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Crianças que acompanham jogadores em campo são vencedoras de concurso

Monika Mitrovska (mr)5 de julho de 2006

Mais de 1400 crianças foram selecionadas para entrar em campo de mão dada com jogadores da Copa 2006. Para os 22 que acompanharam a seleção alemã no jogo contra a Argentina, foi uma experiência inesquecível.

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Eliza entra em campo de mão dada com BallackFoto: Getty Images for McDonald's

Eles se tornaram um pequeno mas inconfundível show à parte. As crianças que entram em campo para as partidas da Copa do Mundo foram escolhidas para acompanhar cada um dos 22 jogadores nas 64 partidas.

Eliza Hillmann, de Biesenthal, nos arredores de Berlim, teve a honra de aparecer ao lado do capitão da equipe alemã, Michael Ballack, no jogo contra a Argentina, pelas quartas-de-final, na semana passada. A experiência de poder entrar no campo do Estádio Olímpico de Berlim, momentos antes do jogo, diante de 72 mil espectadores, é um privilégio, mas não desmerecido. Para conseguir o feito, Eliza teve que colocar em prática sua habilidade artística em um concurso promovido por uma rede de restaurantes fast-food.

Arte recompensada

Eliza foi uma das dezenas de milhares de crianças que participaram do concurso para entrar em campo com um jogador. Às crianças era dado um pedaço de cartolina com o qual eles tinham que preparar algo inovativo ou curioso com o tema futebol.

A menina usou o material para fazer o gramado e colocou fotografia de jogadores nele. Para conquistar a atenção dos juízes, ela embrulhou sua pequena obra de arte de forma que uma bola pulasse quando alguém abrisse o pacote. Junto à bola, uma foto de um jogador e uma foto dela, como acompanhante. Sua criatividade foi recompensada.

Muita preparação

Entrar em campo com Ballack, Ronaldinho ou Zidane não é uma experiência só pelo fato de aparecer na televisão poucos instantes antes do apito do juiz. Os organizadores tratavam os 22 meninos e meninas como pequenos profissionais, pedindo a eles que se encontrassem várias horas antes, para o café-da-manhã. Depois, os pais eram liberados e as crianças eram levadas aos estádios em um ônibus especial.

"Cada criança recebe um kit completo – das meias à camisa. E eles podem ficar com eles depois", diz Ralf Thielicke, pai do menino de 6 anos Vicente. "Agora ele não tira mais o uniforme. Usa em todas as partidas que joga."

A maioria dos pais não se incomoda com o fato de a roupa ser prioritariamente uma plataforma publicitária para a cadeia de fast-food.

Alcançando as estrelas

Para Eliza, o momento em que ela entrou no estádio ficará para sempre marcado na memória: "Eu olhei para a arquibancada e não conseguia reconhecer nenhum rosto. Todos pareciam ser pontinhos azuis. E o Ballack não cantou o hino nacional – ele quase gritou".

Além de Ballack, seus jogadores favoritos são Philipp Lahm e Bastian Schweinsteiger. E ela espera se tornar tão competente quanto os jogadores da equipe alemã. O primeiro passo foi dado há cinco semanas, quando a menina decidiu entrar para o time local SV Biesenthal 09.