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Congresso dos EUA aprova plano de resgate de US$ 1,9 trilhão

11 de março de 2021

Principal iniciativa do governo Biden, "plano de resgate americano" prevê auxílios de até US$ 1.400 às famílias e dezenas de bilhões de dólares para impulsionar vacinação.

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A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, durante a votação
A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, durante a votaçãoFoto: Joshua Roberts/REUTERS

O Congresso americano deu seu aval definitivo nesta quarta-feira (11/03) ao histórico pacote de 1,9 trilhão de dólares promovido pelo presidente Joe Biden para reativar a economia americana em meio à pandemia.

A aprovação final do plano, cujo valor equivale ao PIB da Itália, é visto como um êxito importante para o novo presidente, 50 dias depois da posse. A votação na Câmara dos Representantes seguiu as divisões partidárias, mas um democrata votou ao lado dos republicanos. 

O pacote financeiro, o terceiro aprovado nos EUA desde o início da pandemia, há cerca de um ano, inclui novos pagamentos diretos aos contribuintes e mais fundos para os governos locais e estatais, compra de vacinas e reabertura de escolas.

Primeiro grande projeto de Biden

Esse é o primeiro projeto impulsionado pelo governo Biden. Chamado de "plano de resgate americano", o pacote de ajuda inclui 415 bilhões de dólares para impulsionar a resposta ao coronavírus e a vacinação contra a covid-19, cerca de 1 trilhão de dólares em diferentes formas de alívio às famílias, e cerca de 440 bilhões de dólares para pequenas empresas e comunidades particularmente atingidas pela pandemia.

O pacote financeiro, com despesas totais previstas equivalentes a quase um décimo do tamanho de toda a economia dos EUA, era a prioridade do presidente Joe Biden, que deve sancioná-lo nesta sexta.

Assim que foi conhecido o resultado da votação, Biden escreveu no Twitter : "A ajuda está aqui".

Biden deve agora assinar o plano a tempo de evitar a suspensão dos subsídios de desemprego emergenciais, prevista para 14 de março. Agir antes desta data era uma promessa de campanha do presidente. 

Cheques com ajuda para famílias

A aprovação do plano significa que milhões de americanos vão receber cheques com ajudas diretas, que podem chegar aos 1.400 dólares por pessoa e dependentes. Esta parte do plano responde por uma verba de 400 bilhões de dólares. 

Para a campanha de vacinação estão destinados 15 bilhões de dólares, 50 bilhões vão para testes e controle de casos e 10 bilhões para a produção de vacinas. 

O plano destina também 126 bilhões de dólares para as escolas, do ensino infantil ao ensino secundário, para apoiar medidas que facilitem a reabertura, bem como 350 bilhões para entidades estaduais e municipais. 

Segundo analistas, o "plano de resgate americano", muito popular em pesquisas de opinião, deve impulsionar o crescimento dos EUA. 

Nas estimativas da Casa Branca, esta legislação "histórica" vai criar mais de 7 milhões de empregos neste ano e facilitar o acesso aos cuidados de saúde, além de salvar vidas, graças às ajudas para a vacinação. Prevê-se ainda que reduza em metade a pobreza infantil. 

 Alguns economistas, porém, alertam para o risco de inflação. 

Oposição resistiu

Durante a discussão da Câmara dos Representantes, o líder da minoria republicana, Kevin McCarth, disse: "Sejamos claros. Isso não é um plano de resgate. É uma lista longa de prioridades da esquerda, que são anteriores à pandemia e não respondem às necessidades dos americanos." 

 A pandemia de covid-19 já provocou mais de meio milhão de mortos nos EUA, e a economia dos EUA viveu em 2020 a maior contração desde a Segunda Guerra Mundial, com uma queda de 3,5%.   

O projeto inicial incluía um aumento do salário mínimo federal para 15 dólares, que teve de ser abandonado no Senado, onde os montantes dos subsídios de desemprego e o valor mínimo para receber os cheques foram alterados por pressão de um democrata da ala mais conservadora. 

No sábado, durante a aprovação do plano no Senado, o senador independente e ex-candidato presidencial Bernie Sanders, presidente da Comissão do Orçamento, afirmou que esta é "a mais importante lei votada pelo Congresso para ajudar os trabalhadores em décadas". 

rpr/lf (ap, efe)