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Defesa de Temer desiste de recurso no STF

22 de maio de 2017

Após perícia de áudio envolvendo o presidente, advogados afirmam estar satisfeitos com resultado que encontrou "70 pontos de obscuridade" e destacam que processo no STF é importante para provar inocência de Temer.

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Presidente é acusado de corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa
Presidente é acusado de corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosaFoto: Reuters/U. Marcelino

A defesa de Michel Temer desistiu nesta segunda-feira (22/05) de tentar suspender o inquérito contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa.

Os advogados de Temer desistiram do recurso após ter feito uma perícia particular no áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, em março deste ano, durante um encontro com o presidente. A defesa do peemedebista alega que foram identificados "70 pontos de obscuridade" na gravação, o que revelaria que o material é imprestável.

A defesa do presidente afirmou estar satisfeita com o resultado da perícia particular e disse ainda que é importante que o processo no STF prossiga para que seja provada a inocência de Temer.

Leia mais: Até onde Temer pode se segurar?

O anúncio foi feito logo após a presidente do STF, Cármen Lúcia, decidir que o recurso de Temer, no qual ele pediu a suspensão do inquérito, só seria julgado depois da conclusão da perícia feita pela Polícia Federal no áudio entregue por Joesley em seu depoimento de delação premiada. Não há um prazo para esta avaliação.

A abertura do inquérito contra Temer foi autorizada pelo ministro Edson Fachin na quinta-feira, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o Ministério Público Federal, no encontro com Joesley, o presidente teria dado o aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada, ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, em troca do silêncio de ambos, que estão presos.

No áudio do encontro, Joesley relata ainda vários crimes a Temer, como ter sob seu controle um juiz, um juiz substituto e um procurador da Operação Lava Jato, além de afirmar que recebeu informações vazadas da força tarefa e pedir favores econômicos ao governo federal.

CN/abr/ots