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Copernicus: 2023 será o ano mais quente da história

6 de dezembro de 2023

Serviço climático europeu confirma seis meses consecutivos de recordes e um novembro fora do comum, o que faz do ano corrente o mais quente já registrado.

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EUA Death Valley
Foto: Ronda Churchill/AFP

O ano de 2023 será o mais quente da história, após um novembro "extraordinário", afirmou nesta quarta-feira (06/12) o serviço climático europeu Copernicus, no momento em que negociações climáticas ocorrem na COP28, em Dubai.

A Terra estabeleceu novos recordes de calor durante seis meses consecutivos, colocando o planeta no caminho para o seu ano mais quente desde que os registros começaram, em meados do século 19, divulgou o Corpernicus.

No mês passado, a agência climática dos Estados Unidos, a NOAA, já afirmara que havia 99% de probabilidade de que 2023 fosse o ano mais quente desde 1850.

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Novembro foi "extraordinário", o sexto mês consecutivo em que se bateram recordes, afirmou o Copernicus. Com uma temperatura média global de 14,22°C, o mês foi 0,32°C mais quente do que o recorde anterior, estabelecido em novembro de 2020, e 0,85°C acima da média para novembro entre 1991 e 2020.

Também o Brasil passou por uma onda de calor extremo em novembro, em especial no Sudeste e no Centro-Oeste. O Rio de Janeiro registrou em 14 de novembro a sensação térmica de 58,5°C, a maior desde que o serviço municipal de meteorologia Alerta Rio começou a monitorar esse parâmetro.

"Realmente chocante"

"O ano de 2023 tem agora seis meses recordes e duas estações recordes. Este extraordinário mês de novembro, que inclui dois dias com temperaturas dois graus acima dos níveis pré-industriais, significa que 2023 é o ano mais quente já registrado na história", afirmou a diretora adjunta do Serviço de Alterações Climáticas do Copernicus (C3S), Samantha Burgess.

"Este último semestre tem sido realmente chocante", disse Burgess. Até então, o ano mais quente já registrado era 2016.

"Enquanto as concentrações de gases do efeito estufa continuarem a aumentar, não devemos esperar resultados diferentes dos observados este ano. As temperaturas continuarão a subir, tal como os efeitos das ondas de calor e das secas", advertiu o diretor do C3S, Carlo Buontempo.

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Ao longo do ano como um todo, 2023 esteve, em média, 1,46ºC acima dos níveis pré-industriais, colocando-o muito próximo do limite máximo de aquecimento de 1,5º C estabelecido pelo Acordo Climático de Paris de 2015.

"Alcançar o carbono zero o mais rapidamente possível é uma forma eficaz de gerir os nossos riscos climáticos", disse Buontempo.

Burgess acrescentou que, "a menos que façamos algo a respeito da nossa dependência dos combustíveis fósseis", 2023 será classificado como um ano frio no futuro.

as (Lusa, DPA, OTS)