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Tragédia com o Concorde

6 de dezembro de 2010

Além das multas determinadas pela Justiça francesa, companhia norte-americana fica ainda sujeita a ressarcir a Air France pelo pagamento de milionárias indenizações aos familiares das vítimas.

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Concorde em chamas durante a decolagemFoto: AP

Um tribunal francês declarou nesta segunda-feira (06/12) a companhia aérea norte-americana Continental parcialmente responsável pelo acidente com um avião Concorde, ocorrido em 25 de julho de 2000. A queda da aeronave, nas proximidades de Paris, causou 113 mortes.

Além da multa da multa de 200 mil euros imposta pelo tribunal à Continental, um mecânico da empresa foi condenado a 15 meses de prisão em regime de liberdade condicional. A Continental terá ainda de pagar à Air France, a quem pertencia o avião, uma indenização de 1 milhão de euros por prejuízos causados.

A Continental, que após uma fusão passou a se chamar United Continental Holdings, e o grupo aeroespacial europeu EADS devem dividir na proporção 70% e 30%, respectivamente, qualquer indenização às famílias das vítimas do acidente, determinou o tribunal de Pontoise.

A decisão expõe a Continental e a EADS ao pagamento de dezenas de milhões de euros. Cerca de 700 familiares dos passageiros receberam altas quantias de indenização da Air France.

Vítimas eram, na maioria, alemães

O acidente ocorreu pouco depois da decolagem, no aeroporto Charles de Gaulle. Quando ainda estava na pista, o Concorde passou sobre uma peça de titânio que se soltou de um avião da Continental. A peça rebentou um pneu do Concorde e fragmentos de borracha atingiram um tanque de combustível, o que deu início ao fogo no avião.

Em chamas, a aeronave chocou-se contra um hotel, logo após a decolagem. A maioria dos passageiros eram turistas alemães que viajavam para Nova Iorque. Para os familiares das vítimas, a sentença tem um caráter simbólico, pois eles já foram indenizados.

Os advogados da Continental argumentaram que o Concorde já estava em chamas quando passou sobre a peça de metal. Eles disseram que a decisão é "absurda" e atende aos interesses da França. Eles anunciaram que vão recorrer da sentença.

AS/dpa/rtr
Revisão: Nádia Pontes