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CRISE ACELERA PREDOMINÂNCIA ECONÔMICA DOS PAÍSES DO BRIC

5 de setembro de 2009

Esta semana nossos usuários comentaram a crise mundial e os países do Bric, um livro sobre o papel dos aliados na Segunda Guerra, a aproximação econômica Brasil –Alemanha e o projeto trem-bala brasileiro.

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Governantes dos quatro países do BricFoto: AP

Acredito que os países do Bric vão ultrapassar em breve os EUA e os países europeus. Por uma razão muito simples. A velocidade da informação e da construção do conhecimento e, sua relativa, "democratização", encerrou o tempo em que os "impérios" e a hegemonia de um ou mais países duravam séculos. A própria crise atual, engendrada pelo próprio núcleo do sistema até então dominante, é um sinal inequívoco da falta de flexibilidade que acomete as grandes estruturas e a sua crescente incapacidade para gerir os novos desafios e os novos paradigmas. Os EUA, por exemplo, são um império que, em termos históricos, começa a morrer ainda criança, no máximo na adolescência.
Paulo Athayde

Muito bom o artigo. Ao invés de nos fazer deitar em berço esplêndido, devemos trabalhar e investir mais em nossos pontos positivos e tratar os pontos débeis de nossos países do Bric. Creio que a Alemanha é um bom exemplo, também sobre a relevância do mercado interno. É um prazer ver uma análise como essa.
Antonio Rodrigues

Acho que as economias dos países que formam o Bric estão cada vez mais sólidas, porém, o social desses países ainda caminha a passos vagarosos. Então, penso que vai demorar algumas décadas para o Bric alcançar o padrão de vida europeu e americano.
Osvaldo Bandeira

O Bric está crescendo muito depressa e nenhuma política externa norte-americana pode parar este crescimento. Especialmente em relação à China, onde o crescimento é baseado no tripé: governo autoritário, demanda reprimida, comercio exterior. O projeto de crescimento da China é patrocinado e direcionado pelo governo central, sem oposições internas, reinvestindo em infra-estrutura os ganhos da economia, multiplicando seu parque produtivo, importando tudo de que precisa e exportando todo tipo de produtos, com preços subsidiados pela mão de obra semi-escrava, e ajudando os outros países em desenvolvimento, especialmente os outros do Bric, produtores de commodities e energia, a exportar e crescer, como uma locomotiva puxando os vagões. Infelizmente, este crescimento está baseado na exploração do trabalho humano, em tempos de automação e desemprego, não revertendo o crescimento em qualidade de vida para a maioria das populações. [...]
Daniel Guerreiro

Não há duvida, a era das"bolhas" isto é, da especulação financeira que tinha os EUA como o principal beneficiário, acabou, com a última crise. O futuro da economia será o trabalho e a tecnologia e o Bric está preparado. Acabaram as guerras que traziam dinheiro e poder e somente os EUA ainda fazem uso dessa política agora. Com sérios prejuízos.
Milton Guimarães

Creio que não somente os países emergentes como todas as nações do mundo deveriam se unir contra a crise econômica. A saída para crise é o desenvolvimento sustentável com a preservação ambiental. Como a maior parte das reservas florestais está nos países mais pobres, é óbvio que todos devem se expressar.
Ariovaldo L. Lucas

LIVRO REAVALIA PAPEL DOS ALIADOS NA SEGUNDA GUERRA
Este historiador inglês merece o Prêmio Nobel. Isso que ele diz tem de ser falado. Simplesmente temos de ter isso claramente. Assim como Getúlio Vargas jogou com os dois lados, temos de ter sempre a virtude como mais vantajosa para os povos. Ora, não foi isso que os aliados realizaram após a Segunda Guerra. Isso não estava definido. Tanto é que a Grécia foi tentada por Stalin, se bem lembro foi necessário lutar por ela para permanecer no Ocidente.
Antonio Rodrigues

Os comentários que circulam hoje e se referem às causas do início da Segunda Guerra Mundial trazem mentiras em demasia e são pautados pelos interesses conjunturais e o desejo dos seus autores de fugir à responsabilidade pelo seu próprio passado. É preciso fazer frente às tentativas de adulterar a história. Os estudos históricos devem ser despolitizados e efetuados através de uma cooperação entre cientistas de diversos países.
Arthur Valle

É curioso como o ponto de vista dos países ocidentais sobre a trágica Segunda Guerra queira distorcer a verdade. Comparar Hitler a Stalin é um descalabro absurdo. Na Polônia e nos Países Bálticos, havia muitos militantes comunistas nativos, que lutaram lado a lado contra o horror nazista junto à União Soviética, contra esse agressor. Não fosse a União Soviética (e Stalin), provavelmente hoje a Europa estaria sob o jugo do "Terceiro Reich". É curioso também observar que a Polônia e os Países Bálticos são enfatizados neste livro pífio, justamente a nova área de interesse do Ocidente, em particular da Alemanha, que vê a Polônia e, sobretudo, os Países Bálticos, como aliados estreitos, tanto economicamente como militarmente. Não seria hora de a Europa Ocidental olhar para a Rússia como aliada e não inimiga? Me refiro principalmente à Alemanha, que carrega consigo um ódio relutante contra a Rússia.
Arthur Cardoso da Costa Júnior

