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Coreia do Sul manda prender herdeiro da Samsung

16 de janeiro de 2017

Lee Jae-Yong, chefe efetivo da gigante de tecnologia, é suspeito de pagar milhões de dólares em subornos, no escândalo de corrupção e tráfico de influência que já levou à destituição da presidente Park Geun-Hye.

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Samsung Vize Vorsitzender Jay Y Lee (auch Lee Jae-Yong) Befragung zu Bestechungsvorwürfen
Lee Jae-Yong, herdeiro da Samsung e chefe da companhiaFoto: Getty Images/Chung Sung-Jun

O Ministério Público da Coreia do Sul emitiu nesta segunda-feira (16/01) ordem de prisão contra o herdeiro da Samsung e chefe de facto da gigante de tecnologia. Lee Jae-Yong é acusado de pagar milhões de dólares em subornos, no contexto do escândalo que já levou à destituição da presidente sul-coreana, Park Geun-Hye.

A decisão foi tomada após o depoimento de 22 horas, prestado por Lee entre quinta e sexta-feira, em relação ao caso de corrupção e tráfico de influência que levou à cassação de Park. O empresário de 48 anos ocupa o cargo de vice-presidente da Samsung Electronics, mas assumiu efetivamente a direção o conglomerado depois que seu pai, Lee Kun-hee, sofreu um infarto, em outubro de 2016.

O caso gira em torno de Choi Soon-Sil, amiga íntima de Park acusada de aproveitar a proximidade com a presidente para coagir grandes empresas a "doarem" dezenas de milhões de dólares a duas fundações sem fins lucrativos que posteriormente a teriam beneficiado. A Samsung foi o conglomerado que mais fez doações.

A promotoria da Coreia do Sul acredita que a gigante da tecnologia assinou um contrato de 22 bilhões de wons (cerca de 18,6 milhões de dólares) com uma empresa com sede na Alemanha, propriedade de Choi, além de dar apoio financeiro para que a filha dela praticasse hipismo no país e comprasse novos cavalos.

A Samsung também teria doado 20,4 bilhões de wons (17,2 milhões de dólares) a uma fundação controlada por Choi, estabelecida para extorquir os grandes conglomerados do país.

O Ministério Público suspeita, ainda, que os pagamentos tenham sido feitos para que o Serviço Nacional de Pensões, controlado pelo governo e acionista da Samsung, aprovasse a fusão de duas subsidiárias do grupo, numa iniciativa apoiada pela família Lee, mas fortemente criticada como fundo de alto risco.

IP/efe/lusa/rtr