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Diretores de cinema produzem comerciais de televisão na Alemanha

(tb)26 de dezembro de 2001

Tanto diretores consagrados, como outros não tão bem sucedidos, estão entrando no mercado de vídeos publicitários para aumentar seus ganhos.

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O diretor alemão Detlev Buck também produz comerciaisFoto: AP

O mercado de filmes publicitários está mais apertado na Alemanha. Os responsáveis por essa mudança são os diretores já consagrados no cinema. O bem sucedido Wim Wenders, diretor de Buena Vista Social Club e Asas do Desejo, vai levar aos lares alemães uma campanha de prevenção ao câncer de intestino.

Até mesmo o milionário Roland Emmerich, famoso por ter dirigido Independence Day, vai tomar as rédeas do vídeo publicitário que apresenta o mais novo modelo da Mercedes Benz. Os exemplos não param por aí: Detlev Buck, Rainer Kaufmann e Sebastian Schipper são alguns diretores de destaque no cinema alemão, que atuam no mercado publicitário.

De acordo com a entidade que reúne os produtores de propagandas de televisão, cerca de 10% do mercado alemão está nas mãos de diretores de longa-metragens. Um fenômeno recente, já que há dez anos este tipo de profissional era exceção no mundo dos comerciais.

Na Alemanha, terceiro maior mercado publicitário do mundo, são produzidos 1700 comerciais de televisão todo ano, normalmente dirigidos por pessoas com formação específica, disse Hatto Kurtenbach, professor da Academia de Filmes Publicitários de Ludwigsburg.

Kurtenbach explicou que os produtores têm a função de desenvolver num pequeno espaço de tempo, uma história capaz de criar um vínculo com o telespectador. Na sua opinião, os diretores de longa-metragens têm a vantagem de se relacionar melhor com os atores.

Sem sombra de dúvidas, o motivo que leva diretores de cinema a produzir vídeos publicitários é o dinheiro. Helmut Dietl, diretor de Rossini, falou abertamente que não pode viver apenas de seus filmes.

Além dos maiores ganhos, a generosa verba dos anunciantes, cem mil euros por comercial em média, permite aos diretores experimentarem novas tecnologias, o que não podem arriscar em seus longas.