeu apenas 39% dos votos, mas foi eleito vice-presidente com aprovação de 92%.

Gabriele Pauli, que comanda a administração da comarca de Fürth (integrada por 14 municípios na região de Nurembergue), ficou em terceiro lugar, com apenas 2,5% dos votos.

Mudança histórica

Exatamente a um ano da eleição estadual neste estado alemão, o partido conservador, que só existe na Baviera, está diante de uma mudança histórica. À frente do governo da Baviera desde 1993 e da presidência do partido desde 1999, Edmund Stoiber, que completou 66 anos de idade na sexta-feira, entregará o poder no domingo.

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Seehofer: vida conjugal atrapalhou a políticaFoto: dpa

A imagem de Seehofer no partido havia sido prejudicada nos últimos meses por declarações de sua amante de que ele a engravidara embora continuasse casado. Também Pauli, responsável pela queda de Stoiber ao denunciar que o governador da Baviera mandara investigar a sua vida privada, tinha poucas chances de ser eleita presidente da CSU.

Ao apresentar seu programa de candidatura à presidência, na semana passada, Pauli, que é mãe e divorciada duas vezes, propôs que todos os casamentos fossem limitados a um período de sete anos, o que lhe valeu muitas críticas.

Apesar das recentes crises internas, a CSU, que está há 50 anos no poder na Baviera, continua com a maioria absoluta nas sondagens entre os eleitores do estado. A cúpula do partido atribui este êxito à prosperidade econômica da Baviera, à sua influência e boa organização em todo o estado e à defesa dos valores tradicionais e da doutrina católica, associada a uma política social marcante, como por exemplo a modelar rede de jardins-de-infância e de escolas públicas. (rw/rr)