Historicamente, a divisão territorial entre países presta-se a justificar a preservação de identidades sociais individualizadas, tais como o idioma, o folclore, os usos e costumes, a cultura etc. Por isso, torna difícil crer em uma consciência "continental" comum, nos moldes ora propostos pelos historiadores. Durante a Segunda Guerra Mundial, os países europeus precisaram unir-se para empreender luta titânica contra o mal comum: o nazismo, até mesmo porque nenhuma nação sozinha conseguiria enfrentar a Wehrmacht. Persiste, agora, hodiernamente, em função dos interesses econômico-financeiros coincidentes e, sobretudo, para, em termos geopolíticos, o enfrentamento de outros blocos poderosos, como os Estados Unidos de um lado e a China, a Coréia do Sul e o Japão de outro.
Marcos Antonio Fernandes

APROXIMAÇÃO ECONÔMICA BRASIL-ALEMANHA

O articulista, Sr. Johannes Beck, foi muito feliz ao identificar o marasmo atualmente existente nas relações comerciais existentes entre países da America do Sul e Europa, em particular entre Brasil e Alemanha. Entretanto, ao enfatizar a necessidade de uma melhora em tal intercâmbio, questiona o modo de produção do setor primário brasileiro, que produz o que poderia interessar a Alemanha, com a clara pretensão de normatizar a maneira como o Brasil deverá produzir suas riquezas para que essas possam ingressar no continente europeu. Diante de tal enfoque, podemos colocar a seguinte questão: será que interessaria ao nosso país o produto alemão de alta tecnologia produzido em fábricas de trabalho semi-escravo da China? Ou seja, a questão que estou querendo colocar é saber se a intenção do Sr. Johannes é tutelar o povo brasileiro, dentro da caduca postura etnocentrista de alguns europeus, ou incrementar o comércio entre nossos países? É importante lembrar a esse senhor que não somos e nem queremos ser iguais a ele, conhecemos pouco de Goethe, Nietzsche ou Wagner, os quais provavelmente o mesmo conhece bastante, em contrapartida conhecemos muito Machado de Assis, Euclides da Cunha e Heitor Villa-Lobos, que acredito não sejam muito conhecidos pelo Sr. Beck. Sintetizando, ao contrário do articulista, entendo que o que falta para incrementar o comércio entre Brasil e Alemanha não é vontade política e sim entendimento das diferenças, antes de pretender impor condições, pois o agricultor pelas bandas de cá dificilmente tem doutorado em Agronomia ou Veterinária, mas tem conseguido produzir o grão e o boi mais barato do mundo, mostrando que a "pujança tecnológica" de alguns rincões do hemisfério norte não tem a correspondência em produtividade, tornando assim interessante o insumo oriundo do Terceiro Mundo. Só não é possível querer pagar por um Volkswagen Sedan (Fusca) e querer receber Mercedes.
Ronaldo Costa

Senhores: "Não falta vontade política para a aproximação econômica do Brasil e a Alemanha; falta dinheiro para a Alemanha e sobra para o Brasil" (ou, vice versa).
Antonio Carlos Lins

Deveríamos ter um aumento da relação comercial, sem dúvida. O problema está nas restrições de ambos os lados e do Brasil, o nosso famoso jeitinho. Mas irá dar certo com certeza.
Wanderley Saviolo Ferreira

PROJETO DO TREM-BALA BRASILEIRO

Agora que os alemães estarão na disputa pela concessão da linha do trem-bala brasileiro, estou otimista com o sucesso deste investimento, sei que será apenas um pequeno trecho por enquanto, mas como o êxito é garantido, logo todos estaremos vendo esta maravilha se espalhar pelo nosso imenso Brasil. Faz um bom tempo que admiro o trabalho da Deutsche Bahn aqui pela net, mas vai ser muito bom ver tudo isto bem de perto com certeza.
Maria Aparecida Neubaner Luiz

Trem-bala, TGV ou ICE, não importa o nome, seria ótimo para o Brasil, mas delírios tipo Maglev já fogem à nossa compreensão e não nos convencerão da sua necessidade, e aplicabilidade. Acredito que o trem do tipo ICE é o ideal para as necessidades atuais. Sugiro aos empresários alemães que proponham outro ICE ou TGV, ligando o sul do país ao eixo Rio-São Paulo.
Antonio Carlos