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COOPERAÇÃO MILITAR BRASIL-FRANÇA

12 de setembro de 2009

Dois temas predominaram nos comentários de nossos leitores esta semana: a cooperação militar entre Brasil e França e o ataque ordenado pelas Forças Armadas da Alemanha no Afeganistão. Vale a pena ler!

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Foto: AP

Como sou pacifista, acho que comprar armas não é bom para nenhum país. Mas infelizmente vivemos num mundo inseguro. A nação mais poderosa do mundo e que mais influencia o destino da humanidade é belicista e a maior responsável pelas guerras em todo o mundo. Os que falam em paz, fazem guerra, daí a insegurança de todos.
Ariovaldo L. Lucas

O Brasil não tem inimigos políticos. Contudo, o tamanho do Brasil exige uma defesa para o futuro (vide as bases dos EUA na Colômbia). A Amazônia é uma região vital em água e o interesse norte-americano nunca foi ingênuo. O Brasil podia aplicar o dinheiro em ações sociais, claro, mas atualmente sofre da "síndrome de potência emergente" e deixa causas sociais de lado. É uma opção, essa causa militar poderia ser deixada para mais tarde e se atender a sociedade agora.
Gabriel Lomba Santiago

Tendenciosa e ingênua a posição de Nassauer. O projeto brasileiro, como foi destacado ao firmar o acordo, não têm a perspectiva do conflito. Nossa tradição foi sempre de zelo pela paz e de resolução de conflitos via diálogo. São inúmeras as vezes em que o Brasil foi chamado para atuar em desentendimentos internacionais, sempre com diplomatas, nunca com tanques de guerra. O país tem uma longa tradição pacífica, assim como muitas riquezas naturais, e quer demonstrar que pode se defender em eventuais situações de risco. Não temos pretensões colonialistas nem imperialistas. Afinal de contas, nunca houve críticas expressivas ao belicismo europeu nem às intervenções da Otan em tantos países mundo afora. Criticar o Brasil pelo acordo militar é ser, no mínimo, hipócrita.
Richard Sanches

O Brasil precisa investir mais em infraestrutura educacional e de saúde, consolidar o socialismo. Sarkozy é um neoliberal feroz.
Francisco Freire

O presidente Lula deveria pensar na sua origem, ele vem de um estado pobre, região seca, sem indústria, sem trabalho. Imagine investir 1 bilhão de reais em construção de empresas, transformar área seca em locais produtivos, onde pessoas – como o presidente já foi – não morram de fome. Investir em armamento pesado é o mesmo que investir em crimes contra a sociedade. Sinceramente presidente, como pode criticar Honduras se somos piores?
Celso

Sou contrário a "investimentos" em armas e a favor do pacifismo mundial. No entanto, quando o governo (vitalício) da Colômbia permite instalações militares dos EUA tão próximas da Amazônia, é compreensível a preocupação do governo brasileiro. A matéria poderia destacar a opção colombiana como o ponto de partida de uma indesejável "corrida armamentista", onde a indústria de armas é a única vencedora. Limitou-se a expor opiniões sem maior senso crítico ou conteúdo informativo.
Henrique

Um país que não possuiu uma força militar persuasiva está sujeito a todos os tipos de pressão e, possuindo territórios com minerais, atrai a cobiça, sendo esta objeto de vários conflitos mundiais. Conforme disse o persa Ciro (por Xenofonte), "é bom demonstrar poder, mesmo na paz, pois se tens riquezas e demonstras fraqueza, isso atrai a cobiça sobre tuas riquezas".
J. Batista

É um desperdício de dinheiro enquanto o Brasil tem casos mais urgentes para serem resolvidos, como saúde, habitação, escolas, meio ambiente, amparo à velhice, e muitos problemas internos ainda em discussão que até esta data não foram votados.
Nelson João Teixeira

Acho ótimo, pois nosso país precisa de soberania. Acompanhamos ao longo de anos o que aconteceu com países que não tinham soberania nem como se defender. Até seus líderes foram decapitados; seus filhos, mortos; suas mulheres, violentadas. Não devemos fazer a guerra, mas devemos estar preparados para o caso de ela acontecer. Vejam a história da humanidade, é só sangue. É triste dizer isto, mas é a verdade. O Brasil precisa se tornar soberano para ter mais respeito como nação.
Euripedes B. da Silva

ATAQUE AÉREO NO AFEGANISTÃO INFLAMA CAMPANHA ELEITORAL ALEMÃ

Agora dá para se entender o "pragmatismo" da atual classe dirigente alemã capitaneado pela ministra Merkel. A Alemanha chega tarde ao botim da guerra afegã e quer tirar o atraso. A crise atual deve estar pesando muito nessas decisões. Curioso que por trás disso tudo está o persistente "mito" da invencibilidade alemã, endossado oportunisticamente pelas desmoralizadas Forças Armadas americanas. Não, a Alemanha não vai dar conta desse recado.
Kaioby

Seria melhor que o governo alemão retirasse as tropas alemãs do Afeganistão. Essa região em conflito é um problema que os EUA arquitetaram, então eles que se encarreguem de desarquitetá-lo. Tanto o talibã como o Iraque foram "obras" dos EUA. Eles nunca perdem a sordidez e prepotência de inserir as outras nações no seu jogo geopolítico, no qual os "dados [foram] jogados, o carteado [foi] manuseado e as peças de xadrez" [foram] movidas, e somente suas mãos de prestidigitador devem manipular. Não compete à Alemanha ser a protetora dos interesses americanos, seja onde for. A Alemanha não é "instrumento nem isca" deste acéfalo "país" que leva o nome de EUA. Seu compromisso maior é com a sua própria segurança.
Francisco Waitz

A Alemanha deve sim retirar suas tropas do Afeganistão, pois o que está acontecendo é algo que já era esperado, não só por mim como talvez por muitos de nós acostumados a ouvir desde quando éramos crianças sobre a índole alemã de gostar de fazer a guerra. Sendo assim, para sermos mal interpretados é melhor a retirada agora, antes que inventem mais situações maliciosas que possam denegrir a imagem desses homens que deixaram suas famílias e foram de boa vontade para tão longe para poder ajudar. Sendo assim, creio que já fizeram sua parte e já é hora de voltar pra casa.
Maria Aparecida Neubaner Luiz

A Alemanha, até há pouco tempo, era vista, no mundo, como um país defensor da paz e dos direitos dos povos e um opositor acérrimo do colonialismo norte-americano. De um dia para o outro, essa mesma Alemanha transformou-se no mais incondicional apoiador dos objetivos bélicos de Washington em todo o planeta. Espalhou, por toda a parte, as suas tropas, não para propiciar a paz, mas para matar gente indefesa e abrir caminho à ocupação permanente dos norte-americanos em países que servem, estrategicamente, aos seus interesses. É isso o que está acontecendo no Afeganistão. Com o lançamento das suas tropas para a frente de combate, matando indiscriminadamente civis e militares, os alemães vergam-se às exigências dos Estados Unidos e voltam o mundo contra si, reavivando o ódio de antigamente. Tudo começou com a "entronização" de Angela Merkel como chanceler alemã. Oxalá que ela rapidamente seja afastada do poder e outros políticos com novas mentalidades ocupem seu lugar. Para o bem da Alemanha, em primeiro lugar, e depois para o resto do mundo, que precisa de paz, de negociações e não da lei da bala e dos canhões. Herculano Carreira