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David Cameron diz apoiar "saída segura" para Assad

6 de novembro de 2012

Premiê britânico nega dar asilo ao ditador no Reino Unido, mas diz que saída de Assad para viabilizar transição "pode ser arranjada". Mais sete generais sírios desertam e fogem para a Turquia.

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Foto: AP

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, sugeriu nesta terça-feira (06/11) que o ditador sírio Bashar al-Assad poderia contar com uma "saída segura" da Síria, desde que aceitasse renunciar e que isso significasse o fim da violência no país. A declaração, dada à rede de TV saudita Al-Arabiya, coincide com a fuga de sete generais sírios para a Turquia, em mais um revés para as Forças Armadas controladas por Assad.

“Qualquer coisa para tirar aquele homem do país e ter uma transição segura na Síria”, disse Cameron, quando questionado sobre o que faria caso Assad lhe pedisse proteção para deixar o país. “É claro que preferiria que ele enfrentasse as leis e a Justiça internacionais pelos seus crimes”, afirmou.

Em viagem oficial ao Oriente Médio, o premiê deixou claro, no entanto, que garantir uma saída segura não significa oferecer asilo a Assad. “Eu definitivamente não estou oferecendo a ele abrigo no Reino Unido, mas, se ele quiser sair, pode sair. Isso pode ser providenciado."

Generais em fuga

Nesta terã-feira, o jornal turco Today's Zaman informou sobre a deserção de mais sete generais de Assad, que cruzaram a fronteira com a Turquia e receberam abrigo num campo de refugiados da província de Hatay. Desde o início da revolta, mais de 40 militares de alta patente deixaram a Síria.

As Nações Unidas alertam que o conflito na Síria pode levar à destruição do país. "A situação fica mais séria a cada dia, e o risco é que a crise possa se alastrar por uma região volátil", disse Jeffrey Feltman, sub-secretário geral da ONU para assuntos políticos, em uma rápida sessão do Conselho de Segurança.

RR/afp/dpa
Revisão: Francis França