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Deputada alemã renuncia após mentir no currículo

21 de julho de 2016

Após dez anos no Parlamento, social-democrata Petra Hinz admite que inventou que cursou faculdade de Direito e, sob pressão, abre mão do mandato.

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Deutschland SPD-Bundestagsabgeordnete Petra Hinz
Foto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe

A alemã Petra Hinz, de 54 anos e do Partido Social-Democrata (SPD), renunciou ao mandato de deputada nesta quarta-feira (20/07), após admitir que inventou em seu currículo que cursou Direito. A política, natural da cidade de Essen, exerceu por dez anos o mandato no Bundestag, o Parlamento alemão.

Ela anunciou a decisão através de seu advogado. Ela foi pressionada representação do SPD em Essen para que se demitisse imediatamente.

Na realidade, ela nem possui o certificado do ensino médio que na Alemanha permite cursar uma universidade, e como não cursou Direito, também não prestou os exames para exercer a profissão. Segundo seu advogado, "ela não lembra mais os motivos que a levaram a prestar informações falsas sobre sua vida acadêmica".

Deutschland Screenshot von SPD-Bundestagsabgeordnete Petra Hinz
Perfil da deputada no site do BundestagFoto: www.bundestag.de

Segundo o Bundestag, as informações sobre os currículos dos deputados não são checadas. Petra Hinz é deputada federal desde 2005. Há alguns dias, ela já havia informado colegas do partido que não concorrerá nas eleições de 2017.

Órgãos de imprensa teriam feito questionamentos sobre o currículo dela. Numa nota distribuída na semana passada, a deputada se queixou de uma carta anônima em que haveria uma "difamação caluniosa" contra ela.

No site do Bundestag já aparece uma nova versão de seu perfil, informando que em 1983 ela concluiu o ensino médio com certificado para cursar uma escola superior técnica e que de 1985 a 1987 ela fez um curso para ser apresentadora. Além disso, ela alega que de 1999 a 2003 trabalhou no setor de desenvolvimento imobiliário.

Segundo psicólogos, esse comportamento não surpreende. "Na Alemanha, certificados e diplomas são muito importantes. Já o que uma pessoa realmente sabe, conta menos", disse o psicólogo Sebastian Bartoschek ao jornal Bild.

RW/afp/epd