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ONU autoriza "todas as medidas" contra "Estado Islâmico"

21 de novembro de 2015

Documento prevê mais sanções a indivíduos que viajam à Síria para se juntar ao "Estado Islâmico", mas não autoriza o uso de força militar. Resolução quer ampliar penalidades contra pessoas e entidades vinculadas ao EI.

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UN Sicherheitsrat der Vereinten Nationen
Foto: Getty Images/A. Burton

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (20/11) uma resolução que autoriza o uso de "todas as medidas necessárias" para combater o "Estado Islâmico" (EI) e a ameaça "sem precedentes" representada pelo grupo extremista.

A França, que pediu a adoção do documento após os atentados em Paris que provocaram 130 mortes e mais de 300 feridos, afirmou que a aprovação por unanimidade pelo principal órgão de decisão das Nações Unidas demonstra a vontade dos países da organização em combater o terrorismo.

"Contra o EI temos a humanidade em comum. Nós, os povos das Nações Unidas, temos o dever de defendê-la", declarou o embaixador francês, François Delattre.

A resolução propõe "aumentar e coordenar" a luta antiterrorista, ampliar as sanções contra indivíduos e entidades vinculadas com o EI e pede ainda mais esforços para deter o fluxo de combatentes estrangeiros que viajam ao Oriente Médio para se juntar às fileiras do grupo.

Apesar do tom duro e da inclusão o pedido de usar "todas as medidas necessárias" contra os terroristas, a resolução não invocou o Capítulo 7º da Carta das Nações Unidas, que autoriza o uso de forca militar.

O documento é mais um instrumento político que pretende passar uma mensagem de condenação entre a comunidade internacional pelas ações do EI. Além dos ataques em Paris, a resolução condena "nos termos mais duros" os "ataques terroristas realizados pelo EI" em junho na cidade tunisiana de Sousse e em outubro em Ancara, além da derrubada de um avião russo no Egito.

De acordo com o Conselho de Segurança, o grupo jihadista "tem a capacidade e a intenção de realizar mais ataques" e representa uma "ameaça global e sem precedentes à paz e segurança internacionais".

A decisão marcou a 14ª vez que o conselho aprovou uma resolução relacionada ao terrorismo desde 1999.

JPS/afp/rts