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Dinamarca pune primeira mulher por uso de niqab

3 de agosto de 2018

Polícia é acionada depois de briga causada pelo uso do véu integral islâmico num shopping na cidade de Horsholm. Mulher de 28 anos recebe multa de cerca de 590 reais.

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Mulher com niqab
Mulher punida usava niqab em shoppingFoto: picture-alliance/Scanpix Denmark/L. Meilandt Mathiesen

Dois dias depois da proibição do uso de véus integrais islâmicos entrar em vigor na Dinamarca, a polícia dinamarquesa aplicou nesta sexta-feira (03/08) a primeira multa pelo uso de niqab em locais públicos. Uma mulher de 28 anos foi a primeira a violar a nova lei.

A polícia foi chamada a um shopping em Horsholm, ao norte de Copenhague, devido a uma briga entre duas mulheres. A briga teria começado depois de uma delas tentar tirar o niqab da outra.

"Durante a briga, o niqab caiu, mas quando chegamos no local, ela havia recolocado a peça", afirmou o policial David Borchersen à agência de notícias Ritzau.

A mulher recebeu uma multa de mil coroas dinamarquesas (cerca de 590 reais) e foi, então, informada que deveria remover o véu ou deixar o espaço público. "Ela escolheu a segunda opção", acrescentou Borchersen.

A proibição do uso de véus integrais islâmicos entrou em vigor nesta quarta-feira, em meio a protestos. A lei proíbe o uso de burca e niqab em espaços públicos, à semelhança do que já aconteceu em outros países europeus, como Áustria, França e Bélgica.

Quem utilizar peças de roupa ou acessórios que impossibilitem o reconhecimento – incluindo balaclavas, capacetes ou barbas falsas – fica sujeito a uma multa mínima de mil coroas dinamarquesas (cerca de 590 reais). Em caso de reincidência, a multa pode chegar às 10 mil coroas (cerca de 5.900 reais).

A lei foi proposta pela coalizão de centro-direita que governa o país e que tem endurecido regras para migração e refúgio. Em 2016, a Dinamarca adotou uma lei que exige de requerentes de refúgio recém-chegados que entreguem objetos de valor para ajudar a pagar pela sua estada no país.

Defensores da lei argumentaram que ela contribui para a integração de migrantes muçulmanos, o que é contestado por organizações como a Anistia Internacional (AI).

CN/afp/dpa

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