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Düsseldorf, metrópole da moda

(gr / rf)27 de agosto de 2005

A capital da Renânia do Norte-Vestfália leva a fama de cidade da moda. A sua história do pós-guerra aos dias de hoje mostra a reviravolta que lhe deu um novo status internacional.

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Turistas apreciam a trilha do Rio RenoFoto: dpa - Report

Com a divisão da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, a região do Reno foi separada em zonas de ocupação de domínio britânico e francês. Em 1946, os britânicos lançaram um decreto, criando o Estado da Renânia do Norte-Vestfália. O governo de Bonn foi deslocado para a cidade de Düsseldorf, constituindo-a como capital da província. Nesse período, a cidade encontrava-se em estado alarmante.

Cerca de 90% do centro histórico estava em ruínas. Antes da guerra, Düsseldorf era conhecida como o ponto de encontro comercial para negociações e feiras. Depois, teve que reconquistar sua imagem em anos de esforço.

Do lixo ao luxo

Depois dos estragos causados pela guerra, Düsseldorf conseguiu reerguer as suas bases como o cartão de visita das grandes feiras internacionais. Uma das que chamam mais atenção é a Collections Première (CPD), que mostra as tendências de mercado no mundo têxtil.

Schuhmode aus Brasilien in Düsseldorf
Modelo mostra sapatos brasileiros na GDSFoto: AP

Outra é a de sapatos (GDS), da qual vários fabricantes do mundo inteiro participam, inclusive o Brasil, com suas coleções de calçados, sandálias e chinelos. A primeira feira de Düsseldorf aconteceu no ano de 1811 em homenagem a Napoleão Bonaparte pela conquista da província do Reno.

Düsseldorfer Königsallee wird 200 Jahre
A famosa alameda de DüsseldorfFoto: dpa

Quando se fala em Düsseldorf, surge automaticamente a Königsallee na memória, ou simplesmente a Kö, como é chamada na intimidade pelos moradores. A avenida é cercada de butiques – um quilômetro de luxo dos mais badalados em toda a Alemanha. As árvores do tipo platanáceas e as cafeterias típicas que a orlam preenchem a rota num quadro bem romântico. A cidade é também o ponto de encontro das multinacionais, muitas concentradas em arranha-céus que chamam a atenção pela arquitetura.

Passeios, paisagens, programas

Heinrich Heine, der deutsche Dichter
Heinrich Heine, autor da canção de LoreleyFoto: dpa

O caminho que beira o Rio Reno, chamado de Rheinufer-Promenade em alemão, é um dos destinos prediletos dos turistas. Outra diversão, principalmente para o público infantil, é o Aquazoo, o zoológico aquático da cidade. O

leque de opções culturais se estende dos museus aos teatros. Para quem se interessa pela arte, há em Düsseldorf vários centros e instituições, como o Palácio da Cultura de Ehrenfeld (Kunstpalast am Ehrenfeld), a Academia de Arte e os dois museus batizados de K20 e K21, dois centros que se dedicam a uma coleção de obras dos séculos 20 e 21.

O ponto de encontro daqueles que apreciam um ambiente mais "politizado" é o Komödchen, um palco para apresentações literárias e políticas.

Personalidades

museum kunst palast 2001
Palácio da Cultura visto do altoFoto: museum kunst palast

Várias personalidades da história residiram, passaram uma parte de suas vidas ou nasceram em Düsseldorf. Heinrich Heine foi um deles. O filho mais velho de um judeu vendedor de roupas formou-se em Direito na cidade de Bonn e gravou o seu nome na história com seus críticos trabalhos literários. Outros dois nomes históricos são o do regente e compositor Robert Schumann, que regeu a Orquestra de Düsseldorf, e o de sua esposa, Clara Schumann, também pianista.

Segunda Tóquio no Reno

Os japoneses criaram uma sua segunda Tóquio na Alemanha: Düsseldorf. Em média, sete mil deles vivem na cidade, formando a maior colônia nipônica no país. Eles trouxeram do outro lado do planeta não só a cultura, como também a culinária, com os seus sushis e saquês. Montaram em Düsseldorf um templo e uma escola de tradições japonesas.

Balcão da cerveja

No bairro central da cidade, a chamada Altstadt, existem em média 260 bares, os quais deram a Düsseldorf o título de "maior balcão de cerveja do mundo". Aconselha-se porém, não se pedir a "loira gelada" errada em nenhum deles, pois a rainha por lá é a alt, a cerveja típica da região, de sabor mais

amargo e muito benquista nas altas temporadas de verão.

Na época do carnaval, o cuidado deve ser redobrado, pois enquanto na vizinha rival Colônia o grito da monarquia carnavalesca e dos foliões é o "kölle alaaf", em Düsseldorf, só é permitido clamar o famoso "helau, helau".