1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Dólar sobe frente ao real após afastamento de Dilma

13 de maio de 2016

Moeda americana teve leve alta depois de intervenção do Banco Central e decisão do Senado, mas continuou abaixo de 3,50 reais. Mercado deverá achar ponto de equilíbrio com divulgação de planos do governo para a economia.

https://p.dw.com/p/1InQL
Nota de dois reais sobre nota de um dólar
Foto: Imago

Após intervenção do Banco Central e de o Senado aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias, o dólar fechou esta quinta-feira (12/05) em ligeira alta, embora ainda abaixo de 3,50 reais.

Já a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com seu principal índice em alta. O Ibovespa subiu 1,1%, a 53.346 pontos. Em parte, o mercado já havia precificado o afastamento de Dilma.

"Sem o Banco Central, hoje [12/05] teríamos um dólar mais baixo e poderíamos ter ido mais perto dos 3,40 reais", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso. A moeda americana havia fechado na véspera a 3,4456 reais.

Com o afastamento de Dilma, Temer assumiu a presidência interina e confirmou Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, como seu ministro da Fazenda. Nesta sexta-feira, o dólar comercial operava em alta no início dos negócios. Por volta de 9h10, o dólar subia 0,5%, sendo vendido a 3,49 reais.

Para segurar o valor do dólar na quinta-feira, o BC vendeu integralmente a oferta de até 20 mil swaps reversos [equivalente a uma compra futura da moeda americana] depois de, na véspera, ter feito três leilões, oferecendo até 20 mil contratos em cada operação e vendendo 47.970 swaps.

Segundo operadores, o BC não quer o dólar abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país. As próximas sessões deverão ser marcadas por volatilidade à espera dos anúncios de medidas do novo governo e com o baixo giro financeiro acentuando o movimento.

"O mercado ainda vai achar um ponto de equilíbrio para o dólar. Mas só mais à frente, depois que o governo começar mesmo a mostrar seus planos para a economia", afirmou João Paulo de Gracia Correa, superintendente regional de câmbio da corretora SLW, acrescentando que o víeis ainda é de queda da moeda americana.

Nesse cenário, o mercado espera ainda a confirmação do nome que ficará à frente do BC. O atual presidente, Alexandre Tombini, deverá permanecer no cargo em um período de transição até que o novo presidente seja indicado e passe por uma sabatina no Senado. Nesta quinta-feira, Dilma exonerou seus ministros, com exceção de Tombini.

FC/rtr/ots