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Roubo e comércio de dados

4 de outubro de 2008

No segundo semestre de 2008, diversos escândalos envolvendo furto e comércio de dados pessoais chamaram a atenção para o problema na Alemanha. Aqui, uma cronologia dos casos mais espetaculares.

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Foto: picture-alliance/ dpa

12 de agosto: A Central de Consumidores do estado de Schleswig-Holstein recebe um CD contendo os dados pessoais de 17 mil cidadãos. Dele constam, entre outras informações, endereços e números de contas de banco. Os atingidos são clientes da Loteria do Sul da Alemanha (SKL). Uma empresa em Viersen (Renânia do Norte-Vestfália) é acusada de vender os dados.

13 de agosto: É realizada uma batida num call center de Lübeck que supostamente haveria recebido os dados de consumidores da empresa de Viersen. Três dias mais tarde, um informante de Lübeck revela dispor de 1,5 milhão de pacotes de dados.

18 de agosto: Num negócio forjado, a Confederação alemã das Centrais de Defesa do Consumidor recebe oferta dos dados de seis milhões de pessoas. Em Kiel aparece um CD com mais de 130 mil dados ilegais, provenientes de call centers, dos quais 70 mil incluem números de contas bancárias fornecidos por operadoras de loteria. Um call center de Bremerhaven é acusado de haver adquirido e vendido dados de clientes da Telekom de forma ilegal.

20 de agosto: Após queixas de retiradas bancárias sem a permissão dos clientes, a Procuradoria Geral da República confirma em Colônia estar investigando a empresa de jogos de azar LottoTeam.

28 de agosto: A secretaria de Segurança de Schleswig-Holstein confirma uma notícia do periódico tageszeitung segundo a qual oito empresas haveriam negociado ilegalmente milhões de dados provenientes de registros municipais.

3 de setembro: A polícia da Renânia do Norte-Vestfália prende dois piratas de dados, que haveriam oferecido na internet 30 mil pacotes de dados, contendo também endereços e contas bancárias.

4 de setembro: Segundo dados da emissora de televisão ZDF, cerca de 56 mil endereços de e-mail, acompanhados das respectivas senhas, estariam livremente disponíveis na internet.

4 de outubro: Revista Der Spiegel revela dispor de pacote ilegal com dados pessoais de 17 milhões de clientes da T-Mobile, subsidiária da Deutsche Telekom. A empresa admite que o furto ocorreu já em 2006. Entre os afetados estão bilionários, líderes religiosos e ex-presidentes.

6 de dezembro: Segundo informações da revista Wirtschaftswoche, está sendo oferecido no mercado negro um CD contendo dados bancários de 21 milhões de pessoas que vivem na Alemanha. O CD, segundo a revista, estaria sendo oferecido por 12 milhões de euros. Uma "amostra" do produto teria chegado às mãos de jornalistas da revista, contendo dados de 1,2 milhão de cidadãos.

Além de nome e data de nascimento, o CD contém registros de número de conta e agência de cada uma das pessoas listadas. Os responsáveis pelas cópias ilegais dos dados seriam funcionários de pequenos call centers, que são com freqüência contratados por grandes empresas para serviços de telemarketing, entre outros. (av/rw